Mais uma contribuição para o debate sobre os direitos de transmissão para o radio esportivo

Por Rodney Brocanelli

O jornalista Carlos Guimarães, comentarista e coordenador de esportes da Rádio Guaíba, de Porto Alegre, publicou na semana passada um importante artigo sobre os possíveis impactos da nova Lei Geral do Esporte para o rádio esportivo. Além de viver o dia-a-dia do veículo, Guimarães também é bastante ativo no meio acadêmico: ele é doutorando em Comunicação, tem mestrado em Comunicação e Informação e especialização em Jornalismo Esportivo.

Guima, como é conhecido, acha que não será desta vez que o rádio deverá pagar para transmitir partidas de futebol ou de qualquer outro esporte. “Entretanto, estamos na contagem regressiva para que isto aconteça”, afimra.

O texto é bastante feliz ao incluir essa medida dentro do processo de elitização do futebol brasileiro, simbolizado pela construção das novas arenas, febre que se iniciou na esteira da nomeação do Brasil como sede da Copa do Mundo em 2014.

Em seguida, Guimarães escreve, em resumo, que o rádio não se modernizou: “Com tanto tempo de existência, da mesma forma que o rádio consolidou uma popularidade, ele não se renovou. Apegou-se numa tradição em que parece feio ou moderninho demais buscar algo novo nesse meio”.

Esse apego, conforme o jornalista, vem dos próprios profissionais: “O rádio rejeita o moderninho porque ele tem um limite para se renovar. É como se a tradição compusesse o seu ethos, a sua razão de existir. Vou dar um exemplo disso. Convivo com pesquisadores e radialistas cotidianamente. Sabe o que mais encanta os meus colegas? A narração de um gol em 1975, uma cobertura internacional de 1968, uma entrevista de 1982, uma vinheta de 1991. O rádio, quando olha para si, olha para trás, nunca para a frente”.

Aqui reside a primeira discordância. Quando se olha para o passado do rádio, isso nada mais é que uma forma de chamar a atenção para as novas gerações que o veículo fazia questão de estar presente em todos os acontecimentos. Quando se cultua a narração de um gol de 1975, é porque certamente narrador, repórter e comentarista estavam no estádio, independente da distância.

O mesmo vale para a cobertura internacional de 1968. O rádio marcava sua presença. Não se fazia uma cobertura à distância, algo que é muito comum nos dias de hoje.

A Rádio Guaíba tem um excelente programa de resgate de sua memória chamado Arquivo Guaíba. Pelo menos duas de suas edições trouxeram exemplos ricos disso, protagonizados pelo jornalista Flavio Alcaraz Gomes.

Em 1969, Gomes esteve em Cabo Canaveral para informar em tempo real sobre a partida da missão Apolo XI, famosa por colocar o homem na lua. Anos mais tarde, o mesmo profissional foi deslocado para o Oriente Médio a fim de acompanhar o conflito (mais um) entre árabes e israelenses naquela que ficou conhecida como a Guerra do Yon Kippur.

Reiterando: quando se cultua os grandes feitos do rádio, isso não quer dizer que seja um apego excessivo ao passado, aquele saudosismo do tipo “na minha época que era melhor”. É uma forma de mostrar o que o rádio já fez. Além disso, é um recado para chamar a atenção de que o veículo pode prosseguir fazendo isso, basta que existam recursos (abordo isso daqui a pouco).

Guima fala muito da linguagem do podcast, mas que na verdade ele nada mais é que um programa de rádio, divulgado em uma outra plataforma. O texto cita o recente sucesso do podcast A Casa da Mulher Abandonada, divulgado pelo jornal (ironia, não?) Folha de S. Paulo. Fica a pergunta: por que nenhuma rádio resolve investir nessa ideia?

Algumas respostas. Primeira é porque ela demanda tempo e na atual configuração das redações de rádio não existem recursos humanos disponíveis para investir em reportagens que deem um certo tipo de trabalho e cuja base não seja apenas feita de entrevistas por telefone ou outros meios. Depois, temos a questão do custo. Se render algum gasto que seja com combustível, por exemplo, a ideia é deixada de lado.

Outro ponto abordado por Gumarães é a linguagem da jornada esportiva. Ele destaca que houve uma evolução ao longos dos anos, apontando que as transmissões de hoje são melhores do que há 50 anos. Ela é “mais humana, menos robotizada, menos engessada, mais coloquial, mais conversada, mais próxima ao ouvinte”. Sem contestações quanto a isso, entretanto, hoje em dia ela é mais afastada das próprias partidas de futebol. Hoje em dia é muito comum a transmissão off tube, em que narrador, comentarista e repórter estão olhando o jogo na tela da tv em vez de ter a visão do estádio. Guma até fala sobre isso, mas como consequência, sem analisar de forma mais profunda a causa.

