Por Rodney Brocanelli
Registro atrasado, mas ainda válido: o programa Morde e Assopra, da Energia 97, da última sexta (14) teve a 97 FM como tema principal. Zé Constantino, fundador da emissora, mudou de posição e foi o entrevistado do programa. Ele contou histórias da época em que a emissora estava ainda em Santo André e se chamava 97 FM. Na época de seu lançamento, a emissora ainda não tinha muitos funcionários e o próprio Constantino era o responsável por colocar e tirar a emissora do ar.
Locutores? Naquela época, apenas um: Jota Erre. Zé Constantino não explicou o motivo, mas certa vez chegou a sair na pancada com ele. Outra história: uma música estava tocando de forma repetida no ar. Foram ver o que tinha acontecido e descobriram que o funcionário estava desmaiado no estúdio, com a mesa de som toda vomitada.
Constantino falou também sobre o lançamento do Estádio 97, um dos atuais carros-chefes da emissora. Ele diz que resolveu colocar o programa no ar por se cansar de ouvir o Sombra, um dos seus apresentadores, e mais outros funcionários da época falarem apenas de futebol durante os almoços dessa turma.
Não faltaram também os bastidores da mudança do perfil de programação, do rock para o dance. Constantino contou dois casos que o fizeram mudar de ideia. Um deles foi um prejuízo que ele teve ao organizar um show do Sepultura em Santo André. O outro aconteceu durante uma viagem de táxi. O motorista estava ouvindo Deep Purple. “Você gosta de rock?”, perguntou o proprietário da 97 FM. Após a resposta afirmativa, o condutor do automóvel listou uma série de bandas das quais gostava. Todas antigas. Foi aí que Constantino teve um clique: o consumidor de rock não estava tão interessado assim em novidades, isso em pleno estouro do Nirvana.
A mudança de perfil não agradou aos ouvintes. Na ocasião, a determinação era para que os telefones não fossem atendidos e com isso, procurar driblar a fúria que vinha do outro lado.
Não faltaram vinhetas históricas da emissora, em especial o jingle histórico gravado pelo Língua de Trapo e outra com a voz do Lombardi, aquele mesmo que trabalhou com Sílvio Santos.
Veja abaixo a íntegra do programa, que teve a apresentação de Domenico Gatto e a participação especial de Supla.