APCA divulga os vencedores da categoria rádio do ano de 2022

O júri de Rádio da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes definiu nesta segunda-feira, dia 06 de fevereiro , os programas e os radialistas premiados da categoria, em 2022.

A Assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo.

Conheça os vencedores de 2022

Grande Prêmio da Crítica:

Silvio Di Nardo (in memorian)

Além de grande radialista, foi o crítico que mais participou do júri de rádio da APCA.

Valorização do rádio:

USP: 100 anos de Rádio – Cido Tavares

Série em 40 boletins, com apresentação e produção sonora de Cido Tavares e produção de Heloísa Granito. Diariamente, os episódios contaram a história do rádio desde os primórdios até os podcasts.

Melhor programa:

Quem ama, não esquece – Band FM

O programa é um dos que mais contribuiu para a liderança da emissora nos últimos anos. O formato de radioteatro para contar as “Histórias de Amor” enviadas por ouvintes é uma aposta que faz com que o rádio tenha sua linguagem e capacidade de transmitir emoção realçados, com muita imaginação. O sucesso do quadro fez com que passasse a ser distribuído, também, em agregadores de podcasts.

Apresentação:

Paulo Galvão – Madrugada CBN

Uma madrugada “viva e ao vivo”, como diria Astrid Fontenelle. É isso o que Paulo Galvão proporciona a quem sintoniza a Rádio CBN entre meia-noite e seis da manhã. O estilo de atualizar o noticiário, como se fosse uma conversa, torna o programa atraente para o horário. Entrevistas sobre fatos relevantes do dia são outro ponto marcante.

Produção:

Silvania Alves – O Pulo do Gato, Rádio Bandeirantes

Alma de um dos mais longevos e tradicionais programas jornalísticos do rádio, Silvania Alves está na produção há décadas. Com a morte do titular José Paulo de Andrade, a produtora e coapresentadora é o elo entre a tradição e a renovação da Rádio Bandeirantes.

Podcast:

Mano a Mano, com Mano Brown – Spotify

O programa de entrevistas chegou à terceira temporada. Pauta e produção cuidadosas e entrevistas com nomes importantes de diversas áreas, além da apresentação diferenciada de Mano Brown, fazem do Mano a Mano um destaque no segmento.

Produção e apresentação musical:

Fabiane Pereira. Nova Brasil e site Papo de Música

Uma das responsáveis pela renovação da Nova Brasil, a produtora e apresentadora comanda diversas atrações na emissora. O diferencial está na valorização à linguagem radiofônica e na maneira competente e informal de comandar entrevistas, tanto com nomes consagrados como com os da nova cena da MPB.

Votaram: Fausto Neto , Marcelo Abud e Fabio Siqueira

Anotações sobre a transmissão da Copa do Mundo pelo rádio brasileiro

Por Rodney Brocanelli

Como o Radioamantes já registrou, as rádio Bandeirantes e Band News FM estão fazendo coberturas separadas desta Copa do Mundo sediada no Catar. Hoje, no jogo da seleção brasileira, pode-se dizer que houve uma subdivisão dessa divisão. Explicando. A Band FM entrou em rede com a Bandeirantes. Enquanto isso, a Nativa FM veiculou o sinal da Band News FM. No entanto, ao menos uma rádio do Grupo Bandeirantes ficou de fora. A Play FM manteve sua programaçao normal durante a bola rolando.

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Luis Penido narrou Brasil x Catar pela Super Rádio Tupi. A expectativa é que ele e José Carlos Araújo se revezem nos jogos dos comandados de Tite. Fica no ar a grande dúvida: por que não fazer com que os dois narrem esses jogos, como Waldir Amaral e Jorge Curi na época áurea da Rádio Globo?

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José Manoel de Barros narrou a estreia do Brasil pela Rádio Jovem Pan. Nilson Cesar até chegou a fazer a abertura da transmissão, mas ficou sem voz depois que a bola rolou. Espera-se que não seja um problema grave e que nos próximos dias ele retorne à cobertura.

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Até aqui, a Rádio Gaúcha é a única emissora que transmitiu todos os jogos da Copa do Mundo. O grande problema é que muitos jogos começam às 07h em horário brasileiro e são poucas as emissoras que não abrem mão de seu “horário nobre”, com os tradicionais noticiosos, casos da Jovem Pan e da Bandeirantes. Para outras rádios, deve ser difícil convencer o comunicador do horário a abrir mão para os jogos do futebol (e olha que ele até participou do revezamento da tocha olímpica em 2016, lembram?) Agora, convenhamos, é melhor ouvir Marrocos e Croácia no rádio do que as análises do Claudio Humberto.

