Além do xingamento, insubordinação causou saída de Kenny Braga da Gaúcha

Por Rodney Brocanelli

10 anos depois a rumorosa demissão de Kenny Braga da Rádio Gaúcha ganha um novo componente. Sua saída não foi apenas o resultado de um xingamento proferido no ar. Houve também um ato de indisciplina.

Para quem não lembra, em 10 de novembro de 2014, Kenny teve um desentendimento com Paulo Sant’Ana durante o Sala de Redação que fugiu ao controle. Kenny estava com a palavra e foi interrompido pelo colega, que protestou:

-Eu não fui agressivo, vai gritar com a tua mãe.

A resposta de Kenny veio como puro reflexo:

-A tua mãe, filho da puta.

Na ocasião, um comunicado divulgado pelo Grupo RBS informou que o comentaria fora demitido pelo uso de uma expressão de baixo calão, enquanto que Sant’Ana acabaria suspenso por tempo indeterminado.

No entanto, em uma entrevista ao programa Bola nas Costas, da Atlântica, Adroaldo Guerra Filho, o Guerrinha, contou alguns bastidores importantes deste episódio.

“O Sant’Ana que sabia como a casa trabalhava, como é que as coisas andavam aqui, o que que ele fez? Pegou a bolsinha dele, ficou esperando o Cyro chegar (Cyro Silveira Martins Filho, então gerente da Rádio Gaúcha), o Cyro chegou e disse ‘vocês dois estão suspensos até sexta’. O Sant’Ana que que fez? Foi embora. E o Kenny ficou. Sem dar uma palavra”, afirmou Guerrinha.

Ainda conforme seu relato, “quando deu o intervalo, o Cyro entrou e disse ‘você está suspenso também’. E ele disse: ‘e quem é tu para me suspender?'” Ou seja, uma insubordinação.

Guerrinha conta que ele, Wianey Carlet e Lauro Quadros foram procurar Nelson Sirotsky, presidente do Grupo RBS a fim de interceder pelo colega. Entretanto, não houve sucesso. “Me peçam tudo, mas não me peçam isso. Não pode desacatar o gestor”, disse Nelson.

Rodrigo Adams, integrante da mesa do Bola nas Costas, concluiu: “então na real nem é o que foi dito no ar, é o que foi dito fora do ar”. Guerrinha concordou: “exatamente”. Veja abaixo.

Há pouco mais de duas semana, Kenny Braga participou do De Carona com o Gamba, no canal do jornalista Filipe Gamba do YouTube. Apesar de fazer uma certa confusão com os fatos, disse não se arrepender do episódio. Kenny é órfão de mãe desde os quaro anos de idade. Veja abaixo.

Ainda nessa mesma entrevista concedida ao Canal do Gamba, Kenny também falou de sua saída da Rádio Grenal. Segundo o jornalista, ela se deu depois que levantou da mesa para ir atrás de Pato Moure, que tinha ido ao estúdio para participar do programa Dupla em Debate com uma luva de boxe e disse “mas esse chapéu vai voar”. Diz Kenny: “fui em direção a ele, ameacei dar um soco, mas eu não dei”. Essa foi a gota d’água para a direção da emissora. O ambiente entre Pato e Kenny nunca foi dos melhores no programa.

Ruy Carlos Ostermann ganha biografia fluida e agradável

Por Rodney Brocanelli

O mês de outubro marcou o lançamento de um dos projetos mais aguardados por amantes do rádio, do futebol e das duas coisas juntas: a biografia do jornalista Ruy Carlos Ostermann, intitulada “Um Encontro com o Professor”, escrita pelo também jornalista Carlos Guimarães. Um evento acontecido no último dia 23 no Book Hall, do Shopping Bourbon em Porto Alegre reuniu biografado, autor, fãs e amigos ilustres.

