Por Rodney Brocanelli
Pedro Luiz Ronco, astro da Band FM onde comanda A Hora do Ronco, concedeu uma entrevista ao programa Do Bom e do Melhor, da Rádio Bandeirantes neste sábado (07). Um dos ganchos para o bate papo foi a comemoração de 85 anos da emissora de rádio e, por consequência, do grupo de comunicação que foi erguido em torno dela. Ronco contou histórias divertidas e ainda falou sobre um problema de saúde que vem enfrentando nos últimos anos.
Logo no começo, uma constatação histórica. Ronco entrou começou a trabalhar em maio de 1973, como estagiário da rádio, aos 22 anos. Em setembro, ele foi finalmente contratado. Portanto, são 49 anos ininterruptos. Com as aposentadorias de Salomão Ésper, a aposentadoria de Gilberto Fernandes, responsável pela discoteca, e da perda de José Paulo de Andrade, Pedro Luiz Ronco é hoje o funcionário mais antigo do Grupo Bandeirantes, abaixo, é claro, de Johnny Saad, o atual presdiente do grupo. “Esta é a minha casa”, disse Ronco.
Ainda na conversa, Ronco disse que não consegue ler textos e só enxerga vultos devido a uma doença ocular chamado Degeneração da Mácula (saiba mais sobre ela aqui).
A relação de Ronco com a Bandeirantes começa bem antes de sua chegada ao rádio. Sua família era vizinha da família Saad e de Adhemar de Barros, que já foi um um dos nomes mais conhecidos e controvertidos da política nacional. O pai, Vicente Ronco, fazia pequenos trabalhos para as duas famílias e com isso nasceu uma convivência entre todos eles. O apresentador frequentava a piscina da casa de Adhemar com os irmãos Johnny e Ricardo Saad.
No dia do velório do pai, João Saad conversou brevemente com Pedro e lhe deu uma dica que seria fundamental para sua vida: a de que fizesse uma faculdade de jornalismo. Vale o clichê: mundo perdeu um neurocirurgião, mas o rádio ganhou um de seus nomes mais expressivos. Assim que iniciou o curso, ele foi procurar o fundador do Grupo Bandeirantes e logo conseguiu um emprego.
Na redação, começou como rádio-escuta, aprendeu o ofício de redator e foi promovido a editor. Quando José Paulo de Andrade assumiu a direção de jornalismo da Bandeirantes decidiu colocar Ronco na rua…mas como repórter. Aliás, a convivência fez com que ambos batizassem suas respectivas pontes de safena um com o nome do outro.
Na entrevista, Ronco contou histórias divertidas de bastidores, entre elas a de quando tentou dar um golpe na cobertura da visita do Papa João Paulo II ao Brasil. Logo na última escala, ele, ainda repórter, decidiu fazer a transmissão ao vivo do hotel, assistindo a tudo pela tevê, em vez de estar presente na sala de imprensa do aeroporto. O que ele não contava era com uma queda de energia.
Em 1987, Ronco começou a fazer boletins de trânsito para a Band FM no período da manhã. Pouco tempo depois, com a chegada de João Carlos Ribeiro, o Patrulheiro Joca, seu espaço foi aumentando. Por muito tempo, conseguiu conciliar o trabalho tanto no AM como no FM. No entanto, em 1991, decidiu ficar só com A Hora do Ronco, grande sucesso das manhãs do rádio brasileiro.
Ouça mais detalhes dessas e de outras histórias no player abaixo.
