João Carlos Albuquerque, conhecido do grande público pelo seu trabalho como apresentador nos canais ESPN, praticamente salvou o jornalista Ferreira Netto de ser preso pelos militares na Copa do Mundo de 1978, sediada na Argentina. João Canalha, como é carinhosamente chamado pelo público e amigos, contou essa história em entrevista ao Music Thunder Vision, podcast comandado por Luiz Thunderbird, músico e ex-VJ da MTV.
Ferreira e João Carlos estavam trabalhando juntos na cobertura daquele mundial pela mesma emissora, a Rádio Capital. Na época, ela era dirigida por Hélio Ribeiro. A Capital contava com nomes importantes do rádio esportivo da época: Jota Junior (não o narrador que recentemente deixou o Sportv, mas um profissional que teve muito destaque nas cidades de Belo Horizonte e Goiânia), Alfredo Orlando (ex-Tupi, de São Paulo), Ávila Machado, Marco Antônio Mattos (que se notabilizou por narrar vôlei na TV Bandeirantes), entre outros.
A Capital ainda contava com Dulcídio Wandeley Boschila, na época árbitro de futebol, que atuou como o “juíz do juíz”. Na época, o termo “comentarista de arbitragem” não estava popularizado, algo que aconteceu a partir do final dos anos 1980. Outro nome de destaque era o de Edson Leite, narrador histórico da Rádio Bandeirantes. Neste mundial, ele atuou como analista. Ferreira fora contratado para fazer uma cobertura extra-campo, um repórter especial.
A seleção brasileira de futebol estava às vésperas de enfrentar a seleção da argentina na cidade de Rosário. Aquela partida ficou conhecida depois como a “Batalha de Rosário”. Parte da equipe da emissora paulistana fez o deslocamento de trem, devido às más condições de tempo: João, Ferreira e o saudoso operador Laureci Calheiros.
Devidamente instalados na cidade, João ficou no hotel reservado pela emissora, enquanto Ferreira Neto e Laureci foram para o local onde estava hospedada a delegação do Brasil. O esquema da Capital previa boletins ao vivo a cada 15 minutos (coisas de Hélio Ribeiro).
Tudo pronto, o boletim entrou no ar, comandado por João. Ele chamou Ferreira, que começou a falar até a comunicação ser interrompida. O apresentador assume novamente, lê algumas notas e encerra a transmissão.
Pouco depois, Laureci contata João e revela o que houve. Um coronel do Exército argentino havia proibido (sabe-se lá com qual autoridade) transmissões ao vivo, por um pedido da própria seleção brasileira. Tentou-se então uma alternativa. O gerente do hotel liberou o uso de um telefone de seu escritório. Novamente a transmissão é interrompida.
Conforme o relato de João ao podcast, ele ficou sabendo depois, por Laureci, que o tal coronel entrou na sala e arrancou o fio de telefone da parede e jogou o aparelho em um canto da sala. Ferreira Netto não se conteve e partiu para a briga com o militar.
Outros dois soldados foram chamados para prender Ferreira. Mais confusão. A essa altura, os jornalistas brasileiros entraram em cena agindo como a famosa “turma do deixa-disso”. Flavio Adauto, que também estava no hotel, conseguiu falar com o colega, alertando-o para o fato de que estavam sob a ditadura militar da Argentina. “Os caras vão sumir com você”, disse.
Laureci e Ferreria conseguiram deixar o local e foram para o hotel em que estavam hospedados. Quando chegaram, João estava no ar com mais um boletim. Ferreira, transtornado, quase sem ar, toma o microfone e começa a protestar: “Eu sabia. Eu sabia que eles iam mostrar a cara, a qualquer momento. A máscara ia cair. Queriam me levar para o esquisito! Caiu a máscara da ditadura argentina”. Esse esquisito pode ser um local de tortura.