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A Transamérica teve problemas com o som direto do Catar no jogo do Brasil. Bruno Cantarelli, estava de sobreaviso e narrou até que a transmissão fosse estabilizada. Aliás, a emissora está usando nomes de sua rede para a transmissão dos jogos da Copa. Edilson de Souza e o já citado Cantarelli estão narrando jogos ao lado de Éder Luiz, Oswado Maciel e Guilherme Lage.

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Não sei se foi intencional, mas Galvão Bueno mandou um “e que golaço” logo após o segundo gol brasileiro, marcado por Richarlison. Era uma frase usada por José Silvério, a grande ausência desta Copa. Segundos antes, Galvão disse “e que gol”, bordão de Osmar Santos. Homenagem? (veja abaixo enquanto os donos do espetáculo deixarem).

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Voltaremos com mais anotações sobre as transmissões dos jogos da Copa. Este post não seria possível sem a colaboração preciosa de Edu Cesar, o homem do Papo de Bola. Ouça abaixo a narração de Pedro Ernesto Denardin para os gols do Brasil na vitória sober a Sérvia pelo placar de 2 a 0.

CBF libera até dois repórteres por cada emissora de rádio nos campos de futebol

Por Rodney Brocanelli

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou no último dia 31 de agosto uma nova resolução dentro do seu pacote de diretrizes técnicas operacionais que vai favorecer os repórteres de rádio. A partir de agora, cada emissora poderá colocar dois profissionais em campo. Com isso, o limite sobe para 24 repórteres liberados. Até então, apenas 1 repórter por emissora poderia ficar atrás dos gols, totalizando um limite de 12.

Conforme a nova regra, os repórteres poderão ficar atrás das placas de publicidade, mas não poderão ir até as laterais e o centro do gramado. A CBF deixa claro que os pedidos serão atendidos até o esgotamento do número total de permissões.

Essa medida da CBF atende a uma solicitação da Associação de Cronistas Esportivos do Brasil (ACEB). No último dia 30 de agosto, dirigentes da entidade de cronistas foram recebidos por Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF. No encontro, essa e outras solicitações foram colocadas em pauta, especialmente no que diz respeito ao credenciamento e protocolo de imprensa.

Participaram do encontro o presidente Erick Castelhero, o vice-presidente Rogério Amaral, o diretor de credenciamento Greyson Assunção e o diretor financeiro Eraldo Leite, que formaram a comitiva da ACEB recebida por Rodrigo Paiva e Sérgio Rangel, representando a CBF.

“É um sinal de que a CBF está atenta às melhorias necessárias para o trabalho dos jornalistas. Agradecemos ao presidente Ednaldo Rodrigues e ao diretor de comunicação Rodrigo Paiva pela decisão rápida à nossa principal solicitação, e ficamos na expectativa para que os outros pedidos também sejam atendidos”, disse Erick Castelhero, presidente da ACEB.

Saiba mais sobre as demandas da ACEB clicando no link abaixo, publicado pela Aceesp:

Dirigentes da ACEB em encontro na CBF com Rodrigo Paiva e Sergio Rangel

Saiba como as rádios de Porto Alegre transmitiram a primeira final do Gauchão

Por Edu Cesar, do Papo de Bola

Dois grandes destaques do rádio FM esportivo da hoje aniversariante Porto Alegre na primeira decisiva do Gauchão entre Ypiranga e Grêmio.

O primeiro e principal deles: somente um dos cinco narradores titulares esteve em ação (Daniel Oliveira na ABC de Novo Hamburgo) – a Gaúcha teve não Pedro Ernesto Denardin e sim Marcelo de Bona, a Guaíba teve não Jose Aldo Pinheiro e sim Luís Magno, a Bandeirantes teve não Marco Antônio Pereira e sim Marcos Couto, e a Grenal teve não Haroldo de Souza e sim Paulo Cesar Carvalho (até teve Magrão hoje na Grenal, mas como participante do programa “Dupla em Debate”), o que torna esta final de 2022 extremamente diferenciada no sentido de ter mais vozes a narrar seus 180 minutos, já que não uma ou duas, mas TODAS as quatro “habitués” da capital tiveram diferenciações neste primeiro jogo da final – até considerando-se que os quatro titulares estiveram em ação no Grenal da última quarta-feira.

E o segundo destaque: dos cinco narradores, somente De Bona e Magno estiveram nas cabines do Colosso da Lagoa, enquanto Marcão, PC e Daniel narraram em estúdio. Além do Marcelo e do Luís, outros do rádio porto-alegrense que rumaram até Erechim foram: pela Gaúcha, o comentarista torcedor identificado Alex Bagé e os repórteres André Silva, Eduardo Gabardo e Douglas Demoliner (este último já ali presente a semana inteira, inclusive no Ypiranga x Brasil de quarta-feira passada); pela Grenal, os repórteres César Fabris e Bruno Soares; pela Guaíba, o repórter Rafael Pfeiffer; pela Bandeirantes, o repórter Matheus D’Ávila; e pela ABC, o repórter Marcelo Salzano.

