Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou das perdas de Willy Gonser e Luiz Carlos Alves. E mais: a investida da Rádio ABC, de Santo André, que contratou Rony Magrini e Paulo Barboza. O Radioamantes no Ar é veiculado todas as sextas, sempre a partir das 09h pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin e Flavio Ashcar.
Morreu na manhã desta terça-feira o narrador esportivo Willy Gonser, 80 anos, conhecido como o mais completo do país. Ele estava internado no hospital da Unimed, em Belo Horizonte, havia uma semana, para tratar de uma pneumonia. O velório começa partir das 17h no Funeral House. O sepultamento será amanhã, às 10h, no cemitério Bosque da Esperança. Tudo na cidade de Belo Horizonte, onde Willy viveu seu auge profissional.
Natural de Curitiba, Willy começou sua carreira no estado natal, trabalhando na Rádio Marumby, onde foi locutor de chamadas, rádio ator e animador de auditório. Logo, teve uma chance de narrar futebol ao substituir um companheiro que passara mal. Não deixou mais essa função nos anos seguintes.
Willy fez grande parte de sua carreira em Belo Horizonte, trabalhando na Rádio Itatiaia. Ele chegou à emissora em 1979 e pouco depois foi designado narrador dos jogos do Atlético-MG. Antes disso, trabalhou nos outros grandes centros do futebol e do rádio. No Rio de Janeiro, narrou pela Continental e Nacional. Em São Paulo, esteve na Jovem Pan. No Rio Grande do Sul, empunhou o microfone da Gaúcha. A serviço dessas emissoras, o locutor esportivo trabalhou em 11 Copas do Mundo.
O narrador deixou a Itatiaia em 2009 e foi curtir a aposentadoria em Alcobaça, na Bahia. Voltou ao rádio em 2015, quando atuou como comentarista e chefe de esportes da Rádio Inconfidência por aproximadamente seis meses. Foi a sua última passagem pelo rádio.
Em julho de 2013, Willy Gonser foi entrevistado pelo programa Radioamantes no Ar. Na época, o Galo havia conquistado o título da Libertadores. Na ocasião, ele destacou o papel da torcida na campanha histórica do clube e não deixou de falar sobre alguns aspectos do rádio esportivo. Ouça abaixo.
Abaixo, o registro do retorno de Willy ao rádio, em 2015, como comentarista da Rádio Inconfidência. Seu primeiro jogo na emissora foi Atlético-MG x Cruzeiro, partida válida pelo campeonato brasileiro.
Ouça a narração de Willy Gonser para o gol de Ronaldinho, o segundo da vitória do Brasil sobre a Alemanha na final da Copa de 2002.
-A Copa Japão/Coreia de 2002 foi a primeira cuja revenda dos direitos de transmissão ficou a cargo do Grupo Globo. Com isso, muitas emissoras de rádio optaram por não transmitir aquela competição. O valor (US$ 25 mil) foi considerado caro demais na ocasião. Segundo a Folha de S. Paulo, apenas 12 rádios toparam desembolsar a quantia pedida. Com isso, a Jovem Pan resolveu fazer uma cobertura alternativa. Ela contratou grandes nomes do futebol (Luxemburgo, Leão, Zagallo, Candinho, Romário, entre outros) para comentar os jogos do Brasil durante o seu desenrolar. Globo e Bandeirantes até chiaram. A segunda colocou seu departamento jurídico de prontidão, segundo a Folha, para tomar qualquer providência se houvesse uma “transmissão mascarada”. Um anúncio foi até publicado pela Band nos jornais: “Atenção. Aviso ao público: faça como as rádios que não compraram e não pagaram os direitos de transmissão da Copa do Mundo. Ouça os jogos pela Bandeirantes”. Em outra frente, a Pan enviou Wanderley Nogueira para a cobertura do dia-a-dia da seleção. O repórter tinha prioridade total para entrar na programação da emissora. O detalhe: Wanderley não tinha credencial. Isso não chegou a ser um impedimento e o fator sorte contou muito. A seleção brasileira não se hospedou no hotel determinado pela Fifa. A delegação foi para um lugar onde estava hospedado Wanderley. Além disso, os jogadores fizeram seus treinos em locais que não foram indicados pela entidade, outro fator que facilitou o trabalho do repórter. Além disso, a cumplicidade dos atletas com Wanderley ajudou bastante. Cafu e Émerson chegaram a ir até o quarto do repórter para conceder entrevistas.
