Transamérica vai transmitir os jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2023

Por acreditar no esporte e na força do futebol feminino, a Rádio Transamérica acaba de adquirir os direitos de transmissão da Copa do Mundo de Futebol Feminino FIFA 2023™. A competição, que ocorrerá entre 20 de julho e 20 de agosto na Austrália e Nova Zelândia, promete levar a emoção dos jogos para as emissoras da Rede.

Sob o comando do jornalista esportivo Éder Luiz, o trabalho realizado pela equipe Transamérica é referência em coberturas esportivas: “Durante o Mundial Feminino, teremos boletins diários nos programas Papo de Craque apresentados em duas edições (segunda a sexta – 12h/14h e 17h/19h) produzidos exclusivamente sobre o evento”, afirma Éder Luiz, que só pela Rádio Transamérica narrou seis Copas do Mundo de Futebol Masculino.

“O investimento de grandes marcas e entidades esportivas cresce a cada dia, evidenciando que a modalidade está muito fortalecida. Ao ser a primeira emissora de rádio a transmitir uma Copa do Mundo Feminina, a Rede Transamérica contribui para a evolução do esporte e amplia sua atuação”, afirma Fábio Faria, Diretor Executivo da Rede Transamérica de Comunicação.

O Brasil está no grupo F e estreia dia 24/07, às 8h (horário de Brasília), contra o Panamá, em Adelaide. França e Jamaica completam o grupo da seleção brasileira.

A programação especial da Copa do Mundo Feminina será transmitida pelas emissoras da Rede Transamérica: São Paulo (100.1 FM), Rio de Janeiro (101.3 FM), Brasília (100.1 FM), Salvador (100.1 FM), Belo Horizonte (88.7 FM), Curitiba (100.3 FM), Recife (92.7 FM).

Memória: o dia em que Ferreira Netto foi salvo por João Carlos Albuquerque em plena ditadura argentina

Por Rodney Brocanelli

João Carlos Albuquerque, conhecido do grande público pelo seu trabalho como apresentador nos canais ESPN, praticamente salvou o jornalista Ferreira Netto de ser preso pelos militares na Copa do Mundo de 1978, sediada na Argentina. João Canalha, como é carinhosamente chamado pelo público e amigos, contou essa história em entrevista ao Music Thunder Vision, podcast comandado por Luiz Thunderbird, músico e ex-VJ da MTV.

Ferreira e João Carlos estavam trabalhando juntos na cobertura daquele mundial pela mesma emissora, a Rádio Capital. Na época, ela era dirigida por Hélio Ribeiro. A Capital contava com nomes importantes do rádio esportivo da época: Jota Junior (não o narrador que recentemente deixou o Sportv, mas um profissional que teve muito destaque nas cidades de Belo Horizonte e Goiânia), Alfredo Orlando (ex-Tupi, de São Paulo), Ávila Machado, Marco Antônio Mattos (que se notabilizou por narrar vôlei na TV Bandeirantes), entre outros.

A Capital ainda contava com Dulcídio Wandeley Boschila, na época árbitro de futebol, que atuou como o “juíz do juíz”. Na época, o termo “comentarista de arbitragem” não estava popularizado, algo que aconteceu a partir do final dos anos 1980. Outro nome de destaque era o de Edson Leite, narrador histórico da Rádio Bandeirantes. Neste mundial, ele atuou como analista. Ferreira fora contratado para fazer uma cobertura extra-campo, um repórter especial.

A seleção brasileira de futebol estava às vésperas de enfrentar a seleção da argentina na cidade de Rosário. Aquela partida ficou conhecida depois como a “Batalha de Rosário”. Parte da equipe da emissora paulistana fez o deslocamento de trem, devido às más condições de tempo: João, Ferreira e o saudoso operador Laureci Calheiros.

Devidamente instalados na cidade, João ficou no hotel reservado pela emissora, enquanto Ferreira Neto e Laureci foram para o local onde estava hospedada a delegação do Brasil. O esquema da Capital previa boletins ao vivo a cada 15 minutos (coisas de Hélio Ribeiro).

Tudo pronto, o boletim entrou no ar, comandado por João. Ele chamou Ferreira, que começou a falar até a comunicação ser interrompida. O apresentador assume novamente, lê algumas notas e encerra a transmissão.

Pouco depois, Laureci contata João e revela o que houve. Um coronel do Exército argentino havia proibido (sabe-se lá com qual autoridade) transmissões ao vivo, por um pedido da própria seleção brasileira. Tentou-se então uma alternativa. O gerente do hotel liberou o uso de um telefone de seu escritório. Novamente a transmissão é interrompida.

Conforme o relato de João ao podcast, ele ficou sabendo depois, por Laureci, que o tal coronel entrou na sala e arrancou o fio de telefone da parede e jogou o aparelho em um canto da sala. Ferreira Netto não se conteve e partiu para a briga com o militar.

Outros dois soldados foram chamados para prender Ferreira. Mais confusão. A essa altura, os jornalistas brasileiros entraram em cena agindo como a famosa “turma do deixa-disso”. Flavio Adauto, que também estava no hotel, conseguiu falar com o colega, alertando-o para o fato de que estavam sob a ditadura militar da Argentina. “Os caras vão sumir com você”, disse.

Laureci e Ferreria conseguiram deixar o local e foram para o hotel em que estavam hospedados. Quando chegaram, João estava no ar com mais um boletim. Ferreira, transtornado, quase sem ar, toma o microfone e começa a protestar: “Eu sabia. Eu sabia que eles iam mostrar a cara, a qualquer momento. A máscara ia cair. Queriam me levar para o esquisito! Caiu a máscara da ditadura argentina”. Esse esquisito pode ser um local de tortura.

João pegou o microfone de volta, encerrou o boletim e tomou uma decisão. Pediu que a dupla ficasse no quarto, enquanto descia até o saguão do hotel. Chegando lá, ele encontrou Fernando Solera, então narrador da TV Bandeirantes, discutindo com as funcionárias do hotel por causa de problemas nas reservas. Dois brucutus (segundo o relato) e queriam levar Solera. Mais confusão.

O apresentador então deixou o hotel, pegou um táxi e pediu para ir até o consulado do Brasil na cidade. Chegando lá, (era um sobrado) subiu uma escada, viu uma secretária e pediu para encontrar com o cônsul . Não houve tempo para uma conversa no local. Ambos foram diretamente para o hotel e o caso foi explicado pelo caminho.