Divulgados os vencedores da categoria rádio do Prêmio APCA 2021

Na noite desta segunda, dia 31 de janeiro, os jurados da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) se reuniram para escolher e anunciar os melhores do ano de 2021.

A categoria Rádio premiou cinco categorias. Veja abaixo quem levou o cobiçado troféu, que será entregue em cerimônia ainda no primeiro trimestre deste ano, em data e formato a serem definidos.

Ganhadores Prêmio APCA Rádio – 2.021

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

Rádio Cultura Brasil (AM, FM e Portal TV Cultura)

PODCAST

*”Paciente 63″, com Mel Lisboa e Seu Jorge (Original e exclusivo Spotify)

PRODUÇÃO

*Emanuel Bonfim e Leandro Cacossi – pelo programa “Fim de Tarde Eldorado” (Portal e Rádio Eldorado FM)

APRESENTAÇÃO

*Danilo Gobatto – “Antenados” – (Rádio Bandeirantes, Portal Band, YouTube, Spotify e outros)

DESTAQUE EM CULTURA

*”Contraponto”, com João Marcello Bôscoli (Rádio Cultura Brasil e Portal TV Cultura). Destaque também para a atuação no “Sala de Música”, dentro do Estúdio CBN, e participação no B3 Podcast.

Votaram: Fausto Silva Neto, Marcelo Abud, Marco Antônio Ribeiro e Maria Fernanda Teixeira

APCA indica finalistas a melhores do rádio em 2021

Leia comunicado divulgado pelo júri de rádio da APCA:

Mesmo com o grande esforço empregado na luta contra a pandemia que ainda nos assola, a produção artística e cultural seguiu em frente em meio a todos os limites impostos neste cenário, e se mostrou ainda mais forte e criativa. E o veículo “rádio” continuou demonstrando sua grande importância nesse processo, informando, entretendo, divertindo e prestando serviço a todos os ouvintes.

E enaltecendo esse trabalho, mais uma vez os críticos de Rádio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), após longas audições e reuniões virtuais, decidiram indicar quatro concorrentes para cada uma das cinco categorias propostas – prêmio especial do júri, podcast, produção, apresentação e destaque em cultura.

Os vencedores serão conhecidos ao final do mês deste janeiro, em assembleia geral da entidade, que será realizada de forma virtual no dia 31. Já a cerimônia de entrega dos troféus aos vencedores, acontecerá ainda no primeiro trimestre de 2022, em data e formato ainda a ser definido.

Connheça os indicados!

(Em cada categoria, as opções aparecem em ordem alfabética e não por sua maior ou menor importância)

1. PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

Estádio 97 (Energia 97 FM, Portal Energia 97, Youtube, Spotify e outros)

José Silvério de Andrade (um dos maiores locutores esportivos da história do rádio brasileiro.)

Rádio Cultura Brasil (AM, FM e Portal TV Cultura)

Rádio Play FM (emissora do Grupo Bandeirantes)

2. PODCAST

Mano a Mano (Original e exclusivo Spotify)

Minha Canção (Portal e Rádio Eldorado FM, Spotify, Google Podcasts e outros)

Paciente 63 (Original e exclusivo Spotify)

Quer ver? Escuta (Spotify, Google Podcasts e outros)

3. PRODUÇÃO

Emanuel Bonfim e Leandro Cacossi – pelo programa “Fim de Tarde Eldorado” (Portal e Rádio Eldorado FM, Spotify, Google Podcasts e outros)

Guilherme Cimatti – pelo programa “Domingo Esportivo”, apresentado aos domingos por Milton Neves, na Rádio Bandeirantes.

Silvania Alves – pelos programas “O Pulo do Gato” e “Primeira Hora” (Rádio Bandeirantes, Portal Band.com, You Tube)

Tiago DJ – pelo programa “Heavy Pero No Mucho” (89 FM e Portal Rádio Rock)

4. APRESENTAÇÃO

Alexandre Ingrevallo – “Estúdio 77” (Rádio Cultura Brasil – AM, FM e Portal TV Cultura)

Carol Goes e Cadu Previero – “Jornal 89” (89 FM e Portal Rádio Rock)

Danilo Gobatto – “Antenados” e “Do Bom e do Melhor” (Rádio Bandeirantes, Portal Band.com, YouTube, Spotify e outros)

Paulo Galvão – “CBN Madrugada” (Rede CBN de Rádio)

5. DESTAQUE EM CULTURA

Fabiana Ferraz – produtora e apresentadora do programa “Galeria” (Rádio Cultura Brasil), e do programa e podcast “Diversas” (Rádio USP).

