Estadão/ESPN: chefias já não se entendiam há um bom tempo

Por Rodney Brocanelli

Além de tudo o que já foi publicado pelo jornalista Anderson Cheni (que trouxe o furo do ano), podemos acrescentar que, apesar de toda a polidez demonstrada nos comunicados oficiais, as chefias da ESPN e da Rádio Eldorado já não se entendiam há um bom tempo.

 

Há um ano…

Por Rodney Brocanelli

…duas estreias agitavam o mercado radiofônico no mesmo dia. A primeira delas foi a entrada da Band News FM nas transmissões de futebol. Abaixo, dois registros da ocasião. O primeiro deles é um editorial anunciando a proposta da emissora nessa área.

Odnei Edson começou como narrador, mas depois não prosseguiu nesse projeto de futebol, ficando apenas na Fórmula 1. Mas seu nome entrou para a história como a voz do primeiro gol na Band News. E com um gol que também entrou para a história do futebol: o centésimo da carreira de Rogério Ceni.

No mesmo dia, começava oficialmente a Rádio Estadão/ESPN, parceria do Grupo Estado com a ESPN. O centésimo gol de Rogério Ceni também serviu como marco oficial. Ouça a narração de Paulo Soares.

O vídeo abaixo mostra os bastidores desse início.

Nesse mesmo dia, só que um pouco antes, a 107 FM saia do ar e dava lugar à Rádio Eldorado, que deixava livre a freqüência dos 92,9Mhz para a nova Estadão/ESPN. O registro da transição pode ser ouvido abaixo.

Cornetas desafinadas incomodam Cledi Oliveira na Estadão/ESPN

Por Rodney Brocanelli

Quem ouviu a partida entre Cruz Azul x Corinthians, válida pela Copa Libertadores, se deparou com um barulho incômodo de cornetas desafinadas que vinham pelo som ambiente, diretamente da Cidade do México. Cledi Oliveira, da Estadão/ESPN, incomodado pelo ruído, não deixou o fato passar batido. Acompanhe no player abaixo.

TV sem imagem

Por Marcos Lauro

Na última sexta-feira, o grupo Bandeirantes anunciou a decisão de transmitir o programa Agora É Tarde também nos 96,9 Mhz da rádio BandeNews FM. A mesma coisa acontece com o Jornal da Band (veiculado na própria Band News),  Programa do Jô (TV Globo com transmissão simultânea pela CBN) e Sportcenter (do canal ESPN, que também pode ser ouvido pela Estadão ESPN).

Nada contra o programa, seu conteúdo ou seu apresentador. Depois de apanhar muito da mídia por conta da sua falta de noção ao fazer piadas, o humorista Danilo Gentili tomou jeito e hoje dá conta do seu programa, em que recebe entrevistados interessantes e tem o Ultraje a Rigor como banda de apoio no palco, além de outros humoristas.

Mas com essa atitude, vemos que ainda existe gente nesse mundão velho que acredita que o rádio pode ser usado como uma TV sem imagens, que é a mesma coisa. Sim, ok, é a mesma coisa. A partir desta terça, 24, quando a atração estreiar na BandNews FM, vamos “ver” Danilo Gentili mostrar fotos de infância de seus entrevistados, assim como vamos “ver” também vídeos engraçados da internet.  Afinal, o rádio não é exercício da criatividade? Então… enxergue aí, ouvinte!

APCA divulga melhores de 2011

Por Rodney Brocanelli

E saiu a lista dos vencedores do Prêmio APCA de 2011. Maiores detalhes no post da jornalista Edianez Parente no Facebook (clique aqui).

Os premiados da categoria rádio são esses:

Grande Prêmio da Crítica: Rádio CBN – 20 anos no ar
Prêmio Especial do Juri: Dois diretores em cena – Rádio Jovem Pan AM
Musical: O Sul em Cima – USP FM
Internet: Web Rádio Faap – emissora educativa da Fundação Armando Álvares Penteado
Humor: O Palhacinho – Energia 97 FM
Esportivo: Papo de Craque – Transamérica FM
Variedades: Gira Brasil – Rádio Estadão-ESPN
Votaram: Cesário Oliveira, Marco Antonio Ribeiro e Sílvio Di Nardo

Tirando os prêmios a Dois Diretores em Cena, aos 20 anos da CBN e para a rádio web da Faap, não dá para concordar com o restante da lista. A Estadão/ESPN tem vários programas esportivos bem superiores ao Papo de Craque, da Transamérica.  Um deles é o Segredos do Esporte, apresentado pelo Paulo Calçade, só para ficar nesse exemplo. Melhor sorte no ano que vem.