João pegou o microfone de volta, encerrou o boletim e tomou uma decisão. Pediu que a dupla ficasse no quarto, enquanto descia até o saguão do hotel. Chegando lá, ele encontrou Fernando Solera, então narrador da TV Bandeirantes, discutindo com as funcionárias do hotel por causa de problemas nas reservas. Dois brucutus (segundo o relato) e queriam levar Solera. Mais confusão.
O apresentador então deixou o hotel, pegou um táxi e pediu para ir até o consulado do Brasil na cidade. Chegando lá, (era um sobrado) subiu uma escada, viu uma secretária e pediu para encontrar com o cônsul . Não houve tempo para uma conversa no local. Ambos foram diretamente para o hotel e o caso foi explicado pelo caminho.
Na chegada, João e o cônsul (cujo nome não foi revelado) foram abordados por duas pessoas de terno, que se identificaram como policiais federais e com ordem para não deixar ninguém de fora entrar, uma vez que eles eram responsáveis pela segurança.
Na base da conversa, tudo foi se explicando. Ferreira e Laureci foram orientados a descer do quarto, até porque o cônsul estava lá para amortecer o impacto dos acontecimentos daquele dia. O jornalista conversou com os federais. João não chegou a contar o desfecho em que ele teve uma participação decisiva, mas subentende-se que tudo terminou sem consequências para os principais envolvidos.
Ferreira Netto ficou conhecido por apresentar programas de debates políticos nos finais de noite na televisão. Teve passagens pela Tupi, Record, SBT, Bandeirantes, Gazeta, Manchete e CNT. Em rádio, esteve nas rádios Excelsior, Gazeta e Trianon. Chegou a ser candidato ao Senado, por São Paulo, nas eleições de 1990, pelo PRN, então partido do ex-presidente Fernando Collor de Melo. Perdeu a vaga para Eduardo Suplicy, do PT. Morreu em 2002, aos 63 anos.
Laureci Calheiros foi técnico de externa em diversas emissora de rádio em São Paulo. Nos últimos anos de sua vida, prestou serviços para a Rádio Transamérica. Morreu em 2019, com 74 anos.
Veja abaixo o depoimento de João Carlos Albuquerque.
Faltando uma semana para o começo da Copa de 2022, como não há perspectivas de mudanças aos 45 minutos do segundo tempo, podemos dizer que infelizmente José Silvério não vai participar desta cobertura como narrador. Seria a décima-segunda, em uma tradição iniciada na Copa da Argentina, em 1978. Em todas essas ocasiões, Silvério foi protagonista, narrando pelas rádios Jovem Pan e Bandeirantes. Mais que um lamento, vamos relembrar nesta postagem a bela história escrita por um dos principais narradores brasileiros na maior competição do futebol de seleções, destacando a sua participação nas finais.
1978/Argentina – Foi a primeira Copa de Silvério pela Rádio Jovem Pan, na Argentina. Em outubro de 1977, ele substituiu Osmar Santos, que havia se transferido pela Rádio Globo. Seu prestígio na emissora era tamanho, que ele foi escalado pelo Seu Tuta para fazer a decisão do terceiro lugar, envolvendo Brasil x Itália e a grande final, entre os donos da casa e a Holanda. O que ninguém imaginava é que uma úlcera fosse atrapalhar a transmissão. “Eu narrei a final sangrando, literalmente”, disse. Infelizmente, a Pan não tem o registro da narração de Silvério para a final de 78, cujo placar foi 3 a 1 para a Argentina. Deixamos aqui um depoimento que ele deu ao programa Sofá Bandeirantes.
1982/Espanha – Era uma final em que o Brasil deveria estar. Pelo menos essa era a expectativa de quase 120 milhões e outros milhares de admiradores do futebol. A seleção comandada por Telê Santana, apesar de alguns defeitos, encantou a todos. Só não estava no script a eliminação na partida contra Itália. Bastava apenas um empate, mas o talento de Paolo Rossi e a disciplina tática dos outros jogadores da Azzurra acabaram com o sonho brasileiro. Depois de eliminar a Polôna na semifinal, os italianos se classificaram para a grande final com a Alemanha. Silvério esteve lá pela Jovem Pan e sem incidentes. Placar final: 3 a 1 Itália. Ouça abaixo.