Ruy é um dos nomes mais notáveis do jornalismo esportivo no Rio Grande do Sul. Começou sua carreira no impresso passou a escrever na Folha da Tarde, de Porto Alegre. Logo, ingressou na Rádio Guaíba, que era do mesmo grupo, o Caldas Júnior. Também dedicou parte de sua carreira ao Grupo RBS, trabalhando na Rádio Gaúcha e na Zero Hora, até se aposentar. Ele foi um dos poucos a ultrapassar fronteiras e se tornar conhecido no eixo Rio-São Paulo, com participações em programas como Cartão Verde, Bem Amigos.

Outra característica importante é que em um determinado momento, Ruy conseguiu conciliar a sua atividade no jornalismo com os estudos em nível superior. Em 1960, ele ingressa na faculdade de Filosofia da UFRGS. Com isso, ele se credencia a ser professor (daí o fato de que posteriormente ele é chamado de Professor Ruy).

Uma vez formado, ele não guardou o diploma. Deu aulas de Filosofia para alunos do que se convencionou chamar hoje de Ensino Médio. Mais adiante, foi secretário da educação no Rio Grande do Sul, durante a administração do governador Pedro Simon.

Com um currículo desses, Ruy foge do estereótipo que por muitos anos foi dado ao jornalista esportivo: o de uma pessoa alienada do que acontece à sua volta.

O livro é baseado em entrevistas, nas anotações do próprio personagem principal, que por muito tempo alimentou diários, com suas impressões, e nas colunas publicadas nos principais jornais de Porto Alegre ao longo de sua história.

Além da vida de Ruy, está no livro não apenas como pano de fundo, mas devidamente contextualizadas, a rivalidade entre os grupos Caldas Júnior (Guaíba, Folha da Tarde e Correio do Povo) e RBS (Gaúcha e Zero Hora).

A outra rivalidade sulista, muito mais conhecida do grande público, que envolve Grêmio e Internacional, também está bem detalhada. O livro não se propõe a revelar abertamente para qual time seu personagem principal torcia, mas deixa pistas que podem levar a uma conclusão (dica: sigam Paulo Sant’ana).

“Um Encontro com o Professor” também faz uso das famosas planilhas usadas por Ruy para comentar os jogos pelas emissoras de rádio. A estrutura é bastante simples: numa folha de papel, ele anovava os nomes dos jogadores titulares de cada time e, com sinais gráficos, tabulava dados importantes como chances de gols, entre outras informações relevantes, que serviam de base para as suas intervenções.

A estrutura narrativa do livro toma por base as Copas que Ruy cobriu desde 1966. A primeira, sediada na Inglaterra, tem um charme a mais na narrativa, até porque foi sua estreia em coberturas de fôlego deste tipo. Os mundiais de seleções servem também para esmiuçar relações com a família (spoiler: em 1990, ele recebe uma notícia triste; o encarregado de transmiti-la foi o amigo Luis Fernando Veríssimo).

O autor de “Um Encontro com o Professor” é Carlos Guimarães, personagem frequente deste Radioamantes. Com passagens por Guaíba e Gaúcha, hoje ele é coordenador de esportes na Bandeirantes. Outra de suas credenciais é sua movimentação pelo meio acadêmico. O que poderia ser um empecilho (um texto acadêmico demais), não se confirma e o texto é bastante fluido e agradável.

Guima, como é conhecido, não optou apenas por descrever os fatos, mas em muitos momentos participa da narrativa, seja dentro do texto ou por meio de notas de rodapé. Trata-se de um recurso, não um exibicionismo. Quem brilha mesmo é o personagem principal.

Embora, a obra passe muito longe de polêmicas (e elas existem), outra de suas virtudes é a honestidade (embora seja uma palavra desgastada pelo tempo). Os problemas de saúde enfrentados por Ruy especialmente na cobertura da Copa do Mundo de 2010, a última que ele participou de forma mais ativa, aos 71 anos, não foram deixados de lado ou abrandados. Sua intolerância à lactose provocou reações bastante danosas durante o transcurso daquele mundial, inclusive em termos de imagem.