Haisem Abaki estreia nesta segunda na Estadão/ESPN

Por Rodney Brocanelli

Afastado do rádio desde que deixou a Rádio Bandeirantes de São José dos Campos, o apresentador começa nesta segunda na Rádio Estadão/ESPN. Ele irá comandar dois jornais: a segunda edição de O Estadão no Ar, a partir das 13h. Isso significa que o Ação e Aventura, que ia ao no no mesmo horário dançou. Abaki volta as 18h para apresentar a terceira edição de O Estadão no Ar, das 18h as 20h. As informações são do próprio profissional, em seu blog:

http://haisem.blog.uol.com.br/arch2011-09-01_2011-09-30.html#2011_09-02_19_01_44-129608748-0

Exclusivo: João Lara Mesquita fala das mudanças nas emissoras do Grupo Estado

Por Rodney Brocanelli

Autor de uma pequena revolução nas emissoras de rádio do  Grupo Estado no começo dos anos 80, João Lara Mesquita é hoje um homem mais ligado à televisão. “Ela tem sido generosa comigo”, diz satisfeito por conta da receptividade do veículo em relação aos seus documentários, cujos focos principais são a natureza e o meio ambiente. Ainda assim, ele teve participação decisiva nas recentes mudanças pelas quais passaram a Eldorado FM, hoje transmitindo em 107,3Mhz, e a Estadão/ESPN, que opera tanto no AM (700Khz) e FM (92,9Mhz). “No geral gostei do que vi”, afirma sobre o projeto que lhe foi apresentado.

Entretanto ele lembra que todo acordo como esse tem um custo, especialmente o da questão do alcance de sinal. A frequência do 107,3Mhz, que hoje abriga a Eldorado Brasil 3000 não tem boa propagação em muitos pontos da cidade. Vários leitores têm reclamado disso no sistema de comentários do blog. João Lara diz que todas as emissoras tem um “lapso técnico”. Contudo, o mais importante, segundo ele,  é que o canal estava disponível.

Com relação a parceria que deu origem a Rádio Estadão/ESPN, João Lara diz que é uma excelente oportunidade para a emissora ter um futuro promissor. A Disney, que hoje controla a ESPN, adquiriu 30% das ações da Rádio Eldorado.

Uma das grandes campanhas em  que a Eldorado de João Lara Mesquita entrou foi a que pregava a extinção da Voz do Brasil. Contudo, a guerra está perdida. O 107,3 Mhz hoje transmite o programa obrigatório, algo que deixou os tradicionais ouvintes insatisfeitos. Resignado, ele se diz triste em ter que engolir aquilo que chama de engodo.

Acompanhe a íntegra da entrevista concedida por e-mail ao blog Radioamantes

Qual a participação atual do senhor nas emissoras de rádio do Grupo Estado?

Desde que saí da direção executiva, em Abril de 2003, participo como acionista.

O senhor foi consultado de alguma forma a respeito das atuais mudanças tanto no AM, como no FM?

O projeto nos foi apresentado, a mim, e aos meus irmãos, pelos gestores, Silvio Genesini, e o presidente do Conselho, Aurélio Almeida Prado Cidade. No geral gostei do que vi. E demos nosso voto favorável.

Qual a sua opinião acerca da mudança da Eldorado FM para a frequência dos 107,3Mhz, que possui 30 mil watts de potência, contra os 60 mil watts dos 92,9Mhz?

Tudo tem um custo. A emissora, do ponto de vista da transmissão, pode ter algum lapso técnico. É comum no meio. Umas mais, outras menos. Mas quase todas têm. O importante, num mercado rarefeito, é que a 107,3 Mhz estava disponível e disposta.

O que o sr. pensa a respeito das atuais transmissões de futebol nas rádios do Grupo Estado?

O acordo de venda de 30% das ações da Rádio Eldorado para um dos maiores grupos de comunicação do planeta, a Disney, é uma excelente oportunidade  para a emissora ter um futuro promissor. Através do braço da companhia, a ESPN, que chega com seus equipamentos, grande equipe, e notória competência no trato da matéria, a nova rádio entra no mundo do futebol com o pé direito. O esporte nacional é apoiado por verbas publicitárias vultuosas, e crescentes, com as quais, até então, a Eldorado não contava. Fechar este acordo no mesmo ano em que o país ganha o direito de sediar a próxima Copa do Mundo é uma senhora virada. Necessária, oportuna e bem-vinda, para que a Eldorado perenize o cumprimento de seu papel social: entrando no futebol através desta porta peculiar, e aliando o esporte à massa de informações, equipe, e credibilidade do jornal O Estado de S. Paulo, a rádio Estadão/ESPN, AM e FM, nasce ousando. Ela agora tem as condições para atingir o pleno vigor financeiro, condição essencial para remunerar o capital investido, continuar gerando empregos, e participar ativamente, sempre em alto nível, da vida da comunidade.