1986/México – Telê Santana novamente comandou a seleção brasileira, com remanescentes da Copa anterior e uma nova geração que surgiu neste período de quatro anos. O começo da campanha não empolgou muito, mas o Brasil avançou para a fase de mata-mata, que voltou a ser implantada após uma pausa em 1974. Nas quartas-de-final, a seleção brasileira foi eliminada nos pênaltis pela seleção francesa. Enquanto isso, um personagem emergia: Maradona. Com gol de mão, gol de placa e uma técnica acima da média, ele colocou a Argentina na final. Por outro lado, a Alemanha também chegou para a disputa do título, repetindo 1982. Placar final: Argentina 3 a 2. Ouça abaixo.
1990/Itália – A Copa marcada pelo início da Era Dunga. Sob o comando de Sebastião Lazzaroni, a seleção brasileira apresentou um futebol que não despertou suspiros. Para piorar, houve problemas com dinheiro de patrocinador, o que fez com que os jogadores convocados não contassem com muita simpatia, sendo considerados mercenários. Mais uma vez quem brilhou foi Maradona. Na partida eliminatória da Argentina contra o Brasil, mesmo cercado por três jogadores, o camisa 10 argentino conseguiu dar um passe para Caniggia fazer o gol da classificação. Os argentinos ainda desclassificaram os donos da casa e chegaram à final. Do outro lado, adivinhem, a Alemanha. Depois de dois revezes, havia chegado a hora dos alemães ficarem com o título. Placar final: 1 a 0. Ouça abaixo.
1994/EUA – Temos aqui a sequência da Era Dunga, com remanescentes da copa anterior. Apesar da desconfiança que surgiu no período das eliminatórias, a seleção brasileira foi crescendo na hora certa (e vale o clichê aqui). Carlos Alberto Parreira talvez tenha feito o seu melhor trabalho como técnico. Romário foi um dos destaques. Outro foi justamente Dunga, execrado após o fracasso na Itália. E por falar no país da Bota (sdds. Silvio Lancellotti), a seleção brasileira enfrentou a seleção italiana na grande final. Uma repetição da decisão de 1970. Silvério estava lá. Pena que o jogo em si não tenha sido a altura de tanta tradição e de tanta coisa envolvida. Mesmo assim, não deixou de ser um marco histórico para o narrador. Ouça abaixo a decisão por tiros livres da marca do pênalti,
1998/França – O período de antecedeu esta Copa foi marcado pela ascensão de Ronaldo. Jogando no futebol europeu, ele se transformou em fenômeno com seus gols impressionantes. Isso fez com que ele se transformasse em uma referência para a seleção brasileira. O time treinado por Zagallo tinha atletas das duas campanhas anteriores e jogadores que já mereciam estar no elenco de 1994. A campanha em si teve altos e baixos, com uma derrota para a Noruega na fase de grupos. Parecia que faltava alguma coisa na seleção brasileira. Mas isso não impediu a chegada em sua segunda final seguida. O adversário era a dona da casa, que tinha uma seleção bem montada. Além da derrota do Brasil para a França, ficou marcado todo o bastidor envolvendo Ronaldo, que passara mal horas antes da final. Até hoje ninguém tem uma explicação definitiva para o que aconteceu. Zidane, que não teve nada a ver com isso, fez dois gols de cabeça. Placar final: 3 a 0. Ouça abaixo.