João Marcello Bôscoli – produtor e apresentador do programa “Contraponto” (Rádio Cultura Brasil), “Sala de Música” (CBN) e “B3 podcast” (coapresentado por Benjamin Back e André Barcinski)

Narradores do Brasil – Podcast 451 MHz – (disponível em todas as plataformas de áudio)

Quem Te viu, Quem TV – apresentado por Marcelo Duarte e Magalhães Júnior – Guia do Curioso (Spotify, Youtube e outros)

Votaram os críticos: Fausto Silva Neto, Marcelo Abud, Marco Antônio Ribeiro, e Maria Fernanda Teixeira

Jovem Pan e a monetização do inaceitável

Por Marcos Lauro

A edição mais recente do programa Greg News foi sobre a Jovem Pan. Na última sexta (24), a premiada atração da HBO, que vai ao ar semanalmente no canal fechado e no YouTube sempre com um tema específico, dedicou seus quase 30 minutos de duração à emissora, suas empresas coligadas e sua equipe de comentaristas.

De maneira didática, o apresentador Gregório Duvivier foi escalando as questões problemáticas que envolvem a Jovem Pan desde a sua fundação, oriunda da Panamericana S.A., até o mais recente episódio que envolveu a concessão do canal 32 UHF, que já abrigou a revolucionária MTV e hoje, de maneira irregular e ilegal, corre o risco de ir parar nas mãos de Tutinha. O programa, como já citado, é bastante didático e está, na íntegra, logo abaixo:

O programa é completo e não há muito o que acrescentar a ele. A visão panorâmica mostra o ponto em que chegamos em alguns processos de comunicação, onde o inaceitável é tratado como conteúdo. Aqui nesse texto, de 2018, expliquei a estratégia de programas com o Pânico de recortar trechos impactantes do dia para atrair visualizações no YouTube e, consequentemente, monetização. Nessa atualização mais recente da Jovem Pan, desde 2015, outro tipo de conteúdo mal-feito e nocivo ganha monetização: o político. Claro que isso não difere do que é feito em centenas de outros canais obscuros e que também ganham dinheiro com isso. Mas esses canais não carregam um nome que já foi referência no fazer rádio aqui no Brasil, um nome que já foi criador de tendências musicais e comportamentais, que já fez rir de forma genuína e descompromissada.

A Jovem Pan, como qualquer outra empresa de comunicação, fala a linguagem do dinheiro. Mas com um certo cuidado e preocupação com reputação e relevância, é possível pesar bem as decisões. Temos centenas de bons exemplos pelo Brasil, de empresas de comunicação que conseguem diminuir o peso do dinheiro no seu resultado final, no que é apresentado ao público, e fazem um bom trabalho. E não falo aqui de imparcialidade, essa lenda urbana que persegue o jornalismo há tantos anos. É possível ter lado e ser honesto. Mas Tutinha e sua Jovem Pan desistiram desse caminho – e já faz muito tempo. Tudo pelo dinheiro.

Fantasma do Coronavírus assombra bastidores de uma emissora de rádio

Por Rodney Brocanelli

O fantasma da Covid-19 tem assombrado os bastidores de uma importante emissora de rádio de São Paulo.

Um de seus profissionais não tomou as duas doses da vacina e deixou bem claro aos seus colegas que não pretende se vacinar. Entretanto, com essa postura negacionista, ele foi apanhado pelo vírus.

Um outro também foi diagnosticado com vírus e desfalcou seu setor em um recente plantão de final de semana. Seu colega acabou sobrecarregado.

Nunca é demais lembrar que o ambiente de rádio é bem propício para a disseminação do Covid-19, popularmente conhecido como Coronavírus.

Muitos dos que frequentam a emissora já estão acima dos 75 anos, especialmente um de seus profissionais que é bastante querido grande parte do público.

Essa situação é preocupante. E o homem lá de Brasília tem muita culpa nisso.

Narrador faz desabafo anti-racista após gol de Celsinho, do Londrina

Por Rodney Brocanelli, com informações do portal Ponte.jor

O narrador Gabriel Carriconde, da Rádio Cidade, de Curitiba, fez um desabafo anti-racista na noite da última quarta (1º) durante a transmissão de Londrina 2 x 3 Coritiba, partida válida pela série B do campenato brasileiro de futebol. Pouco depois de Celsinho, jogador do Londrina fez um dos gols de sua equipe, Gabriel desabafou: “Respeita o povo negro deste país. Respeita o cabelo Black Power. Respeita a históra deste povo sofrido que constroi a história desta nação. Respeitem o Celsinho. Respeitem o camisa 10 do Londrina”.