O senhor ouve as rádios do Grupo Estado? E outras rádios?

Sim, ouço as rádios do Grupo Estado. E frequêntemente ainda mantenho o hábito de xeretar a programação das  outras.

A atual Eldorado FM, nos 107,3 Mhz, está transmitindo A Voz do Brasil. Não deixa de ser uma derrota numa campanha contra a obrigatoriedade do programa que foi proposta pelo senhor?

Infelizmente, sim. É incrível, e muito triste, ser obrigado a engolir este engôdo. Filho da ditadura de Getúlio Vargas, é anacrônico e chato. Ruim pra dedéu! Entramos no terceiro milênio e acompanhamos, ávidamente, os saltos tecnológicos diários, especialmente agudos nas comunicações. Mas, no caso do enfadonho programa, andamos pra trás. E põe atrás nisto!

E por falar na Voz do Brasil, como o senhor tem acompanhado as atuais movimentações no Congresso em torno da flexibilização de horário, em vez da simples extinção?

Como disse, acompanho um engôdo. Os maus politicos, aqueles que não têm o que oferecer para a sociedade, se apegam à ela. Fingem que acreditam na Voz. E nos igualam a Cuba, China, Coréia do Norte e que tais. Me sinto particularmente triste, e decepcionado, pela surpreendente decisão judicial que nos obrigou a voltar a transmitir um programa inútil, que bem pode ser considerado uma “jóia da cafonice” do rádio brasileiro. Não há nada tão brega, e atrasado, como a obrigação da Voz.

O senhor tem algum projeto atual relacionado ao rádio?

Por falta de espaço no dial, não. Decidi guinar para outras mídias. A TV tem sido generosa comigo. A concorrência é enorme. Tem muita gente boa. Mesmo assim, depois de 20 anos fazendo rádio, já consegui produzir e apresentar duas séries de documentários. Uma bem longa, com dois anos de duração, e 90 episódios, mostrando as virtudes e mazelas da costa brasileira. O público, parece, gostou. A série Mar Sem Fim, no ar entre Abril de 2005, e Abril de 2007, foi um dos programas de maior audiência da TV Cultura, atingindo três pontos de média, com picos de até 4.6. Foi uma honra trabalhar, e ter esta audiência, na TV Pública brasileira. Um raro privilégio que procurei aproveitar. Esta mesma série virou um belíssimo livro. Do ponto de vista da edição, um  magnífico trabalho gráfico. Bem completo, em dois volumes com quase 500 fotos, editado pela Terceiro Nome, Loqui e Albatroz.  “O Brasil Visto do Mar Sem Fim” foi indicado ao prêmio Jabuti, na categoria reportagem, em 2009. Perdi para o 1808, do Laurentino Gomes. Posteriormente, o selo Lua Music lançou uma coleção com cinco DVDs, e quase sete horas de programas, a coleção Mar Sem Fim- Navegando do Oiapoque ao Chuí. Recentemente, em Abril do ano passado, produzi e apresentei mais cinco documentários, Mar Sem Fim- Viagem à Antártica (aproveito para informar que em breve serão lançados os DVDs via o selo ST2 Music), para uma das redes nacionais, a TV Bandeirantes. Não, não é fácil. Nem a toda hora que um free lancer, como eu, consegue abertura. Mas fazer documentários para a TV é apaixonante. Vale persistir.

Estadão/ESPN estreia domingo com credibilidade e busca de audiência

Por Luis Augusto Simon, do blog do Menon

A radio Estadão/ESPN estréia no domingo, dia 27, com uma maratona esportiva – Brasil x Escócia, São Paulo x Corinthians, Santos x Ituano e muito provavelmente a transmissão do GP de F-1 da Austrália – e o desafio de transformar a credibilidade adquirida nos últimos anos em bons níveis de audiência. É o que explica João Palomino, coordenador do núcleo de esportes da rádio.

“Não posso negar que a audiência que temos atualmente está aquém do que esperávamos. E o nosso desafio é buscar uma audiência de acordo com a repercussão do nosso trabalho, das nossas matérias e transmissões. E estamos dando passos importantes nesse sentido”, disse.