Claro que o livro tem muito mais além do que foi descrito aqui. A infância de Ruy é devidamente esmiuçada e não deixa de ser uma surpresa que o aluno foi muito diferente do professor. Há espaço para também um amor (sim) não correspondido. Uma vida rica, produtiva e que deixa um enorme legado. E ao final da leitura não é possível deixar de concordar com o desfecho. A vida não é uma merda.

Morre Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, ex-integrante do Sala de Redação

Por Rodney Brocanelli

Morreu neste sábado (25) Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo. Ele teve atuação como cartola do Grêmio, participando de diversas conquistas do clube de futebol nos anos 1990. Quando não estava atuando como dirigente, Cacalo trabalhou nas rádios Sucesso e Gaúcha, nesta última atuando por 17 anos como integrante do Sala de Redação, sendo um dos representantes gremistas. Também teve atuação na mídia impressa, como colunista do Diário Gaúcho.

Cacalo estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Sua morte se deu em decorrência de uma septicemia secundária a uma infecção respiratória. Tinha 73 anos. O velório é realizado neste domingo (25) no saguão do portão A da Arena do Grêmio, até as 15h.

Leia abaixo a nota de pesar divulgada pelo Grupo RBS.

“O Grupo RBS lamenta a perda de Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, importante figura da crônica esportiva com mais de 20 anos de destacada atuação na empresa. Ex-dirigente do Grêmio, ele se consagrou comunicador atuando por 17 anos como a voz gremista do Sala de Redação, além de assinar a coluna Paixão Tricolor no Diário Gaúcho desde 2000, ano de lançamento do jornal.

A entrada no mais tradicional programa esportivo da Rádio Gaúcha se deu em 2001, a convite de Armindo Antonio Ranzolin, e lá se celebrizou como um grande defensor do Grêmio, contribuindo para o debate a partir da experiência e do repertório adquiridos nos anos em que esteve no clube. 

Também atuou como comentarista no programa Lance Final, na RBS TV.

Deixa como legado o amor pelo Grêmio, a grande conexão com o torcedor gremista e uma atuação contundente e apaixonada ao microfone e nas páginas do Diário Gaúcho.”

Pode parecer exagero, mas Cacalo evitou uma tragédia nos estúdios da Rádio Gaúcha. Sua intervenção foi decisiva para que Paulo Sant’ana não acertasse uma bengalada em David Coimbra em pleno Sala de Redação. Veja seu depoimento, dado ao canal de Duda Garbi, abaixo.

Kenny Braga deixa a Rádio Grenal

Por Rodney Brocanelli

Kenny Braga está fora do ar. Sem muito alarde, ele deixou a equipe de profissionais da Rádio Grenal, onde participava diariamente do programa Dupla em Debate. O jornalista estava na emissora desde abril de 2017, pouco mais de três anos após ser demitido da Rádio Gaúcha após um desentendimento com Paulo Sant’Ana no programa Sala de Redação que terminou em xingamento (relembre clicando aqui).

Tal episódio ganhou repercussão nacional, em que se pese o fato de que seus protagonistas serem: 1) ligados aos seus clubes de coração a ponto de virarem símbolos (Kenny é Internacional e o falecido Sant’ana torcia pelo Grêmio) 2) serem personalidades ligadas ao rádio.

Ao Coletiva.net, Kenny disse que saiu da Grenal por vontade própria, para “tratar de assuntos pessoais”, sem desentendimentos com a alta cúpula. Uma de suas novas ocupações a partir de agora é editar um livro de poesias.

Apesar desse encerramento de vínculo aparentemente tranquilo, a passagem de Kenny pela Grenal teve momentos delicados no ar. Em 2020, quase que a turma do deixa-disso teve de intervir durante um desacerto com Haroldo de Souza.