Vou dar um exemplo pessoal. Entre os anos 1980 e 1990, quando eu abaixava o som da tevê e aumentava o do rádio, eu estava em busca de algo que a imagem não me mostrasse. E digo que em 99% eu conseguia ter isso como consumidor, graças ao talento de profissionais como José Silvério, Wanderley Nogueira, entre tantos outros. Hoje é algo mais difícil de se conseguir devido a questões técnicas, mas ainda é possível.

Guima não esquece da precarização do rádio esportivo: “(…) reduziu-se o efetivo das redações com o profissional multimídia, aquele que cobra o escanteio e chega à área para cabecear. Menos gente fazendo mais coisas pelo mesmo salário. A baixa remuneração também impactou na qualidade dos profissionais. É mais fácil optar por uma outra atividade do que permanecer no rádio, ainda que se tenha paixão pelo meio. A prioridade da vida é pagar os boletos em dia”.

E aí surge a grande pergunta que eu me fiz a partir da leitura do texto: será que estaríamos falando de tudo isso caso as verbas de publicidade não fossem tão ínfimas para o meio rádio? Na última sexta-feira, Nando Gross disse ao podcast Dus 2 que o maior problema do rádio hoje é a questão financeira. “A verba sumiu”, disse ele. “Não temos mais os patrocinadores de R$ 100 mil por mês, como tínhamos nas jornadas. Isso acabou”, completou. (veja aqui). Gross fala com conhecimento de causa, de quem já foi gerente da Rádio Guaíba entre 2014 e 2020.

O rádio até que tem dado alguns passos no sentido de atrair mais verbas. Para isso, a Internet é usada como uma aliada fundamental. O que era antes um programa apenas sonoro, hoje virou visual. E os departamentos de publicidade esperam aquele filme (ainda se diz filme?) de 30 segundos para enriquecer o intervalo da live.

Como diz a letra de Rock Europeu, hit da banda Fellini, um dos expoentes do rock independente brasileiro dos anos 1980: “tudo foi sempre uma mera questão de dinheiro”.

Para quem quiser ler na íntegra o instigante texto de Carlos Guimarães, basta clicar no link abaixo.

https://csguimaraes.medium.com/%C3%A9-o-fim-do-r%C3%A1dio-ou-o-que-vem-por-a%C3%AD-732c696993ba

Temporada 2022 traz novidades na equipe esportiva da 105 FM

O ano de 2022 promete muitas emoções no cenário esportivo, no futebol paulista não vai ser diferente, o Palmeiras buscando mais um título na Copa Libertadores, o Corinthians de volta a competição continental. Tem a Copa do Brasil e Sul-americana com Santos e São Paulo e já em andamento o tradicional Campeonato Paulista, o maior campeonato estadual do país.

E a equipe esportiva da 105 FM acaba de ganhar um novo integrante, a partir de agora o narrador Gomão Ribeiro empunhará o microfone do 105 FM Futebol Club. O profissional já vinha participando da programação como freelancer. Gomão assinou contrato de 1 ano com a emissora.

Jornalista e radialista, o novo integrante da 105 FM tem passagens pelas rádios Nova Difusora de Osasco, Capital AM, de São Paulo, ABC AM, de Santo André, e rádio Cruzeiro FM, de Sorocaba. Foi um dos narradores dos jogos olímpicos de Londres em 2012 pelo portal Terra e em 2013 fez parte da equipe de narradores do canal SKY Sports. Ele faz transmissões para o canal do CPB – Comitê Paralímpico Brasileiro.

Gomão Ribeiro assinou contrato nesta sexta, 28, e está feliz com este novo desafio na sua carreira. “Representa uma realização pessoal, a conquista de um desejo de fazer parte de uma equipe de profissionais que sempre admirei e respeito. A rádio 105 FM é uma emissora com uma repercussão enorme não só entre os ouvintes, mas também entre o meio esportivo.
Integrar o time da 105 é muita responsabilidade.


Estou muito feliz por esse momento”, comentou o narrador.

Renovação

A 105 FM renovou o contrato de três profissionais para a temporada 2022, são eles: o narrador Hugo Botelho, o apresentador Maércio Ramos e o comentarista Celso Cardoso.

Hugo que também é contratado da ESPN ficou empolgado com a renovação. “Representa a oportunidade de continuar um trabalho que foi iniciado em 2020 e muito prejudicado pela pandemia. E continuar narrando pelo rádio que é a minha grande paixão”, disse o narrador.

O apresentador Maercio Ramos que tem décadas de experiência no meio radiofônico também teve seu contrato renovado por mais um ano. “Representa que enquanto temos vontade, disposição, garra, amamos o que fazemos, esse é meu caso, sempre terá alguém que conseguirá enxergar qualidade, competência e nos ofertar oportunidade”, comenta Morcegão como também é conhecido. “Com a equipe de esportes do 105 FM Futebol Club, comandada pelo Luis Marcelo Bigatto, estou tendo a chance de pelo terceiro ano consecutivo soltar a voz, empunhar esse poderoso microfone nessa potência que é a 105 FM. Vivo mais um momento maravilhoso da minha carreira com a renovação de contrato e com a certeza de que poderei continuar levando emoção, alegria, mexer com a paixão daqueles que amam o futebol e que são apaixonados por rádio. Sou um apaixonado por rádio, obrigado Bigatto por continuar acreditando em mim e no meu trabalho, obrigado 105 FM, a rádio que é só alegria”, finalizou Maercio Ramos.