Infelizmente, mais uma vez o atleta foi vitima de uma ofensa racista. Desta vez, na partida contra o Brusque, ocorrida no último dia 28 de agosto. Ele relatou que foi xingado de macaco por alguém ligado ao time adversário. A partida aconteceu na cidade de Brusque (SC). O clube divulgou uma nota, totalmente abominável, acusando o jogador de ser oportunista. Entretanto, o próprio Londrina deu o xeque-mate ao divulgar um vídeo da transmssão de televisão no qual é possível ouvir claramente a ofensa (veja mais aqui).

Não é a primeira vez que Celsinho enfrenta situações desse tipo. Profissionais de rádio lamentávelmente proferiram falas racistas em relação ao jogador em duas ocasiões. Uma delas em Goiânia (veja aqui). A outra aconteceu em Belém (leia aqui). Todos os responsáveis (ou irresponsáveis, por que não?) foram afastados de suas funções.

A manifestação anti-racista de Carriconde é mais do que bem-vinda. E talvez seja a deixa para que outros nomes do microfone possam tomar posição nessa luta. Veja abaixo.

SBT volta a anunciar em rádio, desta vez para divulgar a Uefa Champions League

Por Rodney Brocanelli

Depois de usar o rádio para divulgar as suas transmissões da Copa Libertadores da América, o SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) voltou a usar o veículo para desta vez anunciar que também vai levar aos seus telespectadores as emoções da Uefa Champions League, a maior competição interclubes da Europa.

Téo José é mais uma vez o astro deste comercial, com 30 segundos de duração. Ele é bem diferente do spot sobre a Libertadores usado na semana passada. Este é mais formal, praticamente um comunicado (saiba mais aqui).

Desta vez, para informar sobre a Champions, usou-se um outro tom, mais adequado a um anúncio publicitário. O narrador pede para o ouvinte pegar uma caneta e anotar a data da primeira transmissão, 17 de agosto. Esse recurso lembra a estética de programas populares de rádio e seus testemunhais publicitários. Ouça no player abaixo.

O anúncio já está em alta rotação nos intervalos de emissoras espalhadas pelo país. Mais uma vez, a Rádio Gaúcha faz parte do esquema publicitário, como informa Edu Cesar, do Papo de Bola. Aguardemos pelo comentário de Pedro Ernesto Denardin.

Orlando Drummond começou sua carreira no rádio como contrarregra e radioator

Por Rodney Brocanelli

Morreu nesta terça (27) o ator Orlando Drummond aos 101 anos. Ele morreu em casa, mas desde maio a sua saúde inspirava cuidados. Ele foi internado em um hospital do Rio de Janeiro devido a uma infecção urinária, ficando na unidade semi intensiva. Recebeu alta no mês de junho. Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e enterro.

Conhecido por seu trabalho com dublador e como interprete do icônico Seu Peru, da Escolinha do Professor Raimundo, Orlando Drummond começou sua carreira no rádio, como contrarregra, na Rádio Tupi, em 1942. Por influência de Paulo Gracindo passou a ser radioator a partir de 1946, interpretando personagens de sucesso na época como  Lúcio, o Granfino, Enxolino Sacoso, Takananuka, um japonês e o Taco, um índio que fazia dupla com Pataco, interpretado por Otávio França. Ambos eram conhecidos pelo bordão “Pezinho pra frente, pezinho pra trás”. Eles foram revividos anos depois no extinto Zorra Total, da TV Globo. Nessa nova versão, Paulo Silvino deu vida a Pataco.

Muito provavelmente não devam existir registros de Orlando Drummond no rádio. Vamos relembrar Tato e Pataco no Zorra Total.

Grupo RBS anuncia investimento de R$ 63 milhões em canais de distribuição de rádio e televisão

Até 2024, o Grupo RBS pretende investir R$ 63 milhões na modernização de seus parques tecnológicos de rádio e televisão, em desenvolvimento de produtos e em cultura digital. Parte desses recursos será aplicada ainda em 2021, em um novo ciclo de transformação dos negócios de rádio, que envolve evoluções em produto, tecnologia e posicionamento de marca.

