Por Edu Cesar, do Papo de Bola
Quem assiste “Chaves” certamente lembrará daquele episódio em que a Dona Florinda teve que abrir um guarda-chuva na própria casa e colocar baldes e mais baldes no chão devido às muitas goteiras na sala. Situação irreal de ficção? Se depender do que ocorreu sábado no estádio de Belo Horizonte que recebeu a Copa do Mundo, não. Comentarista da Rádio Transamérica, Eduardo Panzi esteve lá para Cruzeiro x Boa Esporte e fez dois registros tão claros e cristalinos que nem a água que bebemos (mineral, de preferência): este aqui é em vídeo e mostra uma goteira insistente sobre a bancada do posto de narração e comentários da sua emissora, que teve que desmontar o equipamento para mudar de lugar e não perder o equipamento e muito menos tomar choque; e esta aqui é uma foto que mostra a equipe da Rádio Inconfidência, com a narradora Isabelly Morais e o comentarista José Augusto Toscano exatamente que nem a Dona Florinda na situação que relatei, tendo de abrir um guarda-chuva por causa da goteira. Ela contou no Twitter que estava surreal a quantidade de goteiras no começo da partida.
Um seguidor do Panzi disse que houve chuva acima do limite, mas que a manutenção do Mineirão deveria ficar atenta a situações imprevistas na drenagem pluvial. A ele, o comentarista da Transamérica respondeu que, embora concordasse que caiu muita água, foi a segunda vez só neste ano que algo assim aconteceu e que na outra não havia chovido tanto. Outro seguidor questionou Eduardo sobre onde ficava a equipe da Rádio Itatiaia, já que em sua transmissão o comentarista Leonardo Figueiredo tinha sido só elogios à Minas Arena, dizendo que os problemas de goteiras haviam sido resolvidos depois de Cruzeiro x América. A ele foi respondido que a concorrente está posicionada no setor de camarotes (enquanto as demais estações da BH e as do interior de Minas Gerais e dos outros estados ficam naquelas posições externas que foram mantidas depois do Mundial de 2014) e que, de repente, o colega poderia não saber dos problemas nos demais setores e ter se referido ao seu.
Até a publicação desta coluna, o perfil do Mineirão no microblog não havia respondido às manifestações do Eduardo Panzi, que são extremamente pertinentes pois isso precisa ser ajustado para os próximos eventos, sobretudo os de Libertadores que certamente terão rádios da Argentina e do Chile presentes (infelizmente não cito as do Rio de Janeiro pois ficarei extremamente – e alegremente, acreditem ou não – surpreso se alguma AM e/ou FM carioca mandar ao menos um repórter a BH quando o Vasco enfrentar o Cruzeiro), depois vindo jogos do Brasileirão e tudo mais. Claro que o ambiente aberto não permite uma solução 100%, falo também baseado no que vivi atuando assim nos jogos da Seleção que cobri na Arena do Grêmio em 2013 e no Beira-Rio em 2015. Mas certas coisas não podem ser admitidas. Goteiras em bancadas, com risco de perda de equipamento, estão entre eles.

Foto: Eduardo Panzi
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