2002 Coreia-Japão – Mais uma vez a seleção brasileira vive quatro anos de trancos e barrancos. Wanderley Luxemburgo, que começou o ciclo, não permaneceu e foi sucedido por mais dois profissionais (Candinho por um jogo só e Émerson Leão) até a chegada de Luiz Felipe Scolari. Enquanto isso, Ronaldo enfrentava seus problemas. Uma lesão patelar deixou em dúvida até mesmo a sua continuidade no futebol. No entanto, ele se recuperou a tempo e as coisas deram certo na hora certa. De contestado, ele passou à heroi. O Brasil cresceu na competição (olha aí o clichê de novo) e chegou à final sem ser derrotado ou empatar alguma partida. O oponente seria a Alemanha. José Silvério acabara de passar por uma mudança radical em sua carreira. Aproximadamente dois anos antes, ele trocou a Jovem Pan pela concorrente Rádio Bandeirantes. Mal sabia ele que havia feito uma boa escolha. A Pan decidiu não transmitir aquele mundial e fazer uma cobertura alternativa. Silvério esteve presente em todos os jogos do Brasil e pode enfileirar uma série de narrações inesquecíveis diretmanete dos estádios. Placar final: 2 a 0. Ouça abaixo.
2006 – Alemanha – Essa aqui foi a Copa do oba oba para a seleção brasileira. Muitos craques, mas pouquíssimo foco, em especial no período de treinamento. Havia uma nova geração pedindo passagem, mas o que fazer com os craques que vinham dando tão certo nos anos anteriores? Carlos Alberto Parreira não conseguiu solucionar essa questão e o Brasil caiu ainda nas oitavas para a França em uma noite inspiradíssima de Zidane. Silvério fez a sua segunda Copa pela Bandeirantes e ele começava a viver um drama pessoal, com a doença de sua primeira esposa, Sebastiana de Andrade. No ano anterior, o Grupo Bandeirantes colocava no ar a Band News FM, emissora com 24 horas de notícias. A caçula entrou em rede com a Bandeirantes e com isso, as irradiações de Silvério foram mais longe, com outras emissoras que compunham a rede. Itália e França disputaram a grande final, que passou à história não pelo título (mais um) da Azzurra, mas pela cabeçada de Zidane em Materazzi.
2010 – África do Sul – Depois da bagunça, a quase ditadura. A CBF resolveu inovar e alçou ao comando da seleção brasileira o ex-jogador Dunga. A ideia até que era interessante, mas o temperamento do agora treinador não ajudou em nada. Apesar dos títulos na Copa América e da Copa das Confederações, a campanha no Mundial não mostrou qualquer brilho. Para piorar, a indisposição de Dunga com parte da imprensa serviu para que ele angariasse ainda mais antipatia. O Brasil caiu nas quartas com a derrota para a Holanda, que chegaria a final 32 anos após ser batida pela Argentina, em 1978. Do outro lado estava a sensação Espanha. Os espanhóis venceram na prorrogação. Mais uma vez a parceria com a Band News foi repetida. Aquela foi uma Copa fria, não pelos jogos em si, mas pelo fato de seu período de competição coincidir com uma fase de baixíssimas temperaturas naquele país. Isso não afetou Silvério que esteve presente na decisão. Placar final: 1 a 0. Ouça abaixo.
2014/Brasil – Sediar uma Copa do Mundo quase virou um pesadelo para o país do futebol. Um ano antes, às vésperas da Copa das Confederações, protestos começaram a pipocar por diversas partes. A Fifa ficou preocupada por muito pouco o torneio não aconteceu em outro lugar. A seleção brasileira chegou a esta competição sob comando duplo: Luiz Felipe Scolari como treinador e Carlos Alberto Parreira como coordenador. Eles chegaram para substituir Mano Menezes, que fizera um trabalho irregular. À medida em que os jogos aconteciam, a tensão aumentava entre os jogadores brasileiros. Não por fatores externos, mas porque, conforme o jornalista Paulo Vinícius Coelho, ninguém queria cometer erros que pudessem tirar a seleção dos trilhos. Isso ficou mais visível na partida contra o Chile, na qual a classificação só veio na disputa dos tiros livres. Para piorar as coisas, uma grave contusão afastou Neymar na parida das oitavas contra a Colômbia. Não foi uma Copa fácil para Silvério. Durante a transmissão da partida contra Colômbia, ele ficou sem voz e teve de dar lugar a Ulisses Costa. E depois, já recuperado, ele irradiou a derrota para a Alemanha na semifinal pelo placar de 7 a 1, talvez o maior desastre brasileiro na história das Copas. Na outra perna, a Argentina, de Messi, foi tirando de cena os oponentes para chegar à grande final no Maracanã. Quem brilhou foi um jovem atleta, Mario Götze, que fez o gol solitário daquela partida. Placar final: 1 a 0. Ouça abaixo.
