Por Rodney Brocanelli
Nesta semana, a Conmebol reiterou a proibição para as “lives” (ou transmissões) de futebol das emissoras de rádios nas redes sociais. Explicando: para garantir presença em sites como o Facebook e sites como o YouTube, muitas estações de rádio adotaram o recurso de colocar o áudio das narrações nestes espaços, com a imagem dos profissionais que transmitem os mais importantes jogos de futebol. Como as rádio não detêm os diretos de imagem da bola rolando, elas instalam suas câmeras nas respectivas cabines, mas viram suas câmeras para narrador e repórter. Mesmo assim, a entidade máxima do futebol sul-americano está com uma fiscalização bem rígida e notificando as rádios para que elas tirem essas “lives” do ar, caso tenham imagens em movimento. A saída é colocar apenas uma arte, com o logo da emissora e os distintivos da equipe. Assim pode, segundo a Conmebol.
As reações a essa determinação já começaram a acontecer. A Rádio Jovem Pan, de São Paulo, durante a edição do Esporte em Discussão do último dia 31 de julho, dedicou quase nove minutos ao assunto. Wanderley Nogueira leu um editorial (veja abaixo) informando aos ouvintes que estranharam o corte abrupto na tranmissão de Palmeiras x Godoy Cruz, na última terça-feira (30). “Determinação lamentável”, disse ele. “Não estávamos mostrando o campo, e muito menos o jogo, evidentemente. A Jovem Pan mostrava pelo seu canal a emoção de uma narração de futebol. A expressão nos comentários, do Mauro Beting, por exemplo. A explosão do gol do Nilson Cesar(….). Mais uma atração, diferente. E a Conmebol, insensível, impediu isso”.
A Aceg (Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos) emitiu uma nota no mesmo dia 30 de julho, informando as limitações impostas pela Conmebol, com uma advertência: “O descumprimento da norma pode acarretar em sanções tanto para o veículos, como para o cronista esportivo”. Até o momento em que publicamos esta nota, a Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) não havia soltado qualquer tipo de comunicado sobre o tema.
Pouco depois, a Rádio Inferno, emissora ligada a profissionais que torcem pelo Internacional, de Porto Alegre, publicou uma nota oficial informando sobre o veto da Conmebol. “É inconcebível que, em pleno 2019, a Conmebol esteja restringindo a veiculação de jornadas esportivas que exibem os comunicadores em plataformas digitais. Entendemos e respeitamos a decisão de não veicular imagens de jogo por compreendermos que sim, é direito restrito aos veículos que compram dada concessão acerca da partida e da competição. No entanto, nos indigna que essa arbitrariedade venha a tolir nosso (e de demais colegas) o direito de veiculação da imagem dos comunicadores, uma vez que não somos integrantes da competição, mas sim instrumentos jornalísticos que estão atuando na cobertura do evento, além de, este fato, consistir, segundo nosso entendimento em nossa própria imagem, ou seja sobre o que a instituição não detém direitos ou monetização, muito menos interesses capitais”, diz um trecho (leia a íntegra aqui).
Essa atitude da Conmebol é apenas uma prévia do que poderá vir por aí. Na sexta retrasada (26), o repórter Cristiano Silva, da Rádio Guaíba, informou dentro do programa Ganhando o Jogo, que a entidade poderá cobrar direitos das rádios para a transmissão das partidas tanto da Libertadores, como da Sul-americana (saiba mais aqui).
Essa entidade ridícula denominada Conmebol, só pode estar de brincadeira com o Rádio esportivo sul-americano. Sem Radialismo, sem futebol! Ninguém merece ficar ouvindo aquelas lamúrias de TV
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