Na chegada, João e o cônsul (cujo nome não foi revelado) foram abordados por duas pessoas de terno, que se identificaram como policiais federais e com ordem para não deixar ninguém de fora entrar, uma vez que eles eram responsáveis pela segurança.

Na base da conversa, tudo foi se explicando. Ferreira e Laureci foram orientados a descer do quarto, até porque o cônsul estava lá para amortecer o impacto dos acontecimentos daquele dia. O jornalista conversou com os federais. João não chegou a contar o desfecho em que ele teve uma participação decisiva, mas subentende-se que tudo terminou sem consequências para os principais envolvidos.

Ferreira Netto ficou conhecido por apresentar programas de debates políticos nos finais de noite na televisão. Teve passagens pela Tupi, Record, SBT, Bandeirantes, Gazeta, Manchete e CNT. Em rádio, esteve nas rádios Excelsior, Gazeta e Trianon. Chegou a ser candidato ao Senado, por São Paulo, nas eleições de 1990, pelo PRN, então partido do ex-presidente Fernando Collor de Melo. Perdeu a vaga para Eduardo Suplicy, do PT. Morreu em 2002, aos 63 anos.

Laureci Calheiros foi técnico de externa em diversas emissora de rádio em São Paulo. Nos últimos anos de sua vida, prestou serviços para a Rádio Transamérica. Morreu em 2019, com 74 anos.

Veja abaixo o depoimento de João Carlos Albuquerque.

Anotações derradeiras da cobertura da Copa do Mundo pelo rádio

Por Rodney Brocanelli

Podemos fazer uma subdivisão na cobertura das emissoras de rádio que adquiriram direitos da Copa do Mundo entre aquelas que investiram e não investiram na cobertura.

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Na primeira categoria, podemos destacar as emissoras do Grupo Bandeirantes, Gaúcha, Itatiaia, Transamérica e Jornal, que enviaram profissionais ao Catar e, uma vez lá, espalharam-nos nos estádios, zonas mistas, entrevistas coletivas e outros lugares onde a notícia estava acontecendo.

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Outras emissoras preferiram fazer a Copa dos estúdios. E desse lado estão incluídas emissoras com enorme tradição, como Globo/CBN, Jovem Pan e Super Rádio Tupi, além da Energia 97, estreante em coberturas desse tipo.

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A Energia 97 apostou no carisma de seus profissionais, consagrados pelo sucesso de anos do Estádio 97, e na linguagem bem humorada. Se deu bem. Ajudou a consolidar seu projeto de transmissões esportivas.

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Domenico Gatto foi o narrador da grande final (e bota grande nisso) envolvendo Argentina x França pela já citada Energia 97.

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Luiz Penido transmitiu a final na Tupi. Por sua vez, José Carlos Araújo narrou a decisão do 3º lugar envolvendo Croácia x Marrocos. Será uma preparação para um futuro próximo?

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No mais, todas as outras emissoras escalaram seus narradores principais para a decisão do título.

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Alguém aí sabe o nome do estádio que foi palco da disputa do terceiro lugar? O Marcos Bertoncello, da Rádio Gaúcha, tem a resposta para você.

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Não sei se já estava nos planos, mas foi uma boa sacada a Gaúcha ter mantido o Pedro Ernesto Denardin na cobertura da Copa após a desclassificação do Brasil. Ele saiu de seu habitat natural (jogos da dupla Grenal e seleção brasileira) e deu vazão a um lado, digamos, internacional (nada a ver com o Colorado). Transmitiu França x Inglaterra, Argentina x Croácia, além da grande final. Claro que houve uma escorregada aqui e ali (ele demorou para se acostumar – ou reacostumar – com o nome do Mbappé), mas foi uma grande sequência de narrações.

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Pedrão ainda fez uma gracinha com Phil Foden, craque inglês, que é mais conhecido aqui no Brasil pela fonética de seu sobrenome.

Uma ausência sentida: uma final como a que tivemos neste domingo (18) merecia ter a narração de José Silvério.

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Leia as outras anotações sobre a cobertura desta Copa nos links abaixo.

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Até a próxima Copa.

Voz do Esporte celebra cobertura da Copa do Mundo

A Voz do Esporte mesmo sem ter direitos de transmissão do Mundial do Catar, realizou uma grande cobertura da Copa do Mundo. Depois de mais um sucesso na temporada de 2022, com mais de 53 milhões de visualizações só no Facebook em 518 jogos transmitidos, a emissora comemora a grande repercussão nos programas durante a competição e a presença do seu enviado especial no Catar: Gabriel Tim. (Foto)

A geradora de conteúdo produziu durante o principal torneio de seleções do mundo diversos noticiários, com debates, análises, entrevistas no palco da competição e com convidados especiais: como Carlos Alberto Parreira (técnico da Seleção Brasileira no tetracampeonato), Tino Marcos (ex-repórter da TV Globo), Alfredo Santos Loebiling (ex-árbitro), Moraci Santana (preparador físico do Brasil em 1994), Zenon (ex-atleta), Gabriel Vaquer (colunista do site Notícias da TV e especialista em TV), entre outros personagens importantes do futebol.

Com uma linguagem popular, que traz a emoção da bola na rede e com transmissões recheadas de informação e opinião, a Voz do Esporte se consolidou como um case de sucesso. Foram 135 milhões de views desde novembro de 2020, tornando-se assim a maior audiência na plataforma Facebook.

“A cobertura de uma Copa do Mundo é sempre um desafio e ficamos muito tempo no ar, até 4 programas em alguns dias e mais de 9 horas de programação ao vivo. Conseguimos ter um repórter no Catar, Além de uma parceria com Valinor Conteúdo então nossos programas foram abastecidos por matérias diretamente do palco da Copa.” Disse Cesar Tavares CEO da emissora.

Fundada em 2016, a Voz do Esporte conta com mais de 15 emissoras, que retransmitem o seu sinal para rádios de vários estados do Brasil e países do exterior. Para 2023, além da rede rádios e as transmissões esportivas em suas plataformas como o Facebook e o YouTube, a direção promete mais conteúdos e novos programas.

“ 2022 foi o ano de consolidação da Voz do Esporte, estamos empolgados e com vários projetos e produtos que podemos oferecer aos nossos ouvintes, parceiros e ao mercado. A Copa serviu para testarmos alguns modelos e sem dúvida vamos ampliar nosso cardápio”. Concluiu Cesar Tavares.