Serão R$ 14 milhões que garantirão a modernização de toda a infraestrutura de rádio, reforçando a crença da empresa no meio, preparando a RBS para adotar novas soluções que surgem para a rádio do futuro, como transmissão em novas plataformas, novos formatos de consumo e segmentação de mídia. Desta forma, a RBS estará mais preparada para integrar suas rádios nos meios digitais às tendências do futuro – como rádio híbrida, rádio com conteúdo de vídeo e mídia programática –, além de facilitar a integração com dispositivos automotivos, assistentes digitais (Alexa, Google home etc.) e internet das coisas (IoT). Além disso, também haverá investimentos em equipamentos para as equipes de conteúdo, garantindo ainda mais mobilidade, leveza e agilidade nas coberturas de jornalismo e de entretenimento, e maior capacidade de produzir materiais on demand, como podcasts para diferentes plataformas, e de criar novas rádios digitais, mantendo a qualidade e a confiabilidade do sinal FM.

Acompanhando esse processo e em linha com a redução do consumo mundial de rádio no AM, a RBS não irá mais transmitir a programação de suas marcas nessa banda a partir do dia 31 de julho. Gaúcha e Farroupilha seguirão presentes no dia a dia dos ouvintes no digital, no FM e em outras plataformas. A decisão segue a evolução no comportamento de consumo de mídia dos gaúchos e leva em conta fatores como a qualidade de áudio e a redução na baixíssima disponibilidade de receptores para AM disponíveis no mercado. O movimento também antecipa a tendência de que o AM deixe de existir no país.

A Gaúcha, já presente no FM, única emissora de news líder no país há 75 meses, seguirá no dial 93.7 (Porto Alegre), 105.7 (Santa Maria), 102.1 (sul do Estado) e 102.7 (Serra), e de forma digital, a partir do site e do aplicativo de GZH, meios que alcançam, hoje, 92,3% do público da marca. Desse índice, 6% dos ouvintes da Gaúcha já acessam o conteúdo via GZH, e a tendência é de um aumento exponencial do consumo de áudio em digital, já que outros devices estão ganhando protagonismo (como smarthphones, tablets, notebooks e smart TVs). Segundo estudo Inside Radio 2020, realizado pela Kantar IBOPE Media, 46% dos ouvintes de rádio entrevistados ouviram serviços de streaming de áudio durante a pandemia e 25% aumentaram esse consumo.

A partir de agosto, a Gaúcha ainda terá um novo posicionamento, reforçando seu papel de marca de jornalismo forte e contundente, palco onde acontecem os principais debates e onde se manifestam as vozes que influenciam o contexto gaúcho. Também haverá novidades na programação.

Assim como a Gaúcha, a Farroupilha seguirá presente na rotina dos ouvintes de forma digital, a partir do player no site do Diário Gaúcho e do aplicativo da marca, disponível de forma gratuita em Android e IOS. Com 85 anos, a Farroupilha é uma marca importante na história do Grupo RBS e do Rio Grande do Sul. Por isso, também sua essência continuada a partir da presença do comunicador símbolo da rádio – Gugu Streit – em novos espaços da RBS. A partir de 2 de agosto, Gugu terá um espaço na rádio 92, das 5h às 8h, de segunda a sábado, no programa Bom Dia 92. Além disso, passará a participar do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV. O comunicador também levará conteúdos especiais para o Spotify, onde comandará um podcast, e segue assinando sua coluna no Diário Gaúcho.

Investimento em TV será de R$ 49 milhões

Na RBS TV essa atualização já começou. Em 2019, a empresa iniciou a atualização de equipamentos de operação e transmissão, possibilitando avanços na produção de conteúdo em todo o Rio Grande do Sul. A iniciativa permitiu um novo jeito de fazer jornalismo, mais dinâmico, ágil e flexível. O novo modelo está, agora, na etapa de digitalização de processos, com instalação de tecnologias que oportunizam aumento na qualidade das entregas, mas novidades ainda estão por vir. Ao todo, serão investidos R$ 49 milhões em quatro anos.

– Em breve, o consumidor perceberá os avanços significativos de qualidade, e os clientes terão uma gama de novas oportunidades de relacionamento com o público. Somos uma empresa de conteúdo, de jornalismo, esporte e entretenimento, e a tecnologia é o suporte para toda essa produção. Ou seja, trata-se de uma evolução na qual a tecnologia passa a estar relacionada com todas as áreas da empresa, buscando mais inteligência e competitividade. O futuro já chegou – ressalta o presidente da RBS, Claudio Toigo Filho. 

Os investimentos permitirão à RBS participar do avanço pós-TV digital HD, adotando tecnologias que facilitem personalização de conteúdo, alta qualidade e expansão de negócios – as TVs 2.5 e 3.0. A atualização possibilitará que funcionalidades características da televisão se integrem a recursos interativos digitais, como dispositivos de segunda tela, 5G, vídeo on demand, publicidade direcionada, antena interna e melhoria da qualidade de áudio e vídeo pela internet. Com a evolução dos aparelhos de televisão (smart TVs), incluindo ampla conectividade com internet, capacidade de resolução 4k e outras vantagens, a empresa tem se aprofundado nas tendências mundiais de desenvolvimento e investido sistematicamente na atualização de infraestrutura e equipamentos de operação e transmissão.