Outro colega com quem sempre Kenny tem desavenças é Pato Moure. Isso chamou a atenção de Duda Garbi, que o interrogou sobre isso em seu “Um Assado Para…”

Veja abaixo um exemplo

Crédito: Torcedores/Um assado para

Radioamantes no Ar fala de Wianey Carlet, Luiz de França e Archimedes Messina

Nessa semana, o Radioamantes no Ar falou do episódio que decretou a saída de Wianey Carlet do Grupo RBS. Durante o Supersábado, ele fez um comentário indiscreto sobre Paulo Sant’ana, ex-companheiro de Sala de Redação, da Rádio Gaúcha. Outros assuntos: a audiência do FM em São José dos Campos, a morte de Luiz de França e da morte de Archimedes Messina, grande criador de jingles marcantes de rádio e tv. O Radioamantes no Ar é apresentado todas as sextas, sempre a partir das 09h, pela web rádio Showtime (http//showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin e Flavio Ashcar.

 

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Após indiscrição, Wianey Carlet deixa o Grupo RBS

Por Rodney Brocanelli

O Grupo RBS divulgou um comunicado na tarde desta segunda feira informando que o comentarista e apresentador Wianey Carlet está deixando a empresa. Segue a íntegra:

Por não estar mais alinhado ao posicionamento adotado pelos veículos da RBS, o comunicador Wianey Carlet está deixando a empresa.

A partir desta terça-feira (1º), Pedro Ernesto Denardin passará a assinar coluna diária em Zero Hora. Já o programa Supersábado será apresentado pelos jornalistas Andressa Xavier e Fernando Zanuzo. O elenco do Sala de Redação não terá alterações.

O link está aqui http://www.gruporbs.com.br/noticias/2017/07/31/comunicado-7/

A saída de Carlet aconteceu após um comentário indiscreto feito por ele durante o programa Supersábado, veículado pela Rádio Gaúcha. Ao falar de Paulo Sant’ana, o comentarista disse que não sentiu a morte do companheiro de Sala de Redação, célebre programa de debates da mesma emissora. “Eu achava ele muito filho da puta”, acrescentou. O problema é que a atração ainda estava no ar. Não se sabe o que causou essa confusão durante o andamento do programa. Logo depois do constrangimento ocasionado pela declaração, o Supersábado foi para o intervalo. Na volta, Carlet ainda tentou consertar dizendo que quando ele quis dizer “filho da puta” é porque Sant’ana pegava muito no pé dos outros integrantes do Sala de Redação. A desculpa, pelo jeito, não colou. Ouça abaixo o trecho que originou a saída de Wianey do Grupo RBS.

ATUALIZAÇÃO (31/07 – 20:45) – Um dado curioso levantado pelo Edu Cesar, do site Papo de Bola: Wianey Carlet estava afastado das transmissões esportivas desde março de 2017. Nem sequer as de Seleção Brasileira ou os eventuais com clubes de outros estados (muito menos o único Grenal desse ano foi com ele e sim com o Adroaldo Guerra Filho, que virou o novo comentarista titular). A última partida em que Carlet atuou como comentarista foi Internacional 1 x 0 São Paulo-RS, em 18/03/2017 Ouça o registro no player abaixo.

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Foto: Divulgação

Ouça mais uma edição do Radioamantes no Ar

Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre Paulo Sant’Ana, cronista de Zero Hora e integrante do Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, que morreu na última quarta feira. Outros assuntos: o interesse de Ratinho em colocar a Massa FM no dial da Grande São Paulo, e a volta de Angelo Ananias ao rádio, desta vez na Piratininga AM, em São José dos Campos. O Radioamantes no Ar é veiculado todas as sextas, sempre a partir das 09h pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin e Flavio Aschar.

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Veículos do Grupo RBS realizam ampla cobertura sobre o adeus a Paulo Sant’Ana

Para honrar a trajetória de mais de 40 anos no Grupo RBS e prestar homenagens ao jornalista Paulo Sant’Ana, que morreu na quarta-feira (19), em Porto Alegre, todos os veículos da RBS produziram conteúdos especiais lembrando momentos marcantes e destacando o legado deixado pelo cronista.