Decepção do Brasil faz com que craques da narração tenham um vazio em seus currículos

Por Rodney Brocanelli

Oscar Ulisses, da CBN, e Nilson Cesar, da Rádio Jovem Pan, craques da narração esportiva, seguem sem narrar um título brasileiro de campeão mundial. Um grande vazio em seus gloriosos currículos. Mais uma vez a culpa não é deles. A seleção brasileira que decepcionou novamente, ao ser desclassificada pelos croatas nas cobranças de tiros livres da marca do pênalti.

Por ocasião da Copa da Rússia, em 2018, o blog Radioamantes fez um levantamento sobre o momento que cada um vivia na carreira em suas respectivas emissoras, por ocasião dos mundiais, a partir de um alerta feito pelo jornalista Celso Luís Gallo. Clique no link abaixo para ler.

Quantos gols cada voz da Copa do Mundo no rádio narrou na primeira fase? (ou: “Troféu Isabelly Morais”)

Por Edu Cesar, do Papo de Bola, especial para o Radioamantes

Ao longo de toda a Copa realizada no Catar, tenho destacado no Twitter a cada jogo as emissoras que os transmitem e seus narradores, servindo como uma indicação de alternativas para quem eventualmente não quiser o som das exibidoras televisivas e de internet.

E nos 48 jogos realizados antes do início do mata-mata, quem narrou mais gols? A lista abaixo destaca isso, trazendo a quantidade de gols e de jogos, além da média de gols por jogo. Seis locutores gritaram “goool!” três dezenas de vezes ou mais: Silva Júnior, Guilherme Lage, Gustavo Manhago, Alexandre Costa, Marcelo de Bona e Ulisses Costa.

Mas por motivo chamo essa contabilidade de “Troféu Isabelly Morais”? Não é apenas por curtir o trabalho da profissional da Bandeirantes desde seu começo como narradora naquele América Mineiro 2 x 0 ABC pela Inconfidência em 2017, mas porque relatou um lance histórico que, infelizmente, está fora desta conta toda.

Portugal 3 x 2 Gana não foi transmitido pela RB, que preferiu um pré-jogo espichado da Seleção Brasileira. Isabelly cobriu a partida em posto durante o “Concentração”. Um polêmico pênalti permitiu a Cristiano Ronaldo ser o primeiro jogador a marcar ao menos uma vez em cinco Copas do Mundo masculinas consecutivas. Aí entrou o feito da Isabelly: incentivada no ar pelos apresentadores Milton Neves e Ricardo Capriotti, ela narrou o pênalti e o gol histórico – não só pelo lance em si, mas porque possivelmente pela primeira vez houve uma narração feminina de gol de Copa do Mundo masculina no dial AM/FM comum.

Ocorre que foi o único gol narrado, sendo os outros quatro reportados, alguns até saídos quando o programa estava no intervalo comercial. Para não deixar passar batido o fato pelo simbolismo que possui, nomearei esta contabilidade especial desta forma em homenagem à repórter que narrou um momento eterno dos Mundiais: “Troféu Isabelly Morais”.

TOTAL DE GOLS POR NARRADOR NA FASE DE GRUPOS

35 gols em 9 jogos (média 3,88): Silva Júnior (BandNews FM)

35 gols em 11 jogos (média 3,18): Guilherme Lage (Transamérica)

33 gols em 11 jogos (média 3,00): Gustavo Manhago (Gaúcha)

30 gols em 10 jogos (média 3,00): Alexandre Costa (Jornal)

30 gols em 11 jogos (média 2,72): Marcelo de Bona (Gaúcha)

30 gols em 12 jogos (média 2,50): Ulisses Costa (Bandeirantes)

29 gols em 8 jogos (média 3,62): Gabriel Dias (Jovem Pan)

24 gols em 8 jogos (média 3,00): Domenico Gatto (Energia) e André Silva (Gaúcha)

23 gols em 9 jogos (média 2,55): Fausto Favara (Jovem Pan)

22 gols em 6 jogos (média 3,66): Hugo Lago (Globo/CBN RJ)

22 gols em 7 jogos (média 3,14): Vinícius Moura (CBN SP)

22 gols em 8 jogos (média 2,75): Fernando Camargo e Luís Cláudio de Paula (ambos Energia)

22 gols em 9 jogos (média 2,44): Rogério Assis (Bandeirantes)

21 gols em 6 jogos (média 3,50): Ênio Lima (Itatiaia)

21 gols em 10 jogos (média 2,10): José Manoel de Barros (Jovem Pan)

20 gols em 5 jogos (média 4,00): Bruno Cantarelli (Transamérica)

18 gols em 9 jogos (média 2,00): Aroldo Costa (Jornal)

15 gols em 6 jogos (média 2,50): Luiz Penido e José Carlos Araújo (ambos Tupi)

15 gols em 7 jogos (média 2,14): Pedro Ernesto Denardin (Gaúcha)

14 gols em 7 jogos (média 2,00): Éder Luiz (Transamérica)

14 gols em 8 jogos (média 1,75): Luciano Périco (Gaúcha)

13 gols em 5 jogos (média 2,60): Antônio Carlos (Itatiaia)

13 gols em 6 jogos (média 2,16): Mário Henrique (Itatiaia) e Oswaldo Maciel (Transamérica)

13 gols em 8 jogos (média 1,62): Marcelo do Ó (BandNews FM)

12 gols em 4 jogos (média 3,00): Rogério Silva (Jornal)

12 gols em 6 jogos (média 2,00): Pedro Martelli (Bandeirantes)

11 gols em 6 jogos (média 1,83): Edson Mauro (Globo/CBN RJ)

10 gols em 7 jogos (média 1,42): Napoleão de Almeida (BandNews FM)

8 gols em 5 jogos (média 1,60): Oscar Ulisses (CBN SP), Nilson Cesar (Jovem Pan) e Edílson de Souza (Transamérica)

6 gols em 3 jogos (média 2,00): Jota Santiago (Tupi)

5 gols em 1 jogo (média 5,00): Yuri Queiroga (BandNews FM)

5 gols em 4 jogos (média 1,25): Marcelo Araújo (Jornal) e Zé Henrique (Energia)

1 gol em 1 jogo (média 1,00): João Paulo Cappellanes (Bandeirantes)

Eli Corrêa diz que Cléber Machado questionou músicas de Dalto e Ritchie

Por Rodney Brocanelli

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., o comunicador Eli Corrêa, atualmente na Rádio Capital, revelou uma história curiosa envolvendo o hoje narrador Cléber Machado, que está participando da cobertura da Copa do Mundo do Catar pela TV Globo com grande sucesso. De acordo com o relato do apresentador, Cléber, ocupando um cargo de gestão na Rádio Globo AM, de São Paulo, começou questionar algumas músicas, digamos, modernas, que Eli tocava em seus programas. “Quando eu toquei Dalto, ‘Muito Estranho’, e toquei o Ritchie com ‘Menina Veneno’, ele chegou para mim e falou assim: ‘você não acha que essas músicas não são condizentes com seu programa?’ Ele era o coordenador da rádio, era um garotão ainda”, disse.

