Por Rodney Brocanelli
O podcast (ou mesacast, como queiram) De Lavada trouxe em sua edição desta segunda (22) o narrador esportivo José Silvério. Em pouco mais de duas horas de programa, Silvério mostrou desta vez facetas pouco conhecidas de sua personalidade: muito mais descontraída, informal, apresentado uma elevada autoestima e desbocada até. Méritos de João Paulo Capellanes e Vinicius Bueno, que conseguiram incoporar o espírito das entrevistas da imprensa alternativa dos anos 1960. O resultdo é antológico.
Logo no começo, houve até uma certa inversão de papeis, com Silvério quase entrevistando os entrevistadores bem na hora dos merchans. Depois, passou a falar de aspectos pessoais e profissionais. Algo que se pode notar é que o fato de ser um filho de mãe solteira (algo sobre o qual já falou publicamente em outras ocasiões) é algo ainda mexe muito com ele. Volta e meia, o narrador tocava nesse assunto.
Ainda no campo pessoal, ele falou sobre a viuvez, o luto e sobre o fato de ter encontrado uma nova companheira. “Eu fiz tudo o que podia fazer”, disse referindo-se ao tratamento de saúde que sua ex-mulher, Sebastiana, enfrentou. “Aí ficou a imagem do cara que casou (sic) e já casou de novo. E não é nada disso”, complementou.
Ficou clara a mágoa que Silvério tem de algumas chefias da Rádio Bandeirantes, emissora da qual foi dispensado em abril de 2020. ” A Bandeirantes é falsa. A Bandeirantes é cheia de picareta. E os donos nunca viram isso. Tanto é verdade. que até as irmãs brigam com os irmãos por causa da Bandeirantes. A Bandeiantes se quisesse ter um pouco assim de coisa honesta, seria a maior empresa de comunicação do Brasil (…) Uma rádio é do Johnny (Saad). A outra rádio é da Bandeirantes. Aí já tem aqueles caras novos, que eu não tenho a mínima ideia de quem sejam e porque estão lá”, afirmou de forma contundente.
Silvério aproveitou para contar a sua visão sobre a breve passagem pela Rádio Capital. “Eu botei a Rádio Capital em primeiro lugar”, falou. Conforme ele, o projeto comandado por Olivério Jr. terminou por inveja. “O dono da Rádio Capital, que é meu amigo, que eu conhecia há muito tempo, dono da Vitassay (sic) , cheio de dinheiro, quis assumir o futebol. ‘Aqui a rádio é minha, quem nada sou eu’. Sabe aquela expressão ‘quem manda sou eu’? A gente é pobre, as pessoas aproveitam”, afirmou.
Uma curiosidade: em resposta (breve) a este blog, Silvério falou que não costuma acompanhar a Internet, nem o que é dito e escrito a seu respeito.
Veja a íntegra da entrevista abaixo e aproveite para ouvir Silvério sem filtro, dizendo até palavras que os ouvintes e admiradores não estão acostumados a ouvir.

Boa noite. Cadê o link da entrevista toda? Neste só tem 2 minutos. Não form pouco mais de 2 horas? 😦
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