Wagner Mancini e Felipe Garrafa selam a paz em programa de Elia Jr. na Rádio Bandeirantes

Por Rodney Brocanelli

Wagner Mancini, técnico do Vitória, e Felipe Garrafa, repórter da Rádio Bandeirantes, que viraram personagens da última rodada do campeonato brasileiro após uma discussão durante entrevista coletiva, fizeram as pazes e demonstraram isso durante o programa Esporte em Debate, comandando por Elia Jr.

Mancini concedeu uma longa entrevista falando sobre seu trabalho à frente do Vitória e de assuntos ligados à categoria de técnico de futebol. Em determinado momento, o apresentador entrou no tema que foi objeto de muitos debates desde o último sábado.

O treinador do Vitória deixou claro que o pedido de desculpas era devido ao vazemento de um áudio em que ele, de forma privada, diz que “ganhar do Corinthians é ótimo, somar três pontos nem se fala, mas dar uma patada num jornalista babaca e corintiano nem se fala”. Mancini ainda disse que ambos tiveram uma conversa particular em que as coisas foram resolvidas.

Em seguida, o repórter entrou ao vivo, confirmou o papo entre os dois e disse que as desculpas foram aceitas. “Um papo agradável”, afirmou. Garrafa declarou ainda que não cabe a discussão sobre o fato dele ser parcial só pelo fato de ser corinthiano. “Peço desculpa se te incomodei e torço para que o Vitória saia da zona de rebaixamento”, arrematou. Ouça abaixo.

Ricardo Caprotti diz que Wagner Mancini jogou para a torcida em resposta à repórter

Por Rodney Brocanelli (com a colaboração de Edu Cesar, do Papo de Bola)

Em 19 de agosto de 2017, uma pergunta do repórter ao técnico Vagner Mancini e a resposta dele sobre o triunfo do Vitória diante do Corinthians por 1 x 0, pelo Campeonato Brasileiro, causou enorme repercussão tanto na internet quanto em outras mídias. No dia seguinte, ao término do “Terceiro Tempo”, o apresentador e coordenador esportivo Ricardo Capriotti fez um pronunciamento sobre este episódio e sobre a conduta do profissional na emissora.

Capriotti disse que o Garrafa pulou todas as etapas na empresa, passando de estagiário a contratado da empresa por méritos próprios. “É um profissional brilhante, um menino com muita qualidade, acrescentou.

Em seguida, o apresentador afirmou que “nós jornalistas, as vezes não somos muito bons com números E por uma questão numérica, o Garrafa acabou sendo muito mal interpretado e julgado de uma forma covarde”. Capriotti disse ainda que em momento algum, Felipe Garrafa deixou de ser um profissional brilhante que é para vestir camisa de clube em alguma das transmissões esportivas da Rádio Bandeirantes.

Segue Capriotti: “No campo das ideias, Wagner Mancini deixou escapar a chance de debater os números e debater as ideias para transformar a discussão para um lado pessoal, que não tinha absolutamente nada a ver. O Wanger Mancini, no popular, jogou para a torcida ontem desnecessariamente. Não precisava ter incluído uma questão pessoal no meio de uma coletiva”.

Por fim, Ricardo Capriotti considerou antiquado o discurso de que a imprensa de São Paulo precisa olhar para o restante do país. Garrafa segurá exercendo suas funções na Rádio Bandeirantes. Ouça a íntegra abaixo.

Ricardo Capriotti

Sobre o incidente envolvendo Felipe Garrafa e Wagner Mancini

Por Rodney Brocanelli

Um pitaco na polêmica envolvendo o repórter Felipe Garrafa, da Rádio Bandeirantes, e  Wagner Mancini, técnico do Vitória na entrevista que se seguiu após o triunfo da equipe de Salvador sobre o Corinthians pelo placar de 1 a 0, no último sábado. Eu tendo a me incomodar quando estou falando e alguém me interrompe. Sempre aprendi que isso é falta de edução. Mancini, na minha visão, não foi educado. Ele poderia rebater os argumentos de Felipe Garrafa, ao final do questionamento, com elegância absoluta.

Por sua vez, o repórter embora tenha se equivocado ao levar para a coletiva números da primeira etapa, a intenção do repórter até que era boa: fazer um questionamento embasado. Vejo poucas pessoas analisando a sequência da pergunta de Garrafa que era:  “o Vitória veio à São Paulo jogar por uma bola ou (esse resultado mostra que) o Corinthians não era um time tão imbatível assim, como foi criado?”. Não vi qualquer problema. Era uma pegunta absolutamente pertinente, que um técnico experiente como Mancini saberia tirar de letra, sem precisar fazer cena. Quem deveria ficar na bronca era a torcida do Corinthians, afinal, segundo o questionamento, o time “não é tão imbatível assim”.

O que se seguiu depois foi algo absolutamente condenável. A tropa do mal das redes sociais passou a buscar mensagens no Twitter que o ligassem o profissional a algum clube. Conseguiram. O resultado: ele foi exposto à execração pública Prática típica de desocupados. Não é a primeira vez que isso acontece e, infelizmente, não será a última. Para terminar, Garrafa recebeu a solidariedade de diversos profissionais de imprensa, que não deixaram de criticá-lo por causa de seu erro.

Muitos desses desocupados já citados aqui  passaram a falar de corporativismo. Não é. O profissional teve a solidariedade por ser vítima de uma atitude grosseira. E, ao meu ver, quem fala de corporativismo, deveria dizer a qual categoria deles pertence. Muitas delas são mais corporativas que a dos jornalistas.

felipe garrafa