O comentarista Celso Cardoso que também faz parte da TV Gazeta de São Paulo teve seu contrato renovado até 2023 “Estou feliz! Primeiro porque hoje estou entre amigos. Equipe entrosada e a jornada rola com seriedade e ao mesmo tempo é divertida. Além do mais, amo o rádio e é uma honra estar na mais ouvida.”

O diretor de Esportes da Rádio 105 FM, Luis Marcelo Bigatto se diz feliz e motivado pelos resultados que a equipe esportiva vai entregar neste ano. “Queremos aperfeiçoar a produção do jornalismo esportivo e estreitar a relação com o ouvinte. A contratação do Gomão Ribeiro e as renovações do Hugo, Celso e Maercio fazem parte do nosso planejamento, aliar a experiência com a capacidade de revelar bons profissionais. A Rádio 105 FM neste ano está realizando diversos investimentos no departamento de esportes. Faremos ativações de marca com parceiros comerciais nos camarotes dos estádios do Morumbi, Allianz Parque e Neo Química Arena. Os novos estúdios estão no processo final de reforma, com nova tecnologia, ampliando com muita qualidade a presença do conteúdo esportivo nas plataformas digitais com som e imagem”, revelou.

José Silvério fala na Capital: “acho que em breve estaremos aí”

Por Rodney Brocanelli

José Silvério participou da estreia da nova equipe esportiva da Rádio Capital nesta última quinta (21). Por telefone, ele conversou brevemente com o apresentador e comandante da equipe Olivério Júnior. Logo no começo, o narrador demonstrou seu descontentamento pela falta do torcedor no estádio, condição imposta pela pandemia do Coronavírus. “O futebol é um esporte que precisa e muito de torcida no campo, porque as vezes um jogo ruim vira festa por causa da presença da torcida”, afirmou.

Em seguida, Olivério disse “eu estou de braços abertos, e o ouvinte da Capital também, para receber você”. Foi talvez uma espécie de senha para Silvério falasse sobre sua situação: “Acho que em breve estaremos aí, né? Não deve demorar muito. Estamos com os últimos detalhes sendo acertados. Eu espero realmente que tudo termine bem, tudo termine com a gente fazendo…Seria muito bom que você tivesse me procurado um pouco antes para que hoje eu já pudesse estar transmitindo esse jogo. Mas como fica pra depois, é um pouco de expectativa para ver o que vai acontecer com todos nós, não é meu caro Olivério?”, afirmou.

A estreia oficial das transmissões de futebol com a nova equipe comandada por Olivério Júnior aconteceu nesta quinta, com a primeira partida da decisão do campeonato paulista de futebol envolvendo Palmeiras x São Paulo.

Na noite da última terça (18), Milton Neves divulgou em primeira mão em seu Twitter e seu blog no UOL informações sobre a equipe esportiva da Rádio Capital e da possível volta de José Silvério às narrações esportivas neste projeto. No dia seguinte, surgiram outros detalhes informados pelo próprio Milton e pelo blogueiro Cosme Rímoli, do R7, como as presenças de Andrés Sanchez e Wanderley Luxemburgo (veja aqui).

Veja abaixo a participação de Silvério na jornada esportiva da Capital e a íntegra da transmissão desta quinta.

Denilson estreia no time da BandNews FM no próximo domingo

O pentacampeão mundial de futebol Denilson é a mais nova estrela do time da BandNews FM. Irreverente, alto-astral e, sobretudo, muito bem-informado, ele estreia no próximo domingo (23), a partir das 15h, como comentarista da rádio durante a final do Campeonato Paulista, que traz o duelo entre São Paulo e Palmeiras. “Estou muito ansioso. Não poderia existir um momento melhor para estrear na BandNews FM do que em uma final do Paulistão com dois times nos quais atuei e venci esse mesmo torneio por duas vezes: em 1998, pelo São Paulo, e em 2008, com o Palmeiras. É muito louco como a vida vai nos direcionando e dando as oportunidades na hora certa”, afirma.

Durante as transmissões, o ex-jogador promete levar aos ouvintes todo o seu conhecimento adquirido ao longo dos mais de 20 anos como atleta dentro de campo. “A BandNews FM é uma rádio que conversa muito com os jovens e tem uma linguagem muito parecida com a minha, por isso estou bem confortável em relação a isso. A primeira reunião que tive com a equipe me deixou muito empolgado porque eles querem o Denilson do jeito que ele é, sem criar um personagem. Fazer rádio é algo que foi a minha paixão em um passado distante e agora estou tendo a oportunidade de reviver isso”, comemora.