O que muda com a nova rádio?

A radio Estadão/ESPN terá a mesma programação na Am (700) e na FM (92,9) que é um lugar muito importante no dial. Muita gente passa por ali. Então, com uma programação jornalística em um dial forte e Com 40% de esporte, queremos criar o hábito nas pessoas de ouvir a rádio. Queremos que coloquem na memória do rádio do carrro e no celular.

O FM é o caminho natural para o rádio esportivo?

É sim, basta você ver a audiência da Jovem Pan. No sábado, ela só transmite em AM. No domingo, quando transite também em FM, a audiência aumenta muito.

Como será a nova programação?

Vamos ter muitos programas novos. Vamos falar por horário
11h30 as 13h – Esporte ponto com, apresentado pelo Conrado Giuglietti e Antero Greco, com a participação de muitos comentaristas da televisão e de nossos oito repórteres, cinco em São Paulo, um em Santos e dois no Rio.

13 às 13h30 – Ação e Aventura, de esportes radicais.

17 às 18h – Bate Bola, com Everaldo Marques e Leonardo Bertozzi

20 às 21h – Gira Brasil, com Ari Aguiar e Eduardo Affonso, será um programa no estilo do “Brasil na Copa do Brasil” da tevê, com muita coisa dora do eixo Rio-São Paulo.

Além deles, haverá programas com periodicidade menor. Às segundas e sextas, às 21h, teremos o Futebol no Mundo, com Paulo Andrade e os comentaristas da casa. Ainda às sextas, das 22 às 23 horas, o Rodrigo Rodrigues comandará o Bola e Música. Continua a retransmissão diária do Sportcenter e outra novidade será o Linha de Passe às terças feiras das 21 às 22h, comigo, o Trajano, o PVC e o Mauro Cezar.

Qual o diferencial da nova equipe?

Não tem muito o que inventar em rádio. O diferencial é a nossa equipe, nossa turma. Contratamos o Eduardo de Menezes e o Gustavo Villani. Nosso trabalho na Copa do Mundo, quando recebemos um prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) nos faz ver que estamos no caminho certo.

A nova rádio não terá um narrador número 1, como é costume no rádio brasileiro?

Eu prefiro dizer que temos um baita time número 1, com gente de nível técnico muito alto, cada um com seu estilo.

Como será a maratona da estréia?

Ainda há uma pequena pendência quanto aos direitos de transmissão da Fórmula 1. Se conseguirmos, estrearemos às 3 da manhã, com narracção do Everaldo Marques e a presença do Lívio Oricchio na Austrália. A seguir, teremos:

8 h – ESPN ao ar livre, com um estúdio no Parque do Ibirapuera, por onde passarão todos os membros da nossa equipe

10h – Brasil x Escócia, com Cledi Oliveira, Mauro Cezar, Rômulo Mendonça no plantão e João Castelo Branco no estádio, em Londres.

12h – Pós jogo

13h – Abre o Jogo, que será transmitido também pela televisão. Vai ser possível “ver a rádio” por dentro. Eu vou apresentar.

16h – clássico – São Paulo x Corinthians, com uma supercobertura. A narração será do Paulo Soares e teremos ainda dois comentaristas – PVC e Paulo Calcade – e quatro repórteres – Eduardo Affonso e Flávio Ortega no campo e Sérgio Loredo e Conrado Giuglietti no estádio. Marcelo di Lallo será o plantão.

Nos outros domingos, o Abre o Jogo começará sempre às 12 horas.

18h30 – Ituano x Santos, com Gustavo Villani ou Everaldo Marques, caso não haja a transmissão da Fórmula 1


Rádio Eldorado já pode mudar o nome para Estadão/ESPN

Por Rodney Brocanelli

Uma portaria publicada no Diário Oficial desta terça-feira autoriza a Rádio Eldorado (SP) a mudar de nome: ela pode usar a partir de agora e denominação Estadão/ESPN. Para os que tiverem dúvidas, basta ir até a página 61.

Em novembro do ano passado, o sempre bem-informado jornalista Anderson Cheni publicava uma nota em seu blog sobre a intenção de se mudar o nome da tradicional emissora ligada ao Grupo Estado. Segundo ele, os canais de AM e FM iriam transmitir a mesma programação, cujo conteúdo esportivo ficaria sob responsabilidade da ESPN, com direção de João Palomino. No entanto, isso não significaria o fim da Eldorado FM, como a conhecemos hoje. A emissora migraria para os 107,3Mhz, a antiga Rádio Brasil 2000 FM