2018/Rússia – Mais uma mudança no comando técnico. Dunga era trazido de volta pela CBF. Se em 2010 era uma inovação, o ato foi conservador, desta vez. Mas infelizmente, a jogada não deu certo. O futebol apresentado era paupérrimo, especialmente nas eliminatórias, apesar da continuidade do protagonismo de Neymar. Houve uma mudança de rumo e Tite veio para ajustar as coisas. Se o Brasil deu esperança aos torcedores durante o período pré-Copa, na competição em si novamente o futebol, mais uma vez, não empolgou. Alguns jogadores renderem aquém do esperado. Neymar ficou marcado por suas simulações espalhafatosas, que foram ridicularizadas nas redes sociais. Enquanto Brasil ficava pelo caminho, a França, de Mbappé, e a Croácia, de Modric, chegavam à decisão. Era a décima-primeira Copa de José Silvério, um recorde pessoal. Diferente das outras, a partida final foi empolgante, com seis gols. Os frances conquistaram seu segundo título. Pouco depois do apito final, emocionado, ele disse “cumpri”. Antes de passar o comando da jornada para Milton Neves, ele complementou: “são onze Copas do Mundo transmitidas na final do estádio. Um marco. Obrigado, você ajudou muito. Tchau”. Placar final: 4 a 2. Ouça abaixo.
Dois anos depois, durante a pandemia, a Rádio Bandeirantes resolveu antecipar o fim de contrato com o locutor. Ele até ensaiou um retorno ao rádio, pela Capital, mas o projeto não durou muito, infelizmente. Em entrevistas recentes, ele tem deixado claro que se aposentou. Uma pena que sem fazer ao menos mais uma Copa. Condições para isso existiam, como ele demonstrou. Perde o rádio.
Tite diz que enfrentar a Argentina na última data disponível antes da Copa do Mundo traz prejuízo grande para o Brasil. A FIFA determinou que os times devem entrar em campo no mês de setembro para tornar válida a 6ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Nesta terça-feira (28), em entrevista exclusiva aos apresentadores do Alinne Fanelli, Bruno Camarão e Fábio França, da BandNews FM, o treinador da Seleção Brasileira afirmou que esse confronto ainda é uma incógnita e que não há nenhum benefício ao disputá-lo. “É um jogo a 61 dias do início Copa do Mundo, correndo risco de ter um atleta expulso ou que tome um cartão e fique fora da estreia. Traz um prejuízo bastante grande e considerável nesse aspecto”, afirmou o técnico.
Até por essa indefinição, o comandante do Brasil não confirmou que o clássico será na Neo Química Arena como o original de setembro de 2021 – a comissão técnica, aliás, não previa ter que voltar ao país antes da Copa.
Tite também comentou sobre a importância da formação e evolução de um jogador na Seleção, citando o exemplo do volante Danilo, do Palmeiras, convocado pela primeira vez em junho e que não entrou em campo. “O atleta chega e precisa da naturalidade dos movimentos, porque é diferente de jogar em um clube, e precisa de um período de adaptação. Quando o Danilo veio, nós falamos com ele da função, o César [Sampaio, auxiliar] mostrou o trabalho em vídeos, os movimentos defensivos dentro do conceito, conversamos, ouvimos. Então, é preciso um período de desenvolvimento, de formação. O Alisson [goleiro] não chegou pronto, por exemplo”, explicou.
Segundo o auxiliar Cléber Xavier, que também participou da entrevista, a Itália deve ser o local de preparação do Brasil antes da Copa, com apresentação dos jogadores no dia 14 de novembro e viagem a Doha no fim do dia 18 ou no próprio dia 19, data limite para a chegada da delegação brasileira. Ele ainda pontuou que o time segue para o Mundial de 2022 com uma experiência maior da comissão técnica de já ter vivido a competição quatro anos atrás. “A gente chega com a oportunidade de fazer um ciclo completo, conhecer mais os atletas com prazo maior e trabalhando mais alternativas de jogo, com iniciações diferentes e construções distintas”, declarou Cléber. Assista aqui à entrevista na íntegra.