-José Silvério estava na Rádio Bandeirantes havia quase dois anos. Foi sua primeira Copa como titular na emissora. Na época, algo que chamou a atenção foi o fato de que as narrações de Silvério chegavam bem antes dos gols da seleção brasileira na televisão. Isso contou muitos pontos a favor do locutor, que ganhou a admiração de muitos ouvintes por “antever” um gol de Ronaldo ou Rivaldo. A explicação para o fenômeno é bem simples. Tanto a Rádio Bandeirantes como a TV Globo usaram o satélite para as suas transmissões. Porém, o sinal da Globo chegava frações de segundo mais atrasadas por estarem juntos som e imagem. Para a Bandeirantes, só chegava o áudio, por isso a não demora na entrega. Vale lembrar que estamos falando de tv aberta. O Sportv transmitiu também aquela Copa, mas a tv por assinatura ainda não era tão popularizada no país. José Silvério fez narrações memoráveis dos jogos do Brasil. O gol de Ronaldinho contra a Inglaterra ganhou a melhor descrição possível: “ele enganoooou o muunnnndo”. Dunga foi um dos comentaristas daquela Copa na Bandeirantes. O ex-jogador e técnico (ou ex, quem sabe) esteve ao lado de Silvério nos jogos disputados na Coreia (onde o Brasil ficou na primeira fase) e no Japão. Roberto Avallone, do Brasil, também participou daquelas transmissões. Os repórteres eram Leandro Quessada e Eduardo Castro. Curiosidade: as chamadas do evento na emissora tiveram a voz do ator e dublador Francisco Milani (quem aí lembra do Seu Saraiva, do antigo Zorra Total?)
-O Sistema Globo de Rádio decidiu economizar no que diz respeito aos direitos de transmissão da Copa de 2002 e formou uma equipe só para a cobertura do evento. Antes, as rádios do Rio e de São Paulo tinham autonomia para fazer cada uma as suas transmissões. Além disso, estava em prática o projeto de rede da emissora, que naufragou tempos depois. José Carlos Araújo, então na Globo carioca, foi a voz dos jogos do Brasil para todas as emissoras da rede, incluindo São Paulo. E profissionais das emissoras de todas as praças foram unidos para a transmissão dos outros jogos (offtube ou geladão). Um exemplo: a partida entre China e Costa Rica (adversários do do mesmo grupo do Brasil) foi transmitida pelo Edson Mauro e Rui Fernando, dos estúdios no Rio, Luiz Augusto Maltoni e Osmar Garrafa, de São Paulo. Mauro foi o narrador, com o Maltoni comentando e a dupla Guilherme/Garrafa como os pontas/metas/goleira. A CBN optou por fazer o mesmo tipo de cobertura da Jovem Pan.
– A Transamérica marcou presença nessa cobertura com a equipe liderada por Éder Luiz. Na Grande São Paulo, as rádios América e Difusora, esta de Osasco, também irradiaram a Copa de 2002. A primeira entrou em rede com a Rádio K do Brasil, na época de propriedade de Jorge Kajuru. A segunda entrou em cadeia com a Rádio Sociedade, de Salvador. Da região Nordeste, destacamos a presença da Rádio Jornal, de Recife. A Itatiaia, de Belo Horizonte, Guaíba e Gaúcha, de Porto Alegre marcaram presença. Uma outra rádio de Porto Alegre também esteve presente: a Rádio Pampa. Do Paraná, a única que esteve presente foi a Rádio Paiquerê, de Londrina, como bem lembra Edu Cesar.
Vamos a alguns registros sonoros:
Ronaldo marca o primeiro gol do Brasil na grande final. José Silvério narrou na Rádio Bandeirantes.
Silvério narra o segundo gol de Ronaldo.
Abaixo, é possível ouvir os gols da final entre Brasil x Alemanha com a narração de Haroldo de Souza, então pela Rádio Guaíba.
Ouça a narração de Pedro Ernesto Denardin, da Rádio Gaúcha.
Ouça o gol de Ronaldo (o segundo daquela decisão) narrado por Willy Gonser, da Rádio Itatiaia.
E mais: a narração de Adilson Couto, da Rádio Jornal (PE)
Ouça a narração de José Carlos Araújo, da Rádio Globo.
Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre mais uma pesquisa de audiência do FM na Grande São Paulo, com os números referentes ao trimestre março, abril e maio. Outros assuntos: a volta de Willy Gonser ao rádio, desta vez na Inconfidência e a saída de Danilo Gentili da Jovem Pan. O Radioamantes no Ar é veiculado todas as sextas, sempre a partir das 09h, pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br) Com Rodney Brocanelli, João Alckmin, Flavio Ashcar e Rogério Alcântara.
Depois de seis anos ausente dos microfones, Willy Gonser estreou neste sábado como comentarista esportivo da Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte. Gonser estava curtindo a vida em Alcobaça (BA) até receber um convite da direção da emissora. A volta se deu na transmissão do clássico Atlético-MG x Cruzeiro, válida pelo campeonato brasileiro. Antes de a bola rolar, teve até discurso do presidente da emissora Tancredo Naves (não confundir com o antigo político). Vamos destacar aqui a primeira intervenção do novo contratado na transmissão deste sábado. Ouça abaixo.
Ouça os gols da partida com a narração de Emerson Rodrigues.
Em julho, pouco depois de completar seu terceiro aniversário, o blog Radioamantes ganhou uma versão radiofônica. Levada ao ar todos o sábados, a partir das 09 da manhã, pela web rádio Showtime, o programa é uma extensão do blog, com notícias e comentários. No entanto, um de seus diferenciais é possibilidade de levar ao ar, sempre que possível, entrevistados para falar sobre o passado, presente e futuro do veículo. Nesta retrospectiva, vou destacar o melhor dos bate papos.