Nesta sexta-feira (21), Zero Hora entrega aos leitores uma edição histórica, que busca proporcionar a lembrança de um hábito que Paulo Sant’Ana ajudou a criar nos gaúchos desde que começou a escrever sua coluna em ZH, na penúltima página do jornal, em 1989: a edição foi toda produzida de trás para frente. Um vídeo no site de Zero Hora mostra aos leitores a razão de iniciativa – fazer com que os leitores cheguem mais rapidamente à coluna de Sant’Ana. Na experiência, a leitura segue com a página das cruzadas, do horóscopo, da previsão do tempo, Almanaque Gaúcho (especial sobre Sant’Ana), cobertura esportiva, até que o leitor chega ao Informe Especial e, por fim, à capa, que leva a manchete do jornal.

Em 16 páginas, o jornal traz toda a cobertura da despedida do jornalista, com as personalidades que passaram pelo velório, o enterro e as repercussões entre familiares, amigos, leitores e profissionais de comunicação.

Na Superedição deste sábado (22), ZH publicará um caderno especial com 24 páginas que trarão reportagens sobre Sant’Ana e suas letras, seus livros, além de uma coletânea de crônicas escritas pelo jornalista – a última delas, intitulada Morri ou Não Morri. O conteúdo também estará disponível em e-paper digital, com 15 crônicas adicionais, e histórias de pessoas que tiveram a vida modificada após serem citadas por Sant’Ana em suas colunas.

Desde a confirmação da morte de Sant’Ana, por volta das 23h30 de quarta-feira (19), iniciou-se a mobilização dos veículos da RBS para resgatar detalhes da carreira do jornalista que marcou a história da comunicação no Rio Grande do Sul. A Gaúcha fez o registro da perda de Sant’Ana e deu início a uma jornada que se estendeu ao longo de toda a quinta-feira.

Com um Redação RS Especial, a RBS TV começou a cobertura da despedida de Paulo Sant’Ana no início da madrugada. A emissora dedicou grande parte da programação de seus telejornais aos detalhes da trajetória do jornalista, entradas ao vivo direto do velório na Arena do Grêmio, participação de telespectadores de 11 cidades da emissora, além de personalidades comentando a importância do comunicador na imprensa gaúcha.

No Globo Esporte, Duda Garbi, o intérprete de Santaninha – personagem que imita a fala e os trejeitos de Paulo Sant’Ana – fez um comentário sobre a vitória do Grêmio sobre o Vitória, na Bahia, horas antes da morte do comunicador. Além de homenagens, participações do presidente e técnico do Grêmio, e outros conteúdos especiais.

As edições impressas de quinta-feira (20) de Zero Hora e do Diário Gaúcho contemplaram os principais momentos da vida de Sant’Ana. No site de ZH, os leitores encontraram vídeos com imagens marcantes da carreira, depoimentos de amigos e parceiros de trabalho e imagens dos fãs relatando experiências com o cronista.

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Morre Paulo Sant’Ana

Por Rodney Brocanelli

Morreu na noite desta quarta-feira, aos 78 anos  Paulo Sant’Ana, um dos jornalistas e radialistas mais populares da cidade de Porto Alegre. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória. Ele estava afastado de suas atividades no Grupo RBS havia pouco mais de dois anos devido a uma doença chamada demência vascular. Desde o diagnóstico, ele esteve sob cuidados médicos em sua residência.

Paulo Sant’Ana foi um dos pilares do sucesso do programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha. A atração criada por Cândido Norberto em 1971 tinha como base entrevistas com redatores e editores do jornal Zero Hora que falavam sobre o noticiário geral do dia. Sant’Ana já era conhecido por ser torcedor do Grêmio e por vezes era convidado a falar do seu time no programa. Suas intervenções causaram grande repercussão. A RBS resolveu dar a ele um contrato para ser debatedor fixo da atração. De quebra, ganhou uma coluna no Zero Hora. Para o Sala de Redação não pender tanto para o lado do Grêmio, a direção resolveu também instituir um comentarista que falasse de seu principal rival, o Internacional. A partir de então, o Sala passou a ser um programa eminentemente sobre futebol.

