Por Rodney Brocanelli
O prêmio APCA é um dos mais tradicionais de melhores do ano. Ele existe como o conhecemos desde 1972, quando a Associação Paulista de Críticos Teatrais virou a Associação Paulista dos Críticos de Arte. Antes, os prêmios eram só concedidos para a categoria teatral. Com a alteração, seu alcance foi ampliado, abrangendo outros setores, como Artes Visuais, Cinema, Literatura, Música Popular e Televisão (tudo isso está descrito em seu site).
De algum tempo para cá, o prêmio voltou a ter sua importância devida, graças a atuação das diretorias que passaram pela entidade. Contudo, algumas mudanças são necessárias para ele continue a ser uma referência no que acontece de melhor nas artes durante o ano.
Sempre que os premiados são divulgados pela mídia, sai também a lista dos votantes em cada categoria. É iniquetante ver que algumas categorias tem mais jurados que outras. Neste ano, a categoria Teatro teve nove jurados. A de Televisão teve cinco pessoas votando. Enquanto isso, outras como Rádio, Dança e Música Popular tiveram apenas três integrantes em seus respectivos júris. É sabido que existem muitos mais críticos dessas áreas (e das outras) militando nas mais diversas mídias. Basta dar uma boa procurada.
Em vez de se ter três, quatro, cinco pessoas votando, uma saída seria ampliar esse colégio eleitoral, dando direito a voto a todos os críticos que se interessem em participar, sem necessidade de filiação à entidade. A APCA poderia criar comissões para se indicar uma lista de candidatos a serem votados. E a festa da entidade poderia revelar os vencedores, tal como no Oscar. Como se diz no Twitter, #ficaadica.