Denilson iniciou a carreira aos 17 anos, quando foi peça fundamental na conquista da Taça Conmebol, em 1994, com a camisa do São Paulo. Dois anos mais tarde, estreou na Seleção Brasileira durante a vitória por 2 a 0 sobre o Camarões.

Em 1998, depois de conquistar o Paulistão pelo Tricolor, tornou-se o jogador mais caro da história do futebol. A transferência para o Real Betis rendeu US$ 32 milhões aos cofres do time paulista. A multa, para quem quisesse tirá-lo do clube espanhol, foi fixada em US$ 416 milhões.

Ao longo da trajetória, contabilizou 12 participações em jogos de Copa do Mundo. A chegada ao Palmeiras aconteceu em 2002, aos 24 anos, quando trouxe à Família Scolari a experiência da Copa, a qualidade técnica para mudar as partidas e a alegria contagiante que foram marcas da Seleção do Penta. O craque ainda vestiu algumas camisas ao redor do mundo, encerrando sua carreira como jogador em 2010 devido a fortes dores no joelho direito. No mesmo ano, trocou as chuteiras pelo microfone e começou a trabalhar na Band. Atualmente, faz parte da equipe do Jogo Aberto, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 13h, na TV aberta.

A estreia de Denilson na BandNews FM acontece neste domingo, às 15h, como comentarista da final do Campeonato Paulista ao lado de Bruno Camarão. O jogo tem narração de Marcelo do Ó, reportagens de Alinne Fanelli e Arthur Covre, e apresentação de Fábio França.

Futebol da Band News FM completa 10 anos; gol 100 de Rogério Ceni marcou primeira transmissão

Por Rodney Brocanelli

O dia 27 de março marca uma data histórica para o rádio esportivo nacional. Nesta data em 2011 começava o projeto de transmissões esportivas da Band News FM, que comemora 10 anos hoje, sem interrupções de qualquer tipo. Pouco antes da estreia, o Radioamantes divulgou informações importantes sobre esse projeto.

A equipe esportiva inicial teve Odinei Edson e Carlos Fernando como narradores; Erich Beting e Sérgio Xavier, eram os comentaristas; André Coutinho, Arthur Covre e Barbara Tellini, formavam o time de repórteres. Hoje em Nova York como correspondente, Eduardo Barão era o apresentador e coordenador dessas transmissões esportivas. Cotas de patrocínio foram vendidas na ocasião para quatro grandes marcas:  DeLonghi Máquinas de Café, NET Vírtua, EMS Pharma e Iveco Caminhões.

Diretor de jornalismo da Band News FM, André Luis Costa prometia descontração nas transmissões e uma boa qualidade de áudio. Além disso, ele tinha um objetivo bem claro: “Chegar à Copa de 2014 como referência na cobertura esportiva”.

O dia escolhido para a primeira jornada esportiva foi muito feliz. O calendário do campeonato paulista de 2011 marcava uma partida entre São Paulo x Corinthians. Esse jogo ganhou um caráter histórico porque foi nele que o goleiro Rogério Ceni marcou (de falta) o centésimo gol de sua carreira (existe uma controvérsia quanto a esse número, mas vamos ficar com a contagem do ex-jogador e agora técnico).

Em dez anos, a equipe do futebol da Band News FM passou por várias reformulações. Odnei Edson passou a se dedidcar apenas à Fórmula 1 (veiculada na própria emissora). Dirceu Marcholi assumiu a narração dos principais jogos até se afastar pouco depois da pandemia. Em dado momento, Alex Muller, também narrou pela emissora.

Atualmente, o time das transmissões esportivas da Band News FM é formado por Marcelo do Ó, Silva Júnior Napoleão de Almeida e Doni Vieira, narradores; André Coutinho, Bernardo Ramos e Bruno Camarão, comentaristas; Alinne Fanelli, Artur Covre, Fábio França, Juliana Yamaoka,, repórteres e plantonistas; Fábio França, coordenação (clique aqui para ver mais).

Vamos relembrar dois momentos importantes da primeira transmissão própria de futebol na Band News. O primeiro deles é um editorial veiculado logo na abertura da jornada, explicando as intenções deste projeto. Clique abaixo.

Ouça o gol de Rogério Ceni, o seu gol 100, com a narração de Odinei Edson. Aliás, naquele final de semana, ele deve ter dormido muito pouco. Na madrugada anterior, ele transmitiu o GP da Austrália de F-1.

Voz do Brasil: autorizada flexibilização ou dispensa para veiculação de campeonatos de futebol

do site da Abert

O Ministério das Comunicações (Minicom) publicou, nesta sexta-feira (6), a Portaria nº 1.250/2020, que autoriza de maneira excepcional a flexibilização ou dispensa do programa A Voz do Brasil para as rádios que transmitirem jogos de futebol enquanto perdurar o estado de calamidade pública provocado pela pandemia de COVID-19, reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020. A medida atende solicitação protocolada pela ABERT.