Em Zero Hora, Sant’Ana escrevia apenas sobre futebol ou sobre o Grêmio. Com o tempo, passou a ser um cronista do cotidiano, ou generalista, como os gaúchos definiam. Nos últimos tempos, tinha um blog pendurado no site do jornal.

O velório de Paulo Sant’Ana será realizado na Arena do Grêmio, logo mais, a partir das 8h30. Depois, enterro às 17h no Cemitério João XXIII, o mesmo onde está sepultado o Everaldo, campeão mundial pela Seleção em 70 e que simboliza a estrela no distintivo do Grêmio.

Paulo Santana

Zero Hora homenageia os 45 anos das colunas de Paulo Sant’Ana

Um conteúdo especial no site de Zero Hora vai marcar os 45 anos de colunas de Paulo Sant’Ana no jornal. A data de publicação da primeira coluna de Sant’Ana no jornal é 17 de novembro de 1971. A partir desta quinta-feira (17), ZH presenteará o leitor com os melhores textos, um webdocumentário e uma linha do tempo sobre a carreira do colunista.

O webdocumentário reunirá histórias curiosas sobre o homenageado na voz de amigos e colegas. A carreira do colunista, que se encontra em tratamento de saúde, também será contada em formato de linha do tempo, com artigos, fotos e vídeos do comunicador. Na página digital de Opinião, uma vez por semana, será publicada uma coluna de Sant’Ana, para que o leitor possa relembrar os principais textos produzidos ao longo dessas quatro décadas e meia. Nas primeiras semanas, serão divulgados vídeos com colunistas de ZH lendo trechos de cada texto.

Paulo Sant’Ana é formado em Direito e trabalhou como inspetor e delegado de Polícia entre 1973 e 1988. A convite dos jornalistas Cândido Norberto e Lauro Schirmer, começou a participar do programa Sala de Redação, na Rádio Gaúcha, em 1971. No mesmo ano, passou a escrever crônicas diárias na editoria de Esportes de ZH. Na segunda metade da década de 80, começou a escrever sobre outros temas, além do futebol, e a sua coluna passou a ser publicada na penúltima página de Zero Hora, o que a tornou o início do jornal para muitos leitores.

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As dez melhores gafes do rádio esportivo em 2014

Por Rodney Brocanelli

Chegou a hora. O blog Radioamantes vai divulgar as melhores gafes do rádio esportivo em 2014. A seleção vem sendo complilada desde 2009 e neste blog, ela chega ao seu quarto ano consecutivo. Nunca é demais repeitr: aqui, o conceito de gafe é bem amplo, não se limitando apenas ao erro cometido no ar, em uma transmissão ao vivo. Entram também momentos insólitos, totalmente fora dos padrões, mas que também provocam risos (ou sorrisos amarelos, como preferir). Divirtam-se.

10 – Como é mesmo o nome da professora do Charlie Brown? – Durante a transmissão da partida entre Corinthians x Fluminense pela web rádio Premium Esportes, surgiu uma dúvida relacionada ao mundo dos quadrinhos: qual é o nome da professora que faz parte do universo das histórias de Snoopy e sua turma. O narrador Sidney Botelho bem que tentou arriscar a resposta, mas sem sucesso.

9 – Haroldo de Souza se diverte com nome de zagueiro que lembra remédio – Durante a transmissão da partida Grêmio x Novo Hamburgo, válida pelo campeonato gaúcho de 2014, o narrador Haroldo de Souza, da Rádio Grenal, tirou um barato do nome do zagueiro gremista Pedro Geromel. De fato, lembra nome de remédio. O comentarista Cristiano Oliveira entrou na onda.

8 – Colegas no curso por correspondência – A partida entre Internacional e Juventude, válida pelo campeonato gaúcho, teve uma paralisação de mais de meia hora devido a um apagão no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Durante esse período, a principal preocupação das equipes de rádio presentes ao estádio era saber quando a energia iria voltar ou se ela iria voltar. Marcos Couto, da Rádio Bandeirantes, chamou o repórter Saimon Bianchini e disse que este tinha feito um curso de eletricista por correspondência. Saimon respondeu dizendo que fez esse Curso junto com Couto. Um esperto Luiz Carlos Reche notou que se o curso era por correspondência, não havia como os dois serem colegas.