O mundo perdeu hoje uma de suas maiores referências: Diego Maradona. Ele teve uma parada cardiorrespiratória em sua residência. Apesar do socorro de seis ambulâncias, não foi possível reanimá-lo. O mundo do futebol está de luto e a Argentina em estado de choque. Ele tinha 60 anos. Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e enterro.
Vamos relembrar aqui alguns momentos de Maradona no mundo do futebol registrados pelo rádio brasileiro.
Não poderíamos começar com outro registro que não fosse o gol de mão que ele marcou na partida entre Argentina x Inglaterra, válida pela fase de quartas-de-final da Copa do Mundo de 1986. Um gol marcado com “la mano de Dios”. Narração de Éder Luiz e reportagens de Roberto Silva, pela Rádio Bandeirantes.
O segundo gol de Maradona naquela partida foi uma pintura. Ouça a descrição de Samuel de Souza Santos, pela Rádio Guaíba.
Haroldo de Souza transmitiu este histórico jogo pela Rádio Gaúcha.
O último gol de Maradona em Copas aconteceu no mundial dos EUA, em 1994. Um belo chute de média distância com o pé esquerdo. Entretanto, pouco depois, ele foi excluido da competição, por ser pego no exame antidoping. Ouça a narração de Alberto Cesar e reportagens de Marcelo di Lallo, pela Rádio Gazeta.
Ouça esse mesmo lance com a narração de Jota Santiago, da Super Rádio Tupi.
Outro lance histórico de Maradona não foi exatamente um gol, mas sim um passe que ele deu para Caniggia fazer o gol da vitória da Argentina sobre o Brasil. Diego veio com a bola dominada no meio campo, conseguiu se livrar da marcação de Dunga e, mesmo cercado por pelo menos dois outros jogadores brasileiros, passou a bola para que seu companheiro saísse livre, de frente para o gol.
Só mesmo um lance genial de Maradona para fazer Fiori Gigiotti falar um palavrão no ar. Ouça abaixo e saiba mais clicando aqui.
Ouça o mesmo lance com a narração de José Silvério, então pela Rádio Jovem Pan.
E ainda, a narração de Marco Antonio Pereira, pela Rádio Guaíba.
A partir da próxima segunda-feira (21), a Rádio Bandeirantes faz uma cobertura especial do primeiro turno da eleição presidencial argentina, que acontece no domingo, dia 27. Segundo as últimas pesquisas de intenção de voto, o presidente Mauricio Macri, candidato à reeleição, está quase 20 pontos abaixo do kirchenerista Alberto Fernández.
A jornalista Marina Guimarães vai trazer as informações sobre o pleito para os ouvintes da Rádio Bandeirantes direto de Buenos Aires. As participações da jornalista vão acontecer ao longo da semana durante da programação da emissora, em especial nos programas “Jornal Primeira Hora” (7h), “Jornal Gente” (8h) e “Bastidores do Poder” (17h).
Marina Guimarães é formada em Comunicação Social pela Universidade Centro de Ensino Unificado de Brasilia. Jornalista com mais de 30 anos de experiência, vive na Argentina há 20 anos. Atua como correspondente internacional em coberturas sobre a América Latina para rádio, TV, jornal impresso e agência de notícias em tempo real. Foi correspondente durante 14 anos do Grupo Estado (Agencia Estado, Estadão e Rádio Eldorado), passou pelo Jornal do Brasil, Correio Brasilienze, TVE, SBT e TV Record. Atualmente trabalha para o Valor Econômico, Revista Globo Rural e My News.
Neste domingo (23), profissionais da Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, lideraram uma jornada esportiva para toda a rede do grupo. Argentina x Catar, partida válida pela Copa América, disputada na capital gaúcha, teve a narração de Daniel Oliveira, comentários de Cláudio Duarte e reportagens de Sérgio Boaz.