De acordo com a portaria, as emissoras que desejarem transmitir os jogos do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil ou da Libertadores, ficam autorizadas a transmitir A Voz do Brasil em horário diferenciado, da seguinte forma:

(i) para transmissão de jogos com início marcado entre as 19h e as 20h30, o programa poderá ser retransmitido com início até as 23h do mesmo dia; e

(ii) para transmissão de jogos com início marcado para depois das 20h30, o programa poderá ser retransmitido com início até as 23h45 do mesmo dia.

A portaria permite, ainda, que a retransmissão da Voz do Brasil seja dispensada no caso de partidas com prorrogação, decisão por cobranças de pênaltis, ou no caso de força maior durante o jogo, que impeça seu término até o horário fixado para o início da transmissão do programa nos dias de jogos.

Importante destacar que, para fazer jus à flexibilização do horário diferenciado, as emissoras deverão realizar a transmissão integral das partidas e, no caso da Copa Libertadores, só será permitida a flexibilização ou dispensa excepcional quando os jogos forem disputados por pelo menos um time brasileiro.

Para o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, “ao acolher o pedido da ABERT, o Minicom possibilita a cobertura integral de eventos de interesse público e reconhece a relevância do rádio como importante veículo de informação, entretenimento e lazer, essencial para a sociedade, sobretudo neste momento de grave crise sanitária”.

“A autorização para flexibilização dos horários originalmente previstos para retransmissão do programa A Voz do Brasil visa a possibilitar que as emissoras de radiodifusão sonora possam transmitir eventos de relevante interesse nacional como, a exemplo da Portaria publicada, os jogos de futebol do Brasileirão e Libertadores, mas que continuem cumprindo, também, com o papel fundamental de retransmitir o programa oficial de informações dos Poderes da República para toda a população brasileira”, afirmou o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão.

Acesse a portaria AQUI

 

Narradores de futebol viram caçadores de curtidas

Por Rodney Brocanelli

Nos últimos tempos, muitas emissoras de rádio passaram a veicular suas jornadas esportivas em sites como o Facebook e o YouTube. Essa é uma forma de procurar atingir a um público maior, além dos já tradicionais aparelhos receptores. Essas transmissões são popularmente conhecidas como lives, na linguagem da Internet. Elas servem também para divulgar seus respectivos perfis ao público que as prestigiam. O grande problema acontece quando os narradores deixam de lado o jogo para ficar pedindo por likes.

Pois é, verdadeiras feras da narração de futebol simplesmente abandonam a partida de futebol que está acontecendo e ficam pedindo repetidas vezes para que espectadores e ouvintes curtam os perfis das emissoras nos já citados sites. A briga não é mais por audiência, mas por número de curtidas.

Aliás, fala-se em curtida ou mesmo em like. No entanto, essas expressões designam nada mais que uma assinatura do internauta. No YouTube, ainda tem um outro recurso que é chamado de “sininho”. Clicando nele, o assinante passa a receber notificações de transmissões em geral ao vivo.

Nada contra esse tipo de divulgação. Afinal, para usar um clichê surrado, propaganda é a alma do negócio. No entanto, trocar as emoções da bola rolando em uma partida de futebol  para chamar likes, curtidas ou algo nessa linha de forma exagerada acaba por gerar aborrecimentos a quem apenas quer se informar sobre o que acontece dentro e fora das quatro linhas.

Nomes e emissoras não serão citados aqui para não ferir suscetibilidades. O Radioamantes já flagrou essa prática em pelo menos duas grandes rádios de São Paulo e vinda de narradores com larga experiência no ofício.

105 FM volta com as jornadas esportivas nesta quarta com Corinthians e Palmeiras

Depois de mais de 100 dias de paralisação, o futebol paulista está de volta e nada melhor do que um dérbi para dar o pontapé nesta retomada do Paulistão. Nesta quarta-feira, 22, Corinthians x Palmeiras disputarão a penúltima rodada da fase de classificação. E a 105 FM coloca todas as sua feras em campo para trazer para você as emoções do clássico paulista. Lembrando que o jogo não terá torcida por causa dos protocolos de segurança do Governo do Estado para o combate a pandemia de Coronavírus. Ou seja, a emoção vai ficar por conta da melhor transmissão do rádio com a equipe que é número um em audiência no Estado.

E quem vai contar a história deste clássico que vai mexer com os nervos de corintianos e palmeirenses é o narrador Hugo Botelho, nos comentários Celso Cardoso e Leonardo Fontes vão trazer os detalhes sempre bem pontuados e inteligentes de quem conhece muito de futebol, os repórteres que vão ajudar a contar este momento histórico serão Edison Rufino e Lucas Basílio. A apresentação sempre bem humorada da jornada esportiva que começa às 20h30 ficará por conta de Maércio Ramos, o Morcegão.

Na quinta, também com o comando de Maercio Ramos, a transmissão começa um pouco mais cedo, às 20h, com o jogo entre São Paulo x Red Bull Bragantino, a narração será de Ricardo Melo, os comentários de Marcel Capretz e a reportagem fica a cargo de Márcio Torvano.