Eli questionou o motivo e teve como resposta que elas eram muito modernas. Mesmo assim o Homem Sorriso do Rádio decidiu mantê-las no playlist.

Ainda nessa mesma entrevista, Eli Corrêa contou também sobre como começou a tocar Mamonas Assassinas. Segundo ele, o divulgador da então gravadora do conjunto levou o trabalho deles, mas disse que era apenas para curtir em casa. Elio ouviu, gostou e mandou colocar em seu programa a música Vira Vira. Isso provocou a reação de um colega, Paulo Barboza, que até fez uma enquete com os ouvintes para saber o que eles acharam da música. A resposta foi positiva.

Veja o trecho abaixo.

Mais algumas anotações sobre a cobertura da Copa pelo rádio brasileiro

Por Rodney Brocanelli

Novidade na lista de rádios autorizadas a transmitir esta Copa do Mundo, a Energia 97 está revezando seus narradores nos jogos do Brasil. Luis Claudio de Paula (ex-Bradesco Esportes) narrou Brasil x Suíça. Domenico Gatto irradiou a estreia da seleção brasileira.

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E por falar em revezamento, José Carlos Araújo, o Garotinho, narrou Brasil x Suíça na Super Rádio Tupi.

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Mais uma de revezamento: na Itatiaia, Ênio Lima fez Brasil x Suiça. Por sua vez, Mario Henrique, o Caixa, esteve presente na estreia brasileira.

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Orgulho da Região Nordeste, a Rádio Jornal, de Recife, contou com a narração de Aroldo Costa para este segundo compromisso do escrete canarinho.

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Já recuperado de um problema na voz, Nilson Cesar transmitiu o segundo jogo do Brasil pela Jovem Pan.

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José Luiz Datena foi um dos comentaristas de Brasil x Suiça na Rádio Bandeirantes. Se a seleção brasileira vive a Neymardependência, o Grupo Bandeirantes tem a sua Datenodependência.

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Foi só elogiar. No post anterior, o Radioamantes destacou que a Rádio Gaúcha havia transmitido todos os jogos desta Copa, incluindo aqueles que se iniciam às 07 da manhã (aliás, sobre esses jogos falarei mais adiante). Na última sexta, a emissora deixou de lado Gales x Irã e no dia seguinte, um sábado ignorou Tunísia x Austrália.

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CBN/Globo (RJ) e CBN (SP) transmitem os jogos da Copa com equipes regionalizadas. Uma exceção se deu neste último final de semana quando houve a formação de rede Hugo Lago transmitiu Canadá x Croácia. Por sua vez, Vinicius Moura foi o responsável pelas emoções de Bélgica x Marrocos.

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Por falar em CBN, três registros positivos 1) Edson Mauro pela primeira vez em sua carreira como titular dos jogos do Brasil, no Rio de Janeiro, 2) a sobriedade de Oscar Ulisses e 3) a presença de Eraldo Leite no Catar.

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Aliás, um grande abraço ao Eraldo Leite.

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As emissoras de rádio estão agradecendo pelo fim dos jogos iniciados às 07 de manhã. Como já registramos (clique aqui para ver), muitas emissoras abriram mão da transmissão dessas partidas. Está certo que o cardápio apresentado nesse horário não foi o mais convidativo. Argentina x Arábia Saudita foi a exceção. Não deixa de ser estranha essa opção. Afinal, o preço pago pelos diretos de transmissão não foi barato. E tem rádio que está investindo mais, colocando seus profissionais no estádio. Sabe-se que o período matinal é o considerado horário nobre do rádio, que tem maior audiência e correspondente procura de patrocinadores. Agora, se existe um evento especial não seria o caso de negociar com aqueles que já anunciam na programação normal? Uma semana a mais de veiculação após o fim do contrato de veículação não faz mais a ninguém.

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O Radioamantes ouviu dois jogos em uma mesma rádio: a estreia do Brasil e o parto da montanha que foi a vitória da Argentina sobre o México. Chamou a atenção o excesso de abraços, muitos deles mandados durante a bola rolando. Após um aviso do sempre solerte Edu Cesar, percebeu-se que as saudações foram endereçadas a diretores, presidentes e “cabeças coroadas” dos patrocinadores. É uma forma de driblar a proibição dos foguetes publicitários durante os jogos. Até aí, tudo bem. O grande problema começa quando os abraços são enviados a políticos, muitos deles deputados estaduais.

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Enquanto escrevo este texto, ouço pela Rádio Oriental, de Montevidéu, a partida entre Portugal x Uruguai. Narração de Javier Máximo Goñi. Os patrocinadores de emissora são divulgados durante a partida sem qualquer tipo de problema. Um locutor destacado especialmente para isso lê os textos do estúdio.

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Como já deve ser de conhecimento geral, a Globo não detém mais a exclusividade total da Copa do Mundo. Ela vai apenas transmitir a próxima edição, em 2026, sem a possiblidade de revender direitos a outros veículos. Ou seja, a negociação deverá ser feita diretamente com a Fifa. Vamos aguardar para saber se a entidade máxima do futebol mundial deverá mais flexível ou não, especialmente com o meio rádio.

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Aguarem pelas próximas anotações. Mais uma vez, o Radioamantes agradece a Edu Cesar. Ouça abaixo a narração de Aroldo Costa para o gol de Casimiro, que livrou o Brasil do sufoco.