É a terceira vez que profissionais da filial porto-alegrense da Rádio Bandeirantes participam de coberturas futebolísticas importantes do grupo. Na Copa de 2014, o mesmo Daniel Oliveira narrou a partida entre Holanda x Austrália, com os comentários de Luis Carlos Reche (veja mais aqui). Quatro anos depois, na Copa da Rússia, foi a vez de Marco Antônio Pereira e o mesmo Claudio Duarte serem convocados para a transmissão de Uruguai x Arábia Saudita (veja mais aqui).
Vale destacar que Sérgio Boaz é presença constante na cobertura do Grupo Bandeirantes desta Copa América, atuando como repórter nas partidas de Porto Alegre. Repórteres locais estão participando de forma ativa das transmissões, como por exemplo, Dimara Oliveira, de Belo Horizonte e Luís Filipe Veloso, em Salvador.
Ouça abaixo, os gols da vitória argentina pelo placar de 2 a 0 com a narração de Daniel Oliveira. Colaboração de Edu Cesar.
A Argentina conseguiu sua classificação para a segunda fase da Copa do Mundo ao vencer a Nigéria pelo placar de 2 a 1. Não foi nada fácil essa passagem. Teve muito drama, que só foi resolvido aos 40 minutos do segundo tempo, com o gol de Rojo. E teve de tudo nas narrações das rádios argentinas, de desabafos de todo tipo à pedido de perdão.
Ouça abaixo, a narração de Leo Gabes, da Rádio Continental para o segundo gol da equipe alviceleste. Teve até espaço para o “¡ganamos, carajo!”
Ouça a narração de Walter Nelson, da Rádio La Red. Houve uma certa dúvida quanto a autoria do segundo gol. Assim que se esclareceu, um dos integrantes da equipe pediu perdão ao zagueiro. E depois da festa, o merchan. Lá pode.
E não é que tem zoeira na narração da Hrvatski Radio, da Croácia? Os integrantes da equipe elegeram como alvo o goleiro argentino Caballero, que falhou o primeiro gol da seleção croata. Frases como “Muchas gracias, Caballero” e “adiós Caballero” foram escutadas em bom espanhol logo depois dos gols. Ouça abaixo.
Para esta Copa, as rádios da Argentina que detém os direitos da Copa não podem colocar os áudios de suas transmissões na Internet. Situação bem diferente da verificada há quase quatro anos no Mundial do Brasil. De qualquer forma, temos aí o registro da Rádio Continental, para o gol marcado por Agüero. Placar final: 1 a 1. Infelizmente, por agora, vamos ficar devendo o gol de empate dos adversários e o pênalti perdido por Messi.
Na edição desta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre as perdas de Barros de Alencar e Franco Neto, da nova programação da Rádio Globo, que já está na Internet, destacando os programas da Mariana Godoy e Mentor Neto e o de Otaviano Costa. Além disso, o programa informou como cada rádio se virou para transmitir o amistoso entre Brasil e Argentina, disputado na manhã desta sexta. O Radioamantes no Ar é veiculado todas as sextas, sempre a partir das 09h pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli e João Alckmin.
30 de outubro é uma data comparada ao natal na Argentina. Ela marca o nascimento de Diego Armando Maradona, futebolista que marcou época atuando pela seleção local e pelo Napoli. Na Copa do Mundo de 1986, disputada no México, ele praticamente levou sozinho seus companheiros a um título mundial muito desejado no país. Vamos destacar um momento que entrou para a história dos mundiais: o gol de mão, marcado em partida contra a Inglaterra. O registro em áudio que divulgamos aqui tem a narração de Éder Luiz e as reportagens de Roberto Silva. A dupla defendia os microfones da Rádio Bandeirantes.