7 – Nome de quarto árbitro derruba repórter na transmissão da Band News FM – Durante a transmissão de Princesa do Solimões x Santos, válida pela Copa do Brasil, o repórter Fábio França passou maus bocados com o quarto árbitro da partida. Alex Muller pediu para que seu nome fosse informado no ar. Quando ele viu que ele se chama Antonio Carlos Pequeno Frutuoso, França teve que se segurar e muito.

6 – A maça do Fabiano Baldasso – Durante a transmissão de Bahia x Internacional, pela Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, o comentarista Fabiano Baldasso resolveu comer uma maça, não sem ser alvo de uma trollagem do narrador Marcos Couto e do comentarista de arbitragem Chico Garcia. Baldasso reagiu mandando todos  carpir um lote.

5- Luiz Carlos Reche: melhor jornalista que cantor – 12 de outubro é uma data importante para os católicos. Cada devoto prestou homenagens como pode à Nossa Senhora. Na Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, Luiz Carlos Reche cantou um corinho antes do pontapé inicial de Internacional x Fluminense. Nessas horas é que lembramos o fato de Reche ser melhor jornalista que cantor.

4 – Narrador esportivo se irrita com celular – Durante a transmissão de Caxias x Grêmio, válida pelo campeonato gaúcho de 2014, o narrador Marcos Couto, da Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, perdeu a paciência com seu celular que estava tocando. Até aí, tudo bem. O problema foi o lugar para onde Couto queria mandar o celular.

3 – Em entrevista, Héverton Guimarães faz revelação surpreendente – Héverton Guimarães, da TV Bandeirantes, de Belo Horizonte, concedeu uma entrevista ao programa Resumo Esportivo, apresentado por José Calil, na Rádio Transamérica (SP) sobre o futebol mineiro. No final, Calil fez uma pergunta que conseguiu extrair uma surpreendente revelação do narrador.

2 – Sala de Redação: tensão termina em xingamento – Os ouvintes do Sala de Redação, tradicional programa de debates futebolísticos da Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, tiveram a chance de escutar uma discussão mais que acalorada entre os integrantes Kenny Braga e Paulo Sant’Ana. O primeiro é torcedor do Internacional, enquanto que o segundo é declaradamente Grêmio. Para quem é de fora, essa dupla procura representar a voz do torcedor dentro do programa. Entretanto, depois de mais um Grenal, desta vez com vitória gremista com goleada de 4 a 1, o nível de tensão foi acima do normal. Resultado: Kenny xingou Sant’Ana, como é possível ouvir no player abaixo. A consequência veio logo: Kenny acabou demitido e Sant’Ana está suspenso e não voltou ao ar.

1 – Tensão no Domingo Esportivo Bandeirantes – No “Domingo Esportivo” da Rádio Bandeirantes em 24 de agosto de 2014, Milton Neves e Neto contaram uma história envolvendo José Luiz Datena e o ex-jogador Capitão Hidalgo, mas o apresentador do “Brasil Urgente” na TV, chegou no estúdio bem depois mostrando-se irritado.

Conheça as seleções dos anos anteriores:

As 10 melhores gafes do rádio esportivo de 2013

As 14 melhores gafes do rádio esportivo em 2012

As  melhores gafes do rádio esportivo de 2011

As melhores gafes do rádio esportivo no Fanáticos por Futebol

As melhores gafes do rádio esportivo de 2010

As melhores gafes do rádio esportivo de 2009

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Radioamantes no Ar fala sobre os xingamentos no Sala de Redação e da contratação de Rachel Sheherazade pela Jovem Pan