Galvão Bueno cita Osmar Santos e José Silvério em golaço de Richarlison

Por Rodney Brocanelli

Merecidamente, o golaço de Richarlison, o segundo do Brasil na vitória contra a Sérvia, é o assunto desta Copa do Mundo. Um lance de rara beleza. E ele ocasionou um grande momento de Galvão Bueno na transmissão da TV Globo, inconscientemente ou não. O narrador acabou usando bordões de dois gênios do rádio esportivo brasileiro. Primeiro, ele diz ” e que gol”, de Osmar Santos, e logo em seguida “e que golaço”, de José Silvério. Será que foi homenagem? Ainda não sabemos, mas está valendo. Veja e ouça abaixo (enquanto os donos do espetáculo deixarem).

Anotações sobre a transmissão da Copa do Mundo pelo rádio brasileiro

Por Rodney Brocanelli

Como o Radioamantes já registrou, as rádio Bandeirantes e Band News FM estão fazendo coberturas separadas desta Copa do Mundo sediada no Catar. Hoje, no jogo da seleção brasileira, pode-se dizer que houve uma subdivisão dessa divisão. Explicando. A Band FM entrou em rede com a Bandeirantes. Enquanto isso, a Nativa FM veiculou o sinal da Band News FM. No entanto, ao menos uma rádio do Grupo Bandeirantes ficou de fora. A Play FM manteve sua programaçao normal durante a bola rolando.

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Luis Penido narrou Brasil x Catar pela Super Rádio Tupi. A expectativa é que ele e José Carlos Araújo se revezem nos jogos dos comandados de Tite. Fica no ar a grande dúvida: por que não fazer com que os dois narrem esses jogos, como Waldir Amaral e Jorge Curi na época áurea da Rádio Globo?

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José Manoel de Barros narrou a estreia do Brasil pela Rádio Jovem Pan. Nilson Cesar até chegou a fazer a abertura da transmissão, mas ficou sem voz depois que a bola rolou. Espera-se que não seja um problema grave e que nos próximos dias ele retorne à cobertura.

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Até aqui, a Rádio Gaúcha é a única emissora que transmitiu todos os jogos da Copa do Mundo. O grande problema é que muitos jogos começam às 07h em horário brasileiro e são poucas as emissoras que não abrem mão de seu “horário nobre”, com os tradicionais noticiosos, casos da Jovem Pan e da Bandeirantes. Para outras rádios, deve ser difícil convencer o comunicador do horário a abrir mão para os jogos do futebol (e olha que ele até participou do revezamento da tocha olímpica em 2016, lembram?) Agora, convenhamos, é melhor ouvir Marrocos e Croácia no rádio do que as análises do Claudio Humberto.

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A Transamérica teve problemas com o som direto do Catar no jogo do Brasil. Bruno Cantarelli, estava de sobreaviso e narrou até que a transmissão fosse estabilizada. Aliás, a emissora está usando nomes de sua rede para a transmissão dos jogos da Copa. Edilson de Souza e o já citado Cantarelli estão narrando jogos ao lado de Éder Luiz, Oswado Maciel e Guilherme Lage.

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Não sei se foi intencional, mas Galvão Bueno mandou um “e que golaço” logo após o segundo gol brasileiro, marcado por Richarlison. Era uma frase usada por José Silvério, a grande ausência desta Copa. Segundos antes, Galvão disse “e que gol”, bordão de Osmar Santos. Homenagem? (veja abaixo enquanto os donos do espetáculo deixarem).

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Voltaremos com mais anotações sobre as transmissões dos jogos da Copa. Este post não seria possível sem a colaboração preciosa de Edu Cesar, o homem do Papo de Bola. Ouça abaixo a narração de Pedro Ernesto Denardin para os gols do Brasil na vitória sober a Sérvia pelo placar de 2 a 0.

Bandeirantes e Band News FM chegam separadas à Copa do Mundo 2022

Por Rodney Brocanelli

A Copa do Mundo 2022 marcou o encerramento de uma tradição que vinha se mantendo nas quatro últimas edições. As rádios. Bandeirantes e Band News estão transmitindo os jogos da competição sediada no Catar com equipes independentes. A partida inicial que colocou frente a frente os donos da casa contra o Equador teve a narração de Ulisses Costa na Bandeirantes. Marcelo do Ó deu o recado pela Band News FM.

A parceria se iniciou em 2006, na Copa da Alemanha e houve a sequência na edição de 2010, sediada na África do Sul. Até então a Band News FM não tinha equipe esportiva própria, o que viria a acontecer apenas a partir de 2011. Isso fez com que naquelas ocasiões, ela reproduzisse o áudio da Bandeirantes.

Em 2014, para o mundial disputado no Brasil, foi criado o nome Rede Verde e Amarela, que congregou também a hoje extinta Rádio Bradesco Esportes FM. Bandeirantes e Band News FM voltariam a se unir na Copa de 2018, disputada na Rússia.

Em todas essas coberturas, o narrador principal foi José Silvério, que fez os jogos do Brasil, outras partidas importantes e as finais.

A partida inaugural da Copa de 2022, disputada neste domingo (20), terminou com vitória do Equador sobre o Catar pelo placar de 2 a 0. Ouça abaixo os gols com a narração de Ulisses Costa.

Grupo RBS terá cobertura multiplataforma da Copa do Mundo do Catar

Grupo RBS prepara uma cobertura da Copa do Mundo do Catar de gaúcho para gaúcho.  Para mostrar tudo o que rola dentro e fora do campo, teremos 16 profissionais atuando direto do país sede do Mundial e cerca de 200 colaboradores mobilizados nas redações da empresa. Os conteúdos multiplataforma serão distribuídos em todos os veículos da RBS, com destaque para a Gaúcha, única emissora do Sul do Brasil licenciada para transmitir a competição.      

Os 12 comunicadores presentes no Catar vão se revezar nas transmissões ao vivo de todos os jogos do Brasil e das demais partidas – participando ainda de programas e produzindo conteúdo de diferentes locais. Além de reportagens, análises e bastidores da competição, os profissionais irão trazer suas vivências, histórias de personagens e toda a emoção que este evento proporciona.       

– Nosso foco é gerar um cruzamento de comunicadores entre os produtos. Tradicionalmente se vê pessoas ligadas a determinadas plataformas ou marcas, mas, neste caso, estamos trabalhando todos como comunicadores do Grupo RBS, independentemente de onde o conteúdo será distribuído – destaca Tiago Cirqueira, gerente-executivo de Esportes do Grupo RBS.     