A equipe de esportes da 105 FM está adotando todos os protocolos de segurança que envolvem os profissionais na transmissão dos jogos. Todos profissionais estão cientes do uso o obrigatório de máscaras, álcool em gel e do distanciamento entre os envolvidos nas partidas. “Estamos tomando todos os cuidados possíveis com nossos profissionais para levar a melhor transmissão para nossos ouvintes e internautas”, diz o diretor da equipe Luis Marcelo Bigatto.

105 FM

Band News FM, do Rio de Janeiro, não terá mais transmissões de futebol

Por Rodney Brocanelli

A Band News FM, do Rio de Janeiro, não terá mais transmissões de futebol. A equipe era liderada pelo narrador Edilson Silva e estava transmitindo jogos pela emissora desde o ano passado. O anúncio foi feito por Tiê Silva, em seu perfil no Facebook (veja aqui). Além dele, outros nomes conhecidos do rádio carioca estavam nesse projeto, entre os quais destacamos Jota Santiago (ex-Tupi), Ronaldo Castro e Carla Matera.

Vale destacar o fato de que as rádios da filial carioca do Grupo Bandeirantes não conseguem estabelecer uma continuidade no que diz respeito à cobertura do futebol. Na metade da primeira década deste século, a Rádio Bandeirantes local chegou a ter uma equipe esportiva comandada pelo próprio Edilson Silva. Em 2012, José Carlos Araújo foi contratado para tocar a Bradesco Esportes (um pouco antes, o Garotinho chegou a transmitir partidas pela então Band News Fluminense, que operava em 94,1Mhz).  E, por último, este projeto recente de Silva.

Uma curiosidade que talvez poucos se lembrem é que a Rádio Bandeirantes, do Rio de Janeiro, que opera nos 1360Khz, em AM, é, por assim dizer, herdeira da antiga Rádio Guanabara, que teve bastante tradição nas transmissões de futebol nas décadas de 1950 e 1960.

Band News Novo

Futebol: coronavírus fará com que emissoras da Grande São Paulo recorram ao off tube

Por Rodney Brocanelli

A Federação Paulista de Futebol divulgou nota oficial à imprensa no começo da noite desta sexta (13) informando o protocolo a ser seguido nas partidas válidas pelo campeonato paulista que deverão ser disputadas com portões fechados. Após acordo com os clubes envolvidos e as entidades que representam cronistas esportivos e fotógrafos, ficou decidido que apenas as detentoras dos direitos de transmissão terão acesso aos estádios. Ou seja, apenas profissionais de Globo e Sportv/Premiere poderão trabalhar livremente nas praças esportivas. Por outro lado, quem trabalha em rádio ou web rádio terá de transmitir as partidas no conforto de seus estúdios, acompanhando as imagens da televisão.

As partidas São Paulo x Santos, Corinthians x Ituano e Portuguesa x Rio Claro serão disputadas com portões fechados como parte de medidas para evitar o avanço do Coronavírus, nome dado a uma família de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos. A epidemia mais recente começou na China, em dezembro de 2019, e se espalhou para diversas partes do planeta. A Itália é um dos países mais afetados da Europa e relatos de casos já começaram a surgir nos Estados Unidos. Casos de Coronavírus começaram a aparecer no Brasil. Eventos culturais e esportivos estão sendo cancelados pelo mundo. Só por aqui que se fala em manter o calendários de competições, sem a presença de público.

No entanto, a resolução da FPF gera algumas inquietações. Conforme o comunicado (veja aqui), a medida se restringe apenas aos jogos disputados na capital paulista. No interior, segue tudo normal no que diz respeito à presença de publico e dos profissionais de imprensa.

E quanto aos profissionais das emissoras que detém os diretos de transmissão? Enquanto seus colegas são poupados, eles estarão presentes nos estádios da capital para a cobertura dos jogos. Será que terão alguma proteção especial?

Sobre a não presença das rádios nos estádios, sabe-se que para algumas emissoras da Grande São Paulo nada deverá mudar de forma tão radical, uma vez que muitas delas não tem enviado equipes para as transmissões mesmo quando os jogos acontecem na região.

E se a intenção é evitar a aglomeração nos estádios, e o que dizer da aglomeração no estúdio? Para a transmissão de partidas off tube (termo “técnico” que designa transmissões feitas olhando um monitor de televisão), os profissionais são reunidos no mesmo local (muitas vezes pequeno e improvisado), quase que se acotovelando e não respeitando a distância recomendada pelos orgãos de saúde.

rádio esportivo

 

Diretor comercial da Guaíba comemora renovação de contrato dos anunciantes das transmissões esportivas

Por Rodney Brocanelli (com a colaboração de Edu Cesar, do Papo de Bola)

Luís Grisólio, diretor comercial da Rádio Guaíba comemorou a renovação do contrato comercial dos patrocinadores das transmissões esportivas. “A gente vê em outras emissoras, a gente vê na televisão os caras fazendo aquilo: ‘obrigado por terem renovado’. Nós também renovamos com todos nossos parceiros. Temos novidades para 2020. Um grande parceiro vai entrar conosco na jornada esportiva”.