APCA divulga vencedores da categoria rádio em 2020

Em um ano marcado pela pandemia, em que a produção artística sofreu grande impacto por conta do isolamento social, o “rádio” continuou sendo um importante veículo de informação, prestação de serviço, e entretenimento. Assim, seguindo orientação da diretoria da Associação Paulista de Críticos de Arte, que limitou a três vencedores em cada categoria, os críticos de Rádio da APCA decidiram por realizar uma premiação diferente, contemplando os segmentos: valorização do rádio, profissional do ano e podcast (veja os indicados neste link).

Eis os vencedores:

Valorização do Rádio:

· Luiz Fernando Magliocca, que esteve ligado a momentos importantes do rádio desde os anos 70. Em 2020, o radialista realizou lives temáticas para reunir importantes nomes do meio e, entre as séries que produziu merecem destaque as destinadas a contar as histórias das emissoras DifusoraJet Music e Excelsior (Máquina do Som).



Profissional do Ano:

· José Eduardo Piedade Catalano – mais antigo radialista profissional na ativa, que comemorou 72 anos de trabalho, na apresentação de programas na Rádio Difusora de Santa Cruz do Rio Pardo/SP.



Podcast:

· Atenção, Silêncio no Ar

Criação, produção e apresentação do radialista César Rosa. Em pauta, a história do rádio FM paulistano. Os episódios são divididos em capítulos e baseados e livro homônimo a ser lançado em breve.

A entrega dos prêmios deverá ser definida em breve.


Votaram: Fausto Silva Neto, Marcelo Abud, Marco Antônio Ribeiro, e Maria Fernanda Teixeira.

 

O rádio na noite de terror em Criciúma

Por Edu Cesar, do Papo de Bola

O começo desta terça foi horrível no sul de Santa Catarina, já que um bando de criminosos armados até os dentes assaltou o Banco do Brasil e intimidou a cidade inteira, posicionando-se em diferentes bairros e atirando até não poder mais. Vídeos apavorantes dominaram especialmente o Twitter e muitos foram os relatos extremamente tensos. E o rádio não ficou de fora disso, especialmente o esportivo, já que profissionais dele se envolveram nisso.

A intimidação foi tamanha que nem as emissoras de rádio criciumenses puderam prestar serviço e informar a população. A Eldorado é uma que sofreu diretamente com isso. Há mais de 15 anos acompanho Dante Bragatto Netto narrando jogos do Criciúma, inclusive sábado passado ele veio a Porto Alegre fazer a partida diante do São José no Passo D’Areia. Nunca imaginei que escutaria ele falando para cá por causa de algo agoniante como o que ocorreu nesta terça, quando terminava o programa “Companhia da Noite” e ele e o sonoplasta perceberam tiros próximos à sede da estação. A retransmissão da madrugada da BandNews FM foi cortada para que informações sobre o estado máximo de tensão fossem passadas. Porém, depois da 1h precisaram terminar tudo e sair do ar pois bandidos que estavam no ataque ameaçaram eles, que tiveram de se esconder numa parte superior do prédio da rádio.

O relato tenso demais do Dante foi dado na manhã desta terça ao “Timeline”, apresentado por Kelly Matos e David Coimbra na Rádio Gaúcha. Esta, aliás, em boa parte da madrugada foi basicamente a única fonte de informação ao vivo no dial brasileiro sobre o que acontecia em Criciúma. Ouvintes do “Esporte & Cia.” mandaram relatos perto da 1h sobre o que estava acontecendo e o apresentador Rafael Colling não teve dúvida: derrubou a pauta futebolística ainda durante um debate com os colegas Luciano Périco, Marcelo de Bona e Marcos Bertoncello. O jornalismo foi constante nas horas seguintes em vigoroso trabalho do Colling, da equipe técnica e dos produtores Gustavo Gossen e Karine Dalla Valle. Entrevistados foram colocados diretamente de Criciúma, como o ex-jogador colorado Valdomiro (durante a fala dele várias vezes se escutavam tiros perto de onde reside) e até o prefeito Clésio Salvaro.

Outro profissional esportivo envolvido no trabalho horas depois do estado de terror passar foi Janniter de Cordes, narrador da CBN/Diário de Florianópolis, que tem familiares em Criciúma e dirigiu-se para lá depois das 4h para cobrir as consequências de tudo que aconteceu. Também destaco um relato do Mário Lima, narrador da Som Maior FM, que disse no Facebook que o entorno do prédio onde mora pareceu a Faixa de Gaza em outros tempos, com armas de grosso calibre sendo disparadas o tempo todo durante mais de duas horas e um clima de guerra criado por encapuzados com roupas de combate em todas as ruas centrais enquanto ocorria o assalto. Cara… Até isso 2020 está nos proporcionando. Felizmente sem vítimas, ao menos isso. Mas e o terror psicológico?