Nesta semana, o Radioamantes no Ar destacou a briga no Sala de Redação, programa da Rádio Gaúcha, envolvendo Paulo Sant’Ana e Kenny Braga, que terminou com a demissão de Kenny, assim como todos os seus desdobramentos. Outro assunto abordado foi a estreia de Rachel Sheherazade como apresentadora do Jornal da Manhã, na Rádio Jovem Pan. O programa também destacou a audiência do AM e do FM na Grande São Paulo. Com Rodney Brocanelli e João Alkmin. O Radioamantes no Ar vai ao ar todos as sextas e sábados, sempre pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/)

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Fernando Carvalho será o novo integrante do Sala de Redação

Por Rodney Brocanelli

A Rádio Gaúcha agiu rapidamente para substituir Kenny Braga, demitido na tarde da última segunda-feira, após proferir um xingamento durante uma discussão com Paulo Sant’Ana ao vivo no Sala de Redação. O novo integrante da atração é Fernando Carvalho, conhecido como seu trabalho à frente da presidência do Internacional. Sob sua gestão, na metade da década passada, o clube conquistou seus principais títulos como a Libertadores de 2006 e o Mundial de Clubes do mesmo ano. Não deixa de ser uma saída curiosa, pois se repete uma fórmula já utilizada no passado, quando Claudio Cabral, que atuou como dirigente do colorado em meados da década de 1980, passou a integrar a mesa de debates. Carvalho faz sua estreia nesta quarta-feira. Em entrevistas, ele tem dito que irá participar por apenas 20 programas, em dias alternados.

Rádio-Gaúcha

Sala de Redação: tensão termina em xingamento

Por Rodney Brocanelli

Os ouvintes do Sala de Redação, tradicional programa de debates futebolísticos da Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, tiveram a chance de escutar uma discussão mais que acalorada entre os integrantes Kenny Braga e Paulo Sant’Ana. O primeiro é torcedor do Internacional, enquanto que o segundo é declaradamente Grêmio. Para quem é de fora, essa dupla procura representar a voz do torcedor dentro do programa. Entretanto, depois de mais um Grenal, desta vez com vitória gremista com goleada de 4 a 1, o nível de tensão foi acima do normal. Resultado: Kenny xingou Sant’Ana, como é possível ouvir no player abaixo. Há muita especulação neste momento sobre o destino de Kenny Braga, mas até agora nada existe de oficial. Áudio divulgado por Demian Diniz da Costa.

ATUALIZAÇÃO: Em comunicado, RBS confirma a demissão de Kenny Braga:

Comunicado à imprensa

Em razão de o jornalista Kenny Braga ter utilizado expressão de baixo calão para ofender um dos participantes do programa Sala de Redação, durante a edição desta segunda-feira (10), o Grupo RBS decidiu desligá-lo de suas atividades profissionais tanto na Rádio Gaúcha quanto no Diário Gaúcho. Por sua vez, o jornalista Paulo Sant’Anna, que se manifestou de forma inadequada na ocasião, foi afastado do programa por prazo indeterminado.

O Grupo RBS lamenta o episódio, pede desculpas ao público, aos anunciantes e aos seus profissionais.

 

ATUALIZAÇÃO (12/11 – 02:30) – Nesta terça-feira, Kenny Braga concedeu uma longa entrevista à Farid Gemano Filho na Rádio Grenal. Clique no link abaixo para ouvir.

https://radioamantes.wordpress.com/2014/11/12/em-entrevista-a-radio-grenal-kenny-braga-fala-sobre-sua-demissao-uma-injustica-uma-sacanagem/

 

Rádio-Gaúcha

Radioamantes no Ar analisa mais uma semana de notícias no meio rádio

Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre a encrenca envolvendo Paulo Sant’Ana e Nando Gross, um da Rádio Gaúcha e outro da Rádio Guaíba, com a citação de um episódio envolvendo inadimplência na cantina que fica na sede da RBS. Outros assuntos: a saída de Rogério Assis da Jovem Pan e a morte de Carlos Alberto Parizzi, que foi comentarista da Bradesco Esportes FM, do Rio de Janeiro.O Radioamantes no Ar é veiculado todos os sábados pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/), sempre a partir das 09h. Com Rodney Brocanelli e participação de João Alkmin e Flavio Ashcar.

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