Uma das entrevistas que mais repercutiu foi com Willy Gonser. O senso de oportunidade ajudou muito: ela foi feita no sábado seguinte à conquista da Libertadores pelo Atlético-MG.
O Radioamantes no Ar pode abrir espaço para quem também escreve sobre rádio na Internet. É o caso de Anderson Cheni, dono de um dos blogs de maior prestigio na web. Entre outros assuntos, ele falou sobre a medição da audiência feita por um único instituto de pesquisa.
Adriando Barbieiro tem também um espaço sobre rádio de grande sucesso na internet: o Bastidores do Rádio. Ele também conversou com o Radioamantes no Ar e falou sobre sua relação com o rádio. Ele chegou a escrever que tinha perdido o tesão pelo veículo. Na entrevista, ele explicou os motivos.
Edu Cesar e o Papo de Bola se confundem. Criador e criatura estão intimamente ligados. Ele falou sobre seu site e de uma questão que inquieta: comunicador de talento, ele não tem espaço no vibrante rádio de Porto Alegre, cidade onde mora. Será a tradução da frase “santo de casa, não faz milagre”?
Com Flávio Araújo, narrador que trabalhou em de emissoras como Bandeirantes e Gazeta, lembramos bastante do passado do rádio esportivo. Neste trecho, ele fala sobre a antológica luta entre Éder Jofre e Masahiko Harada, válida pelo título do peso galo, em 1965. A transmissão bateu recorde de audiência.
Ainda no rádio esportivo, pudemos falar sobre as rádios web ligadas a clubes de futebol. Com transmissões “de torcedor para torcedor”, elas conseguem arrebanhar uma ampla legião de ouvintes. O narrador Gomão Ribeiro, de rádios webs como a que são ligadas à Lusa e ao Palmeiras, falou sobre esse tipo de transmissão e as possíveis implicações na carreira profissional.
Ainda sobre as rádios web, falamos com um especialista no assunto: Ivan Bruno. Estudioso sobre o tema, ele tem um site dedicado apenas ao assunto: o Painel da Rádio Web. Uma de suas preocupações é com a profissionalização desse meio. Ele alerta para o fato de que tem muita gente “brincando de fazer rádio”.
Outra entrevista muito ouvida e comentada foi com Hugo Botelho, que neste ano de 2013 deixou o projeto da Rádio Bradeso Esportes FM. A conversa era pra ser de 30 minutos, mas durou uma hora. De coração aberto, ele falou sobre sua saída.
Voltando ao passado, relembramos grandes momentos do humor do rádio com programas como Show de Rádio e quadros como Rádio Camanducaia com uma de suas vozes: Odayr Baptista.
Um dos nomes que faz muita falta no rádio é o de Zancopé Simões. Fora do ar desde a reformulação do Bandeirantes a Caminho do Sol, seu paradeiro foi alvo da curiosidade de muitos internautas. Ao Radioamantes no Ar, ele também falou sobre sua saída da emissora.
A cobertura da Fórmula 1 tem muita tradição no rádio. Odinei Edson, do Grupo Bandeirantes, falou sobre essa dedicação que o veículo dá à categoria, mais até do que a outros esportes que trazem muitas conquistas para o país, como o vôlei e o MMA.
Em 26 de agosto de 1973, Santos e Portuguesa decidiram o campeonato paulista. Por um equívoco do árbitro Armando Marques, o título foi dividido entre as duas equipes. Willy Gonser narrou as emoções daquela partida pela Jovem Pan. Outra curiosidade: um dos repórteres de campo era Sílvio Luiz. Ouça abaixo.
Neste sábado (27/03), o Radioamantes no Ar, veiculado pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/) veiculou uma entrevista com o narrador Wiily Gonser. Por muitos anos, ele foi um dos narradores principais da Rádio Itatiaia, acompanhando sempre os jogos do Atlético-MG. Na conversa, ele falou sobre o recente título da Copa Libertadores e destacou o papel da torcida nesta campanha. Além disso, Willy abordou aspectos sobre o rádio esportivo, entre eles as famigeradas transmissões off tube. Ouça a íntegra clicando no player abaixo.
Curtindo sua aposentadoria, o narrador Willy Gonser hoje comemora aniversário. Ele completa 76 anos. Gonser é mais conhecido por sua atuação na Rádio Itatiaia (BH), como narrador oficial dos jogos do Atlético-MG. Contudo, o profissional já passou por emissoras dos outros três grandes centros do país. Em Porto Alegre, ele foi narrador da Rádio Gaúcha. No Rio de Janeiro, ele empunhou o microfone da Rádio Nacional. Já em São Paulo, ele atuou pela Rádio Jovem Pan. É dessa época que vamos recuperar dois áudios. O primeiro é o registro da final do campeonato brasileiro de 1972, vencido pelo Palmeiras após o empate em 0 a 0 com o São Paulo.
No ano seguinte, Gonser narraria a final do campeonato paulista de 1973, envolvendo Santos e Portuguesa, aquela em que Armando Marques se atrapalhou com os pênaltis.