O rádio se faz presente no dia-a-dia das pessoas, é verdade. E onde estão os anunciantes?

Por Rodney Brocanelli

Flavio Ricco, colunista do portal R7, trouxe neste último domingo (11) importantes informações sobre a presença do rádio na vida das pessoas. Em resumo, ele cita um estudo do Kantar Ibope Media sobre consumo de rádio. A pesquisa realizada entre os meses de abril e junho conclui que “78% da população em 13 regiões metropolitanas, ouvem rádio. Três a cada cinco pessoas escutam todos os dias, e cada uma, em média, 4h41”.

Além dos dados, Ricco destaca a transformação do meio rádio ao longo destes últimos anos “o fato é que pela sua versatilidade, o conteúdo em áudio tem, agora, várias formas de disseminação. O rádio, por exemplo, está presente há quase 100 anos no dia a dia dos brasileiros e não dá sinais de perder sua força e relevância. Acompanha a evolução”.

Outro ponto sobre o qual o jornalista se debruça é a capacidade do veículo ajudar em iniciativas educacionais, além de expandir a fronteira do aparelho de rádio: “ao longo de 2020, inclusive, o meio também se adaptou e se inseriu em um novo contexto, devido à pandemia. Marcou presença nas chamadas lives, diversificou a programação, foi parceiro de prefeituras e governos, transmitindo, ao vivo, parte do currículo escolar para que estudantes não perdessem o ano letivo. Indiscutível a sua relevância”.

Nada a opor aos fatos e argumentos apresentados no texto. No entanto, deixo aqui um outro aspecto para análise geral com base em uma pergunta: onde estão os grandes anunciantes que não enxergam todas essas vantagens do rádio?

Desde antes da pandemia, nota-se a ausência dos anunciantes de peso no rádio: grandes bancos, grandes fabricantes de eletroeletrônicos, grandes empresas alimentícias, etc.

Em entrevista recente ao perfil da Uninarra (Universdade dos Narradores) no YouTube, o narrador José Silvério, reparou nisto também. Falando sobre o seu universo, o do rádio esportivo, ele disse que a usual prática de se transmitir os jogos de futebol dos estúdios, e não dos estádios, afugentou os grandes patrocinadores. No lugar deles, entram outros, que não podem pagar o que os de maior porte pagavam. “Isso significa que o rádio não está faturando nada”, disse (veja mais aqui).

Vale destacar que o caso das jornadas esportivas é muito particular, mas os grandes anunciantes fugiram de outros espaços também, incluindo aí os jornalísticos.

Outro exemplo: uma grande emissora de rádio lançou um importante programa de entrevistas com transmissão simultânea no rádio e em outras plataformas populares da Internet, como Facebook e no YouTube. Com poucas semanas de vida, já levou ao ar a palavra de importantes nomes da política nacional e jornalistas com grande bagagem para sabatiná-los. Entretanto, durante os intervalos, apenas chamadas institucionais. E olha que o alcance de público não foi pequeno, como é possível aferir pelo número de vizualizações na Internet.

No rádio popular a situação não é muito diferente. A emissora de um importante comunicador e empresário, recém-lançada em São Paulo, tem como principal anunciante uma marca de café a qual ele empresta um de seus bordões.

Além desses, existem outros exemplos. O rádio tem feito a sua parte e tem se inserido mais na vida das pessoas. Entretanto, para que o veículo possa dar sequência a isso, ele precisa do retorno do mercado publicitário. É perfeitamente compreensível que neste momento de pandemia, exista receio de se investir.

É sabido que existe um preconceito histórico das agências de publicidade com o rádio. Vários de seus departamentos, especialmente o de criação, preferem mais criar peças ou campanhas para outros veículos. Algo que não deixa de ser estranho, uma vez que é muito mais barato bolar anúncios específicos para o rádio que para meios, digamos visuais. E para as rádios que veiculam parte de suas programações em vídeo, basta usar o mesmo vídeo usado na tevê/cinema/YouTube.

Espera-se que no período pós-pandemia as coisas mudem, deixando de lado preconceitos relacionados à veiculação de campanhas no meio. O rádio agradece.

Leia no link abaixo, o texto de Flavio Ricco

https://entretenimento.r7.com/prisma/flavio-ricco/o-radio-sempre-se-fara-presente-no-nosso-dia-a-dia-11102020