Como não poderia deixar de ser em ocasiões como essa, o adiamento da partida entre Argentina e Brasil atrapalhou os planos de muitas emissoras de rádio. Muitas encerraram suas transmissões cedo e retornadam com suas programações normais. Outras até tiveram jogo de cintura e transmitiram o jogo entre Chile e Colômbia, casos da Grenal, de Porto Alegre, Verdes Mares/Tamoio, de Fortaleza, Globo, do Rio de Janeiro, e Globo e Jovem Pan, de São Paulo. Esta última transmitiu o primeiro tempo da peleja em suas duas frequências: 620Khz e 100,9Mhz. Entretanto, após o apito final da primeira etapa, o FM da Pan voltou apresentar sua programação normal, com os sucessos dançantes do momento, enquanto que cobertura seguiu normal no AM. O ouvinte que estava ligado na transmissão de Nilson Cesar pela Frequência Modulada ficou na mão.
O Chile é grande campeão da Copa América. Ouça toda a vibração local da vitória nos pênaltis com Ernesto Díaz Correa, da Rádio Cooperativa. Vídeo postado pelo perfil Leandro Sports Rádios
José Manuel de Barros narrou a disputa dos pênaltis pela Jovem Pan.
O Palmeiras parece estar reencontrando o caminho das vitória. Desta vez, o triunfo foi sobre a Ponte Preta, com placar final de 2 a 0. Alex Muller narrou pela Band News FM.
E o Vasco foi até Chapecó e perdeu para a Chapecoense. 1 a 0. Ouça a narração de Fernando Mattos, da Rádio Oeste Capital
Fora de casa, o Atlético-MG venceu o Internacional e é o novo líder do Brasileirão. Ouça a narração de Emerson Rodrigues, da Rádio Inconfidência.
Pela série B, tivemos um clássico. O Vitória venceu o Bahia pelo placar de 4 a 1. Ouça a narração de Silvio Mendes e João Andrade (cada um narrou um tempo), da Rádio Tudo FM, de Salvador. Vídeo postado pelo blog Rádio Esportivo.
O Chile está na final da Copa América após a vitória sobre o Peru. Narração de Ernesto Díaz Correa, da Rádio Cooperativa. Vídeo postado pelo canal Leandro Sports Rádios.
A Argentina também está na final, após arrasar o Paraguai com uma goleada de 6 a 1. Ouça a narração de Gabriel Anello, da Radio Mitre
Será que o Sport irá manter o pique até o final do campenato brasileiro. A equipe venceu mais uma, desta vez na partida contra o Internacional. Ouça os gols com a narração de Roberto Queiroz, da Rádio Jornal.
O Grêmio se manteve no G4 com a vitória sobre o Cruzeiro do “pofexô” Luxemburgo. Ouça a narração de Haroldo de Souza, da Rádio Grenal.
E o Santos, hein? Perdeu mais uma, agora para o Fluminense em pleno Maracanã. Luiz Penido narrou pela Rádio Globo.
Final de semana agitado, com Brasileirão, Copa América e muito mais. Vamos começar destacando a transmissão da Rádio Globo para a estreia do Brasil. Luiz Penido e Oscar Ulisses dividiram a mesma transmissão. Uma questão de necessidade, uma vez que não venderam os direitos separadamente para Rio e São Paulo. Resta saber como o público cativo da emissora irá encarar isso. Vídeo postado por Leandro Sports Rádios.
Ainda na Copa América, destacamos aqui a partida de sábado entre Argentina e Paraguai, que terminou empatada em 2 a 2. Narração de rádios dois dois países. Marcelo Casares, da Rádio Rivadavia (ARG) & Jorge “Chipi” Vera Rádio La 970 (PAR).
Em Porto Alegre, o Grêmio bateu o Atlético-PR pelo placar de 2 a 1. Marco Antonio Pereira narrou pela Gaúcha.
O Palmeiras conseguiu uma importante vitória sobre o Fluminense para tranquilizar torcedores e dirigentes. O placar final foi construído nos minutos finais do jogo, com Cristaldo fazendo um gol de sorte, garra e talento, por que não? Ouça e veja a narração de Roberto Andrade, pela web rádio Premium Esportes.