Watergate do rádio gaúcho termina com muitas perguntas e pouca esperança de respostas

Por Rodney Brocanelli

Na semana que passou, o Grupo RBS anunciou o desligamento de Arthur Gubert e Luciano Costa. Os profissionais estavam afastados de suas funções no grupo desde a divulgação de uma gravação digital, com cerca de 15 minutos, em que a dupla conversa a respeito de colegas e processos internos da empresa (saiba mais aqui). O tom é de descontentamento, acusações e (algumas) sugestões de melhoria.

A comparação com o célebre caso Watergate não é  descabida, uma vez que seu desenlace se deu depois do surgimento de gravações que praticamente incriminaram o então presidente Richard Nixon na invasão do escritório do Partido Democrata.

O desfecho anunciado pelo Grupo RBS não encerra o caso de uma vez. Muitas perguntas ficaram no ar.  Eis algumas delas, a seguir.

1) Em qual ambiente foi gravado esse áudio? Dentro ou fora do ambiente corporativo?

2) Caso a gravação tenha ocorrido em ambiente corporativo, quem foi o responsável por ela? E mais: caso a resposta seja afirmativa, quem se sentirá seguro dentro dele a partir de agora para expor suas angústias e visões a respeito do ambiente de trabalho e respectivos processos?

3) A gravação foi feita por algumas das pessoas envolvidas na conversa? Em caso afirmativo, como se deu o vazamento? Foi de forma proposital? Aconteceu por engano? Algum hacker atuou para que a conversa se tornasse pública?

Não existe uma esperança imediata de que apareçam respostas. Mesmo assim, os questionamentos merecem ficar registrados.

gravador

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