O Radioamantes no Ar, veiculado pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/), entrevistou o narrador esportivo Flávio Araújo. Craque do Escrete do Rádio, da Bandeirantes, entre as décadas de 1960 e 1970 (com uma breve passagem pela Excelsior), ele atuou na época de maior agitação do rádio esportivo brasileiro. Flávio acompanhou de perto (e isso não é um recurso de estilo) os feitos de três grandes esportistas brasileiros: Pelé, Émerson Fittipaldi e Éder Jofre. No bate papo, Flavio contou passagens de sua carreira e relembrou de alguns de seus feitos com o microfone na mão. Entrevista concedida a Rodney Brocanelli e João Alkmin. Ouça no player abaixo.
Radioamantes 
O seu blog, Rodney, aponta em boa direção para uma das saídas do rádio do futuro. E o pessoal da Show Time, de certa forma, está abrindo as portas para essa saída. O rádio pode, perfeitamente, se segmentar para atender à demanda e exigência de todo tipo de audiência. Nada impedirá, por exemplo, que uma programação on-line esteja no ar e, ao mesmo tempo, o ouvinte que sintoniza a emissora, via web, escolha no menu de atrações um quadro musical, um show, uma entrevista, um debate ou uma partida de futebol que se queira ouvir de novo ou porque os tenhamos perdido em sua transmissão original. A entrevista com Flávio Araújo, “o locutor que andava em cima da bola”, foi simplesmente emblemática e deliciosa. O xará mostrou, com uma cultura radiofônica invejável e gostosa de se ouvir, como era o rádio em seus primórdios, sem levar para o ar o ranço de “velharia” que se costuma, equivocadamente, atribuir ao rádio de um passado nem tão distante. Flávio Araújo provou que rádio é paixão, sim, mas, acima de tudo, é competência. O que lamento, não é a evolução técnológica, pelo contrário. Ela já está permitindo, por exemplo, a facilidade de se poder ouvir qualquer emissora, em qualquer lugar do mundo com som de primeira classe. Da mesma forma, permite que falemos, como Flávio Araújo destacou, de qualquer parte do globo terreste, on-line, em real time. O mundo, definitivamente, não tem mais fronteiras. Por outro lado, lamento, isto sim, que esteja ocorrendo uma involução do profissional do rádio. A tecnologia, com a ajuda de softwares inteligentes, tem dispensado o conhecimento do ser humano, uma pena. É triste admitir: não há novos talentos com o “pedigree” de um Flávio Araújo. Você, com seu trabalho, tem colaborado e muito para que a verdadeira história do rádio seja contada para as novas gerações. Num país sem memória, como o nosso, sua iniciativa é digna de aplauso. Parabéns e grande abraço, Rodney Brocanelli.
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