Em seguida, informou que foi procurado por um colega de São Paulo para falar sobre o trabalho feito com um dos patrocinadores atuais, que é um instituto de cardiologia. “Ficou uma coisa muito bacana. Eles queiram saber mais detalhes. Por que o cardiologia entrou com a gente no futebol? Porque é exatamente isso: o cara trabalha 90 minutos com o coração e ele tem que estar com o coração em dia”. O narrador José Aldo Pinheiro completou: “de vez em quando morre um de ataque cardíaco por causa do futebol”.
Os agradecimentos de Grisólio aconteceram durante o serviço especial da Guaíba, que acompanhou a partida entre Liverpool x Flamengo válida pela final do Mundial de Clubes da Fifa. Além dele e do já citado José Aldo, participaram também dessa cobertura Daniel Oliveira, como convidado especial e o comentarista da casa Carlos Guimarães.

Luís Grisólio Guaíba

Presidente da Federação Paraibana de Futebol nega participar de articulação para cobrar das rádios

Por Rodney Brocanelli

Michele Ramalho, presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), encaminhou nota aos veículos locais rebatendo declarações do senador Jorge Kajuru (CIDADANIA-GO) em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan no domingo passado (clique aqui). Segundo Kajuru, a federação paraibana estaria ao lado de outras articulando junto à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a adoção da cobrança de direitos de transmissão das partidas de futebol por parte das emissoras de rádio.

Segundo a nota, Michele negou a articulação e ainda defendeu as emissoras de rádio: “Respeito a opinião de quem é favorável a esta cobrança, mas eu não sou. Quero que o futebol seja cada vez mais difundido e as emissoras radiofônicas são importantes neste cenário”.

Leia abaixo a íntegra da nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A presidente da Federação Paraibana de Futebol, Michelle Ramalho, vem a público esclarecer as recentes acusações do senador Jorge Kajuru, em relação a um suposto pedido por parte de federações estaduais para que a CBF passe a cobrar para que as emissoras de rádio transmitam os jogos. Em pronunciamento, o político usou o nome da Paraíba e disse que a FPF estaria junto a outras entidades, em Brasília, na tentativa de concretizar a obrigatoriedade da referida cobrança.

“As rádios são instrumentos importantíssimos na divulgação e promoção das competições estaduais e nacionais. Nunca estive em Brasília com qualquer outro presidente de Federação pleiteando algo desse tipo, pelo contrário, o rádio é um símbolo que está inteiramente ligado ao futebol. Quem nunca viu um torcedor com o seu aparelho na arquibancada, vibrando com o grito de gol? Respeito a opinião de quem é favorável a esta cobrança, mas eu não sou. Quero que o futebol seja cada vez mais difundido e as emissoras radiofônicas são importantes neste cenário. O futebol da Paraíba será ainda mais forte, se tivermos uma presença constante e plural da imprensa”.

Michelle Ramalho
Presidente da FPF-PB

Michele Ramalho

Futebol: para Nando Gross, direito de imagem é diferente de transmissão em áudio

Por Rodney Brocanelli

Neste domingo (13), Nando Gross, comentarista esportivo e gerente geral da Rádio Guaíba, se posicionou em relação a intenção da CBF de comercializar direitos de transmissão para as emissoras de rádio (entenda mais clicando aqui). Ele disse que a medida será uma tragédia para o mercado, desempregando muita gente. No entanto Gross considera que para haver alguma mudança é necessário passar por cima da lei atual (no caso a Lei Pelé, artigo 42, que apenas se refere ao direito de imagem – saiba mais clicando aqui). O profissional citou também que já existe uma jurisprudência em relação ao tema quando, em 2008, as emissoras de rádio de Curitiba tiveram ganho de causa na Justiça, contra a intenção do Athlético-PR (na época conhecido apenas como Atlético-PR) que desejava pagamento para a transmissão de seus jogos (clique aqui).

Outro ponto levantado por Nando é que existe uma diferença entre direito de imagem e transmissão em áudio. Segundo ele, o que o rádio apresenta é uma narração, ou seja a visão do locutor que está irradiando a partida. A televisão, por sua vez, ela compra os direitos de uma imagem que, para ele, já vem pronta. Se as emissoras quiserem, podem apenas exibir a imagem, com o som da torcida, sem qualquer tipo de narração. “O áudio é diferente. Tem alguém que está contado a história. Não nos dão pronto como dão para a televisão”, disse Nando.

“Fico muito triste quando vejo um representante gaúcho sendo protagonista deste projeto”, afirmou Nando, se referindo a Francisco Novelletto, atual vice-presidente da CBF, entusiasta dessa ideia, conforme declarações dadas ao site GaúchaZH na semana passada.