A Gaúcha contará com uma programação diferenciada durante o Mundial. O fio condutor será o programa Gaúcha na Copa, que entrará ao vivo em diversos momentos ao longo da programação, com Alice Bastos Neves e Luciano Périco. O Sala de Redação, com a maioria dos comunicadores direto do Catar, terá edições extras depois das partidas do Brasil.   

Outra novidade é o programa Expresso Catar, que vai ao ar em todos os domingos de Copa, das 20h às 22h, na Gaúcha. Com apresentação de Filipe Gamba e Diori Vasconcelos e participação de Cris Silva, Alex Bagé e Vini Moura, a atração será realizada no Gaúcha Sports Bar, relembrando tudo que aconteceu na competição durante a semana, com percepções de campo e extra campo. Já na Atlântida, no Vai te Qatar, Lelê Bortholacci e Raphael Gomes vão trazer de uma forma bem humorada os principais destaques do Mundial, todos os dias das 19h às 20h.  

A cobertura da Copa também será destaque na RBS TV, nas páginas de Zero HoraDiário Gaúcho e Pioneiro, na rádio 92, em GZH, no GE RS e nas redes sociais dos veículos. O projeto conta com os parceiros comerciais Grupo Felice, KTO, Cresol, Tramontina, Lojas Colombo, Bebibas Fruki e Cartórios de Protesto.    

Crédito da foto: Leonardo Ferreira

Thiago Suman é novo reforço do canal Bate Fundo Esportivo para a Copa do Mundo

O Jornalista e Narrador Esportivo Thiago Suman, com passagens pela Rádio Grenal, Rádio Jovem Pan, CBF TV e canais Vozes do Gigante e Canal Rádio Inferno, é o novo contratado do Bate Fundo Esportivo.

O Canal é o maior veículo independente do país, registrando mais de 350 mil seguidores no YouTube, além de 250 mil seguidores no Facebook. O Bate Fundo aposta em coberturas do campeonato brasileiro das séries A e B, Libertadores da América, Copa Sul-Americana e os campeonatos regionais do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além de futsal.

Com uma trajetória sólida no futebol, o canal chega para sua primeira cobertura de Copa do Mundo e esse é um grande desafio.

“Estou muito realizado com essa oportunidade, pois, apesar de já ter uma trajetória de mais de 12 anos, essa será apenas minha segunda cobertura de Copa do Mundo, chego pra somar em uma equipe nacional que fará uma cobertura dinâmica e moderna, com análises, debates, trazendo bastidores e curiosidades e com repórter direto do Qatar”, comenta Suman.

O Diretor do Bate Fundo Esportivo, Charles Robert, comemora a chegada de Suman ao projeto: “Temos uma história sólida, sempre evoluindo e a chegada do Thiago como narrador agrega em experiência tanto no microfone quanto na produção de jornadas e produtos. Esse momento faz o Bate Fundo crescer ainda mais e reunir alguns dos melhores talentos da crônica esportiva em seu escopo”.

O narrador reforça que além da Copa do Mundo e das Narrações de futebol, também visa auxiliar na expansão das transmissões de outras modalidades esportivas e comenta sobre a chegada ao canal: “Fui recebido com muito entusiasmo pelo Charles e pelo Andrei Sartori, que é meu conterrâneo, também narrador e coordenador de equipe do canal. Seguramente é um momento dos mais empolgantes da minha carreira. Vamos fazer história e minha ideia é colaborar com as jornadas e fazer o canal atender as demandas que existem de outros esportes pouco atendidos pela mídia, como Vôlei, Basquete, E-games, Futebol Americano e outros caminhos que certamente farão sucesso na grade do Bate Fundo”.

Acesse: https://www.youtube.com/@BateFundoEsportivo

Relembre as onze finais de Copa do Mundo narradas por José Silvério

Por Rodney Brocanelli

Faltando uma semana para o começo da Copa de 2022, como não há perspectivas de mudanças aos 45 minutos do segundo tempo, podemos dizer que infelizmente José Silvério não vai participar desta cobertura como narrador. Seria a décima-segunda, em uma tradição iniciada na Copa da Argentina, em 1978. Em todas essas ocasiões, Silvério foi protagonista, narrando pelas rádios Jovem Pan e Bandeirantes. Mais que um lamento, vamos relembrar nesta postagem a bela história escrita por um dos principais narradores brasileiros na maior competição do futebol de seleções, destacando a sua participação nas finais.

1978/Argentina – Foi a primeira Copa de Silvério pela Rádio Jovem Pan, na Argentina. Em outubro de 1977, ele substituiu Osmar Santos, que havia se transferido pela Rádio Globo. Seu prestígio na emissora era tamanho, que ele foi escalado pelo Seu Tuta para fazer a decisão do terceiro lugar, envolvendo Brasil x Itália e a grande final, entre os donos da casa e a Holanda. O que ninguém imaginava é que uma úlcera fosse atrapalhar a transmissão. “Eu narrei a final sangrando, literalmente”, disse. Infelizmente, a Pan não tem o registro da narração de Silvério para a final de 78, cujo placar foi 3 a 1 para a Argentina. Deixamos aqui um depoimento que ele deu ao programa Sofá Bandeirantes.

1982/Espanha – Era uma final em que o Brasil deveria estar. Pelo menos essa era a expectativa de quase 120 milhões e outros milhares de admiradores do futebol. A seleção comandada por Telê Santana, apesar de alguns defeitos, encantou a todos. Só não estava no script a eliminação na partida contra Itália. Bastava apenas um empate, mas o talento de Paolo Rossi e a disciplina tática dos outros jogadores da Azzurra acabaram com o sonho brasileiro. Depois de eliminar a Polôna na semifinal, os italianos se classificaram para a grande final com a Alemanha. Silvério esteve lá pela Jovem Pan e sem incidentes. Placar final: 3 a 1 Itália. Ouça abaixo.

1986/México – Telê Santana novamente comandou a seleção brasileira, com remanescentes da Copa anterior e uma nova geração que surgiu neste período de quatro anos. O começo da campanha não empolgou muito, mas o Brasil avançou para a fase de mata-mata, que voltou a ser implantada após uma pausa em 1974. Nas quartas-de-final, a seleção brasileira foi eliminada nos pênaltis pela seleção francesa. Enquanto isso, um personagem emergia: Maradona. Com gol de mão, gol de placa e uma técnica acima da média, ele colocou a Argentina na final. Por outro lado, a Alemanha também chegou para a disputa do título, repetindo 1982. Placar final: Argentina 3 a 2. Ouça abaixo.

