Por Rodney Brocanelli
Na madrugada do dia 14 de abril de 2012, um sábado, morria Cláudio Cabral, comentarista esportivo da Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre. Ele havia dado entrada no Instituto de Cardiologia de Porto Alegre durante a madrugada. Não resistiu a uma parada cardíaca. Nesse dia, Cabral estava escalado para a transmissão de Internacional x Cerâmica, partida válida pelo campeonato gaúcho daquele ano, ao lado de Daniel Oliveira. A dupla de cabine acabou substituída por Marcos Couto e João Garcia.
A Radio Bandeirantes, de Porto Alegre, derrubou toda a sua programação daquela tarde e passou a falar de Cláudio Cabral. Personalidades esportivas, jornalistas e companheiros entraram no ar para relembrar fatos, convivência, manifestar pesar e saudades. Além disso, a emissora escalou o repórter Fabiano Brasil na capela do Cemitério São Miguel e Almas para o acompanhamento in loco do velório e enterro. Carlos Guimarães foi o âncora daquela inesperada cobertura
O narrador Marcos Couto teve a primeira oportunidade no rádio de Porto Alegre dada por Cláudio Cabral na Rádio Bandeirantes, na metade dos anos 1990. Cabral, por muitos anos, foi o gestor do departamento de esportes da emissora, ainda na fase tercerizada. Marcão contou na ocasião que as primeiras viagens para fora do estado e para fora do país como narrador foram proporcionadas por escalas feitas por Cláudio Cabral.
Quem também falou sobre Claudio Cabral nessa cobertura da Bandeirantes foi Lauro Quadros, que na época era apresentador da Rádio Gaúcha. Ambos trabalharam em rádios como Guaíba e Gaúcha. Lauro contou histórias sobre a família de Cabral (Cid, o pai, também foi jornalista, e Efraim, o tio, presidiu o Internacional e teve atuação na política de Porto Alegre), e sobre a participação de Claudio como dirigente de futebol no Internacional, nos anos 1970.
Wianey Carlet, então comentarista da Rádio Gaúcha, participou por telefone. Disse que costumava conversar com Cabral nas cabines dos estádios de futebol e, na ocasião, manifestou muita tristeza por não poder mais ouvir a sua voz miúda, mas transmissora de muito conhecimento. Falou que sempre procurava por Cabral nas cabines dos estádios de futebol. Fez questão de dizer que seus colegas de Bandeirantes prestaram a maior homenagem que ele poderia ter ao chamá-lo de Mestre Cabral.
No trecho abaixo, destacamos os depoimentos de Débora de Oliveira (hoje no SBT) e Paulo Pires (histórico nome da Bandeirantes) ao repórter Fabiano Brasil. Carlos Guimarães e João Garcia, então na equipe esportiva da emissora, aproveitaram para também falar dele.