Ouça a manifestação de Nando Gross, no player abaixo.

Nando Gross

Cobrança de direitos poderá significar o fim do rádio esportivo como o conhecemos

Por Rodney Brocanelli

O jornalista Filipe Gamba publicou em seu blog no site GaúchaZH algo que poderá modificar substancialmente a cobertura da mídia esportiva em relação aos jogos de futebol: a cobrança de direitos de transmissão das emissoras de rádio (clique aqui para ler). E não apenas esse veículo. Segundo a nota, outros meios também poderiam pagar: web rádio, portais e blogs. Segundo Gamba, essa ideia já estaria em discussão e ganhou visibilidade com a recente entrevista de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians a jornalistas gaúchos, que questionou o número grande de veículos na cobertura de jogos de futebol.

O jornalista do GaúchaZH foi ouvir Francisco Novelletto, vice-presidente da CBF, que não apenas defendeu as mudanças a partir do ano que vem: “Eu estou falando pela minha cabeça e por mim: no ano que vem, só vai transmitir quem pagar, e está absolutamente certo. Tem que ser como na Copa do Mundo. Eu estou acelerando para que isso seja implementado já no ano que vem e posso dizer que o movimento se acelerou após a entrevista do Andrés. Ele que está puxando, mas já existem outros presidentes que são favoráveis”, afirmou.

Novelletto disse ainda que as federações estaduais poderão adotar a medida, com cada uma definindo seus critérios.

A opinião a respeito desse tema é apenas a repetição de várias outras que já foram explanadas aqui e em outros espaços. No que diz respeito ao rádio, não deverá ser cobrado um valor que seja compatível com a realidade atual do mercado. Vale destacar a iniciativa do Athletico-PR (que na época ainda se chamava Atlético) em 2008 (veja mais aqui).

Monopólio e desemprego

Além do mais, corre-se o risco de existir novamente um monopólio dos direitos, como já se observa na televisão. Um grande grupo poderá adquirir esses direitos de forma exclusiva e exercer a possibilidade de sublicenciamento apenas com veículos parceiros. Emissoras de rádio de pequeno e médio porte, além de grupos independentes (vamos colocar assim) correm o risco de ficar de fora.

Havendo esse monopólio ou falta de condições financeiras para o pagamento, emissoras com muitos anos ativas na cobertura esportiva deverão abrir mão dessa tradição. Resultado: (muito mais) profissionais desempregados. Quem fala em “farra do rádio” deveria pensar nessa possibilidade.

Gestão profissional

Ao GaúchaZH, Francisco Novelletto justificou sua decisão dizendo que os clubes precisam de dinheiro. É verdade. Porém, o que eles precisam também é de uma gestão profissional do dinheiro que já entra no cofre dos clubes, seja com bilheteria, direitos de televisão, contratos de patrocínio. São frequentes as noticias de salário jogadores encostados por não darem certo no elenco e com seus vencimentos sendo depositados religiosamente e de multas altíssimas pagas a técnicos demitidos. Aliás, existe um caso histórico de um determinado clube de futebol que teve de parcelar o valor de multas a três técnicos de forma simultânea. Gasta-se a torto e a direito e a culpa é das rádios, que não tem nada a ver com essa má gestão. Algumas delas, mais independentes, até colocam o dedo nessa ferida, para insatisfação de alguns cartolas.

Divididas e conquistadas

Quem poderia combater essa media ou pelo menos procurar debatê-la de forma institucional. Quando essa mesma ideia começou a ser ventilada em 2016, sugeriu-se que as associações de cronistas esportivos pudessem estar à frente dessa negociação (saiba mais aqui). Já escrevi na época e repito aqui: não existe uma associação única. Devido a divergências de toda espécie, no âmbito nacional temos a Abrace e a Aceb. Uma é dissidência da outra. Em São Paulo, aconteceu a mesma coisa. Existe a tradicional Aceesp e a recém-criada Aceisp. Isso enfraqueceu e muito a classe, fazendo com que CBF e clubes pudessem tomar decisões unilaterais, como a que proibiu a entrevistas de jogadores aos repórteres de rádio nos intervalos das partidas.

The end

A ideia não é nova. Volta e meia, ela surge e desaparece no âmbito doméstico. No entanto, parece que desta vez a vontade do dirigentes é para valer. Se ela for adiante, somada a iniciativa da Conmebol para vender direitos da Libertadores às rádios (veja aqui), isso tudo significaria o fim do rádio esportivo como o conhecemos atualmente.

futebol

 

Ouça o Radioamantes no Ar

Nesta semana, o Radioamantes no Ar registrou a morte de Marcelo Zamarian, radialista com passagens pela Jovem Pan e Globo FM, em São Paulo. Outro assuntos: a audiência das transmissões de futebol aos finais de semana, a audiência do AM na grande São Paulo e dos indicados para prêmio de rádio do prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). O Radioamantes no Ar é veiculado todas as sextas, sempre a partir das 09h pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin e Rogério Alcântara.

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