Heverton Guimarães revela o motivo que o faz não mais narrar partidas de futebol

Por Rodney Brocanelli

Em entrevista ao podcast Bora Pra Resenha, Heverton Guimarães revelou o motivo pelo qual não está mais narrando partidas de futebol. “Por causa do refluxo, eu não conseguia gritar gol”, explicou o profissonal.

Heverton contou um caso recente de quando foi fazer a narração ainda na 98 FM do confronto entre América-MG x Palmeiras, válido pela semifinal da Copa do Brasil em 2020. “Eu fui gritar gol e não saiu. Eu lembro que taquei o microfone e fiquei p*** pra caramba”, disse ele referindo-se ao jogo de ida realizado no Allianz Parque. O América conseguiu arrancar um empate pelo placar de 1 a 1.

Ainda havia partida de volta, em Belo Horizonte. “Corria o risco de dar m*** também (com a voz)”, disse Heverton. Porém, o temor não se confirmou, pois a equipe paulista venceu pelo placar de 2 a 0 e a narração pode ser mais contida.

O narrador disse que os problemas começaram ainda na Copa do Mundo de 2014, quando narrou jogos pelo Band Sports. “Eu já comecei a ter problemas ali(…) Fui desanimando. Não conseguia. Isso começou a me atormentar e eu ficava torcendo para não sair gol no jogo e não ter que gritar”, afirmou.

Outro episódio também que o desagradou foi no ano seguinte, em 2015, em uma transmissão pela Band aberta de uma partida do campeonato carioca, ao lado de Edmundo. “O tempo é apertado, os quadros são vendidos e eu não tive essa orientação no dia e foi um horror meu grito de gol”, falou.

“Eu poderia ter procurado uma fono e me cuidado, mas hoje não tenho saco pra isso mais, não. Vou narrar o que? Ficar de madrugada narrando jogo, fim de semana. Nem f*****”, disse.

A carreira

Antes vendedor de café, Heverton chegou a conciliar a carreira no comércio com o rádio. Ele foi repórter da Rádio Minas, de Divinópolis. Depois se transferiu para o Grupo Bandeirantes em Minas, atuando na versão local da Bradesco Esportes FM, que se chamava Esportes FM. Com o fim prematuro deste projeto, passou para a Band News, em Belo Horizonte, destacando-se na narração de jogos tanto do Atlético-MG como do Cruzeiro. Héverton pegou um bom momento desta dupla, com o título da Libertadores conquistado pelo Galo em 2012 e o nacional da Raposa em 2013.

Não demorou muito para que Heverton passasse a aparecer na televisão, ainda na Bandeirantes. Ganhou destaque no Jogo Aberto, falando dos times mineiros. Ainda no rádio, comandou um horário local na própria Band News, com o fim da equipe esportiva, esteve na 98 FM e hoje é apresentador e comentarista da Rádio Itatiaia.

107,3 FM, a ex-Brasil 2000, pode virar Eldorado FM

Por Rodney Brocanelli

Caso se confirme a notícia que o jornalista Anderson Cheni publicou em seu blog, a 107,3FM (a ex-Rádio Brasil 2000 FM) vai sair do ar. A frequência seria incluida em um pacote de mudanças promovido pelas emissoras de rádio do Grupo Estado: Eldorado AM e FM. Ambas irão transmitir a mesma programação e mudarão de nome, passando a se chamar Estadão/ESPN.

A ESPN obviamente cuidaria do esporte neste novo projeto. João Palomino é um dos responsáveis por sua implantação.

Com isso, a 107,3FM ira receber a programação da Eldorado FM que hoje é veiculada nos 92,9FM.

A Eldorado FM de hoje tem um público cativo e, mais importante, anunciantes. Este fator provavelmente pesou muito na decisão de se migrar a rádio para os 107,3Mhz.

A frequência em 107,3Mhz se transformou num “objeto de desejo” nos últimos anos. Nos últimos anos, ela foi envolvida em inúmeras negociações que não deram certo. O Grupo Bandeirantes a queria para lançar seu projeto de uma rádio 100% esportiva. A Rede Transamérica cogitou usa-la para colocar no ar a sua portadora Hits. Até mesmo um grupo independente tentou dar início a um projeto de rádio para crianças, chamado de Playground FM.

Essa mudança pega a 107,3FM bem no momento em que a emissora passava a ganhar uma identidade, com a criação de novos programas e reinauguração de seu site. Até há bem pouco tempo, a rádio tinha se transformado em um vitrolão rock and roll.