Morre Barcímio Sicupira

Por Rodney Brocanelli

Morreu na tarde deste domingo (07) o ex-jogador e comentarista esportivo Barcímio Sicupira. Ele morreu em casa, dormindo e até a publicação deste post a causa oficial ainda não havia sido divulgada. Sabe-se que ele vinha enfrentando problemas de saúde relacionados ao pulmão e passou por um procedimento cirurgico no mês passado. O velório acontece na Arena da Baixada, estádio do Athletico-PR e seu corpo será cremado nesta segunda (08). Ele tinha 77 anos.

Como atleta, ele começou sua carreira no Ferroviário, de Curitiba. Passou por outros clubes como o Botafogo, Botafogo-RP. Entretanto, foi no Atlético-PR (hoje Athletico) que ganhou status de ídolo. Atacante de ofício, fez muitos gols importantes pelo clube. Em 1972, veio para uma passagem rápida pelo Corinthians, atuando ao lado de Rivelino. Voltou ao Atlético e nele ficou até 1975.

Formado em Educação Física, abraçou a carreira de professor, assim que deixou o futebol. No entanto, em 1976, Sicupira teve uma virada em sua vida profissional, quando passou a atuar como comentarista de futebol em diversos veículos de Curitiba. Em televisão, trabalhou na CNT. Já no rádio, empunhou por muitos anos o microfone da Rádio Banda B. Desde 1999, pela emissora, ele esteve na cobertura de quatro copas do mundo e participou de diversas transmissões internacionais.

A informação sobre a morte de Sicupira foi divulgada pela Banda B em meio a transmissão da partida Red Bull Bragantino x Athletico-PR, válida pelo campeonato brasileiro de futebol. Greyson Assunção assumiu o microfone aos 41 minutos da primeira etapa para dar a triste notícia. O narrador Elíso Júnior seguiu a narração até o intervalo. Em seguinda, a cobertura foi substituída por uma grande homenagem ao seu comentarista. Veja abaixo.

Veja abaixo um gol de Sicupura pelo Corinthians em uma partida contra o Ceará, válida pelo campeonato brasileiro de 1972.

Zagueiro do Grêmio é pivô de bate-boca entre radialistas no Twitter

Por Rodney Brocanelli

O zagueiro Kadu, reforço do Grêmio para 2016 contratado junto ao Atlético-PR virou o pivô de um bate-boca entre respeitados radialistas no Twitter. Para entender a história, temos que voltar aos primeiros dias de janeiro. Barcímio Sicupira, comentarista da Rádio Banda B, de Curitiba, foi convidado pela Rádio Guaíba, de Porto Alegre para dar uma entrevista sobre o jogador, até para que a torcida tricolor pudesse ter algum tipo de referência. Durante o papo Sicupira foi perguntado qual seria o ponto forte do atleta. Sua resposta:”Você está me perguntando um forte dele. Mas não tem”.

Nando Gross, comentarista e gerente geral da emissora, no mesmo dia, mostrou sua contrariedade com opinião de Sicupira, conforme print abaixo.

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A partir daí, começou uma troca de mensagens pouco amistosa entre Nando e Greyson Assunção, coordenador de esportes da Banda B. Abaixo um print, com um exemplo.

 

Greyson

O próprio Sicupira fez um post a respeito do caso em sua página no Facebook, e Nando fez sua réplica. Veja abaixo.

sicupira

nando2

O caso parecia ter caído no esquecimento. Entretanto, as atuações do próprio jogador Kadu voltaram a colocar lenha na fogueira. No dia 25 de janeiro, ele foi o autor de um gol contra no amistoso do Grêmio contra o Danúbio, que terminou empatado pelo placar de 1 a 1. Veja no link abaixo reportagem a respeito:

http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/gremio/noticia/2016/01/autor-do-gol-contra-kadu-assume-erro-nao-deu-para-fazer-o-movimento.html

Para piorar a situação, na última sexta, Kadu foi considerado pela imprensa o pior do Grêmio na derrota na partida contra o São José, válida pelo Gauchão 2016. Saiba mais no link abaixo.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2016/02/cotacao-zh-kadu-e-o-pior-do-gremio-na-derrota-para-o-sao-jose-4974400.html

A atuação do jogador foi a deixa para que a discussão recomeçasse, conforme print anexo. Greyson Assunção e Felipe Dalke, também da Banda B, saíram em defesa do companheiro Sicupira.

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Parte da troca de mensagens entre Nando, Greyson e Felipe pode ser vista abaixo.

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A tensão arrefeceu, até talvez a próxima má atuação de Kadu. O Radioamantes sugere que todos os envolvidos deixem as discordâncias de lado e quem sabe usem o próprio futebol para uma confraternização, com a realização de um amistoso entre os integrantes dos departamentos esportivos das duas emissoras. Não sendo possível isso, que Guaíba e Banda B entrem em cadeia numa próxima transmissão, mas com Nando Gross e Sicupira de comentaristas.

Para coordenador, custo e apresentação de programas impedem que narradores façam viagens de longa duração

Por Rodney Brocanelli

Nesta terça-feira, o Radioamantes lançou algumas perguntas sobre o rádio esportivo. Veja no post abaixo.

https://radioamantes.wordpress.com/2015/06/16/radio-esportivo-perguntas-que-necessitam-de-respostas/

Em resumo, são questionamentos referentes ao fato das emissoras não mandarem equipes completas para transmissões de partidas no exterior ou até mesmo em outros estados.

Greyson Assunção, coordenador de esportes da Rádio Banda B, de Curitiba, atendeu ao pedido do blog e encaminhou algumas respostas para auxilar nesse debate. Leia abaixo.

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P – Os profissionais de rádio, pelo menos os mais consagrados, desistiram de encarar viagens e ficar fora de casa por 15 dias ou mais?

Greyson Assunção – Não vejo isso como um problema. Acho que o rádio esportivo sofre uma grande reformulação. Além dos consagrados temos vários jovens pedindo passagem.

P – As emissoras de rádio não mandam mais seus profissionais para esse tipo de cobertura com o objetivo de aumentar o lucro vindo das cotas de patrocínio vendidas? A verba dos anunciantes não permite mais o envio de três a quatro profissionais para essas viagens de longa duração?

Greyson Assunção – São algumas questões que fazem os narradores não viajar mais. Primeiro, é questão de custo, depois outros fatores. Por exemplo, em uma viagem é possível ter vários problemas de comunicação. Isso poderia prejudicar a transmissão. Dentro da rádio você tem toda uma estrutra para fazer a transmissão. Agora o repórter eu acho que sempre tem que viajar para fazer o trabalho de entrevista antes, intervalo e após as partidas. Aqui na Banda B nunca deixamos de mandar o repórter para acompanhar os três times de Curitiba. O custo para você manter uma equipe igual à que temos aqui com 18 profissionais não é baixo, pelo contrário é muito alto. Aqui todos são funcionários registrado em carteira. Ninguém precisa vender cota. Em grandes jogos ai sim o narrador também está presente. Outra questão também são que os narradores também são apresentadores e isso poderia prejudicar as escalas.

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O Radioamantes e o Radioamantes no Ar continuam com seus espaços abertos para que outros profissionais do meio possam falar sobre esse tema palpitante

rádio esportivo