1990/Itália – A Copa marcada pelo início da Era Dunga. Sob o comando de Sebastião Lazzaroni, a seleção brasileira apresentou um futebol que não despertou suspiros. Para piorar, houve problemas com dinheiro de patrocinador, o que fez com que os jogadores convocados não contassem com muita simpatia, sendo considerados mercenários. Mais uma vez quem brilhou foi Maradona. Na partida eliminatória da Argentina contra o Brasil, mesmo cercado por três jogadores, o camisa 10 argentino conseguiu dar um passe para Caniggia fazer o gol da classificação. Os argentinos ainda desclassificaram os donos da casa e chegaram à final. Do outro lado, adivinhem, a Alemanha. Depois de dois revezes, havia chegado a hora dos alemães ficarem com o título. Placar final: 1 a 0. Ouça abaixo.

1994/EUA – Temos aqui a sequência da Era Dunga, com remanescentes da copa anterior. Apesar da desconfiança que surgiu no período das eliminatórias, a seleção brasileira foi crescendo na hora certa (e vale o clichê aqui). Carlos Alberto Parreira talvez tenha feito o seu melhor trabalho como técnico. Romário foi um dos destaques. Outro foi justamente Dunga, execrado após o fracasso na Itália. E por falar no país da Bota (sdds. Silvio Lancellotti), a seleção brasileira enfrentou a seleção italiana na grande final. Uma repetição da decisão de 1970. Silvério estava lá. Pena que o jogo em si não tenha sido a altura de tanta tradição e de tanta coisa envolvida. Mesmo assim, não deixou de ser um marco histórico para o narrador. Ouça abaixo a decisão por tiros livres da marca do pênalti,

1998/França – O período de antecedeu esta Copa foi marcado pela ascensão de Ronaldo. Jogando no futebol europeu, ele se transformou em fenômeno com seus gols impressionantes. Isso fez com que ele se transformasse em uma referência para a seleção brasileira. O time treinado por Zagallo tinha atletas das duas campanhas anteriores e jogadores que já mereciam estar no elenco de 1994. A campanha em si teve altos e baixos, com uma derrota para a Noruega na fase de grupos. Parecia que faltava alguma coisa na seleção brasileira. Mas isso não impediu a chegada em sua segunda final seguida. O adversário era a dona da casa, que tinha uma seleção bem montada. Além da derrota do Brasil para a França, ficou marcado todo o bastidor envolvendo Ronaldo, que passara mal horas antes da final. Até hoje ninguém tem uma explicação definitiva para o que aconteceu. Zidane, que não teve nada a ver com isso, fez dois gols de cabeça. Placar final: 3 a 0. Ouça abaixo.

2002 Coreia-Japão – Mais uma vez a seleção brasileira vive quatro anos de trancos e barrancos. Wanderley Luxemburgo, que começou o ciclo, não permaneceu e foi sucedido por mais dois profissionais (Candinho por um jogo só e Émerson Leão) até a chegada de Luiz Felipe Scolari. Enquanto isso, Ronaldo enfrentava seus problemas. Uma lesão patelar deixou em dúvida até mesmo a sua continuidade no futebol. No entanto, ele se recuperou a tempo e as coisas deram certo na hora certa. De contestado, ele passou à heroi. O Brasil cresceu na competição (olha aí o clichê de novo) e chegou à final sem ser derrotado ou empatar alguma partida. O oponente seria a Alemanha. José Silvério acabara de passar por uma mudança radical em sua carreira. Aproximadamente dois anos antes, ele trocou a Jovem Pan pela concorrente Rádio Bandeirantes. Mal sabia ele que havia feito uma boa escolha. A Pan decidiu não transmitir aquele mundial e fazer uma cobertura alternativa. Silvério esteve presente em todos os jogos do Brasil e pode enfileirar uma série de narrações inesquecíveis diretmanete dos estádios. Placar final: 2 a 0. Ouça abaixo.

2006 – Alemanha – Essa aqui foi a Copa do oba oba para a seleção brasileira. Muitos craques, mas pouquíssimo foco, em especial no período de treinamento. Havia uma nova geração pedindo passagem, mas o que fazer com os craques que vinham dando tão certo nos anos anteriores? Carlos Alberto Parreira não conseguiu solucionar essa questão e o Brasil caiu ainda nas oitavas para a França em uma noite inspiradíssima de Zidane. Silvério fez a sua segunda Copa pela Bandeirantes e ele começava a viver um drama pessoal, com a doença de sua primeira esposa, Sebastiana de Andrade. No ano anterior, o Grupo Bandeirantes colocava no ar a Band News FM, emissora com 24 horas de notícias. A caçula entrou em rede com a Bandeirantes e com isso, as irradiações de Silvério foram mais longe, com outras emissoras que compunham a rede. Itália e França disputaram a grande final, que passou à história não pelo título (mais um) da Azzurra, mas pela cabeçada de Zidane em Materazzi.

2010 – África do Sul – Depois da bagunça, a quase ditadura. A CBF resolveu inovar e alçou ao comando da seleção brasileira o ex-jogador Dunga. A ideia até que era interessante, mas o temperamento do agora treinador não ajudou em nada. Apesar dos títulos na Copa América e da Copa das Confederações, a campanha no Mundial não mostrou qualquer brilho. Para piorar, a indisposição de Dunga com parte da imprensa serviu para que ele angariasse ainda mais antipatia. O Brasil caiu nas quartas com a derrota para a Holanda, que chegaria a final 32 anos após ser batida pela Argentina, em 1978. Do outro lado estava a sensação Espanha. Os espanhóis venceram na prorrogação. Mais uma vez a parceria com a Band News foi repetida. Aquela foi uma Copa fria, não pelos jogos em si, mas pelo fato de seu período de competição coincidir com uma fase de baixíssimas temperaturas naquele país. Isso não afetou Silvério que esteve presente na decisão. Placar final: 1 a 0. Ouça abaixo.

2014/Brasil – Sediar uma Copa do Mundo quase virou um pesadelo para o país do futebol. Um ano antes, às vésperas da Copa das Confederações, protestos começaram a pipocar por diversas partes. A Fifa ficou preocupada por muito pouco o torneio não aconteceu em outro lugar. A seleção brasileira chegou a esta competição sob comando duplo: Luiz Felipe Scolari como treinador e Carlos Alberto Parreira como coordenador. Eles chegaram para substituir Mano Menezes, que fizera um trabalho irregular. À medida em que os jogos aconteciam, a tensão aumentava entre os jogadores brasileiros. Não por fatores externos, mas porque, conforme o jornalista Paulo Vinícius Coelho, ninguém queria cometer erros que pudessem tirar a seleção dos trilhos. Isso ficou mais visível na partida contra o Chile, na qual a classificação só veio na disputa dos tiros livres. Para piorar as coisas, uma grave contusão afastou Neymar na parida das oitavas contra a Colômbia. Não foi uma Copa fácil para Silvério. Durante a transmissão da partida contra Colômbia, ele ficou sem voz e teve de dar lugar a Ulisses Costa. E depois, já recuperado, ele irradiou a derrota para a Alemanha na semifinal pelo placar de 7 a 1, talvez o maior desastre brasileiro na história das Copas. Na outra perna, a Argentina, de Messi, foi tirando de cena os oponentes para chegar à grande final no Maracanã. Quem brilhou foi um jovem atleta, Mario Götze, que fez o gol solitário daquela partida. Placar final: 1 a 0. Ouça abaixo.

2018/Rússia – Mais uma mudança no comando técnico. Dunga era trazido de volta pela CBF. Se em 2010 era uma inovação, o ato foi conservador, desta vez. Mas infelizmente, a jogada não deu certo. O futebol apresentado era paupérrimo, especialmente nas eliminatórias, apesar da continuidade do protagonismo de Neymar. Houve uma mudança de rumo e Tite veio para ajustar as coisas. Se o Brasil deu esperança aos torcedores durante o período pré-Copa, na competição em si novamente o futebol, mais uma vez, não empolgou. Alguns jogadores renderem aquém do esperado. Neymar ficou marcado por suas simulações espalhafatosas, que foram ridicularizadas nas redes sociais. Enquanto Brasil ficava pelo caminho, a França, de Mbappé, e a Croácia, de Modric, chegavam à decisão. Era a décima-primeira Copa de José Silvério, um recorde pessoal. Diferente das outras, a partida final foi empolgante, com seis gols. Os frances conquistaram seu segundo título. Pouco depois do apito final, emocionado, ele disse “cumpri”. Antes de passar o comando da jornada para Milton Neves, ele complementou: “são onze Copas do Mundo transmitidas na final do estádio. Um marco. Obrigado, você ajudou muito. Tchau”. Placar final: 4 a 2. Ouça abaixo.

Dois anos depois, durante a pandemia, a Rádio Bandeirantes resolveu antecipar o fim de contrato com o locutor. Ele até ensaiou um retorno ao rádio, pela Capital, mas o projeto não durou muito, infelizmente. Em entrevistas recentes, ele tem deixado claro que se aposentou. Uma pena que sem fazer ao menos mais uma Copa. Condições para isso existiam, como ele demonstrou. Perde o rádio.

Rádio Bandeirantes e BandNews FM dão o pontapé inicial na cobertura da Copa do mundo a partir desta segunda-feira

A Rádio Bandeirantes e a BandNews FM darão o pontapé inicial na cobertura histórica da Copa do Mundo diretamente do Catar a partir desta segunda-feira (14).

O jornalista Ricardo Capriotti é o primeiro enviado especial da RB a tocar o solo do país árabe e co-apresenta o Jornal Gente diretamente da capital catariana às 8h. Já o repórter Alexandre Praetzel será o responsável pela cobertura da Seleção Brasileira e estará concentrado com os comandados do técnico Tite desde a preparação em Turim, na Itália, na mesma data.

Na quarta-feira (16), será a vez do time de repórteres e da equipe especializada, que vão levar a emoção do mundial para os ouvintes, aterrissar em Doha. Por lá, ainda estarão o narrador Ulisses Costa, o apresentador Elia Junior e os repórteres Fernando FernandesJoão Paulo CappellanesLucas Herrero e Isabelly Morais.

Cappellanes acompanhará os adversários do Brasil na primeira fase: Sérvia, Suíça e Camarões; Herrero vai cobrir as seis campeãs mundiais: Alemanha, França, Argentina, Espanha, Inglaterra e Uruguai, enquanto Isabelly estará com as outras 22 seleções. Gustavo Soler e Paulo do Valle vão reportar os demais jogos.

A Rádio Bandeirantes esteve presente em todas as Copas do Mundo desde 1950. Em 2022, não será diferente. Serão 44 jogos transmitidos em rede com todo o time de estrelas da emissora: José Luiz DatenaMilton NevesCláudio ZaidanCraque NetoLívia NepomucenoRonaldo GiovanelliMarcos AssunçãoRafael OliveiraEduardo CastroRogerio Assis e Pedro Martelli.

Na BandNews FM, já na manhã de segunda-feira, Luiz Megale comanda o Jornal BandNews e o BandNews São Paulo direto de Doha, a partir das 7h. Fábio França traz todas as informações do país sede da Copa e apresenta o BandNews no Meio do Dia e o Entre Nós também da capital do Catar.

Também em Doha, o narrador Marcelo do Ó, o comentarista Bruno Camarão e os apresentadores Glenda Kozlowski e André Coutinho trarão todos os detalhes do maior torneio de futebol do mundo. Reportagens especiais, curiosidades, destaques culturais e esportivos estarão reunidos em um só lugar. Enquanto isso, a repórter Alinne Fanelli estará em Turim, na Itália, acompanhando os passos da Seleção Brasileira.

O timaço da BandNews FM ainda vai contar com Denilson, Marília RuizLeandro Quesada, Silva Junior, Napoleão de AlmeidaJuliana YamaokaMauricio Ferreira, Jordana Araújo e Yuri Queiroga. A partir do dia 20 tem bola rolando. Serão 42 jogos transmitidos ao vivo, em uma cobertura completa. Brasil e Catar vão ficar conectados 24 horas por dia.

As duas emissoras possuem os direitos de exibição da Copa do Mundo. Os jogos do Brasil também irão ao ar pelas rádios musicais do Grupo Bandeirantes de Comunicação: Band FM, Nativa FM e Play FM.