Repórteres não podem usar guarda-chuva nos campos de futebol

Por Rodney Brocanelli

Os poucos repórteres de rádio que ainda entram em campo a fim de trabalhar nas partidas de futebol deverão ter muitos problemas com a temporada de chuvas que vem por aí. No último domingo (09), o repórter Marcio Torvano, da 105 FM, não pode abrir um simples guarda-chuva para se proteger do temporal que caiu na região do estádio do Morumbi antes da partida entre São Paulo x Botafogo, válida pelo campeonato brasileiro de 2022. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) proibiu o uso deste importante acessório (ouça abaixo).

No dia 9 de agosto, durante a transmissão de Grêmio x Operário-PR, partida válida pela série B, o repórter Rafael Pfeiffer relatou o mesmo tipo de situação em um dia chuvoso em Porto Alegre (ouça abaixo).

A restrição vale também para os repórteres-fotográficos. O grande problema é que tanto repórteres como fotógrafos usam equipamentos que podem ser danificados com a chuva. E tem mais: em dias frios, a chuva pode reduzir a temperatura corporal e isso faz com que o sistema imunológico tenha reações que o façam ficar vulnerável aos ataques de vírus (leia mais aqui).

Pode parecer meio óbvio constatar esses fatores de risco, mas, quem determinou esta norma na CBF, infelizmente, não pensou neles.

Goteiras no setor de imprensa do Mineirão

Por Edu Cesar, do Papo de Bola

Quem assiste “Chaves” certamente lembrará daquele episódio em que a Dona Florinda teve que abrir um guarda-chuva na própria casa e colocar baldes e mais baldes no chão devido às muitas goteiras na sala. Situação irreal de ficção? Se depender do que ocorreu sábado no estádio de Belo Horizonte que recebeu a Copa do Mundo, não. Comentarista da Rádio Transamérica, Eduardo Panzi esteve lá para Cruzeiro x Boa Esporte e fez dois registros tão claros e cristalinos que nem a água que bebemos (mineral, de preferência): este aqui é em vídeo e mostra uma goteira insistente sobre a bancada do posto de narração e comentários da sua emissora, que teve que desmontar o equipamento para mudar de lugar e não perder o equipamento e muito menos tomar choque; e esta aqui é uma foto que mostra a equipe da Rádio Inconfidência, com a narradora Isabelly Morais e o comentarista José Augusto Toscano exatamente que nem a Dona Florinda na situação que relatei, tendo de abrir um guarda-chuva por causa da goteira. Ela contou no Twitter que estava surreal a quantidade de goteiras no começo da partida.

Um seguidor do Panzi disse que houve chuva acima do limite, mas que a manutenção do Mineirão deveria ficar atenta a situações imprevistas na drenagem pluvial. A ele, o comentarista da Transamérica respondeu que, embora concordasse que caiu muita água, foi a segunda vez só neste ano que algo assim aconteceu e que na outra não havia chovido tanto. Outro seguidor questionou Eduardo sobre onde ficava a equipe da Rádio Itatiaia, já que em sua transmissão o comentarista Leonardo Figueiredo tinha sido só elogios à Minas Arena, dizendo que os problemas de goteiras haviam sido resolvidos depois de Cruzeiro x América. A ele foi respondido que a concorrente está posicionada no setor de camarotes (enquanto as demais estações da BH e as do interior de Minas Gerais e dos outros estados ficam naquelas posições externas que foram mantidas depois do Mundial de 2014) e que, de repente, o colega poderia não saber dos problemas nos demais setores e ter se referido ao seu.

Até a publicação desta coluna, o perfil do Mineirão no microblog não havia respondido às manifestações do Eduardo Panzi, que são extremamente pertinentes pois isso precisa ser ajustado para os próximos eventos, sobretudo os de Libertadores que certamente terão rádios da Argentina e do Chile presentes (infelizmente não cito as do Rio de Janeiro pois ficarei extremamente – e alegremente, acreditem ou não – surpreso se alguma AM e/ou FM carioca mandar ao menos um repórter a BH quando o Vasco enfrentar o Cruzeiro), depois vindo jogos do Brasileirão e tudo mais. Claro que o ambiente aberto não permite uma solução 100%, falo também baseado no que vivi atuando assim nos jogos da Seleção que cobri na Arena do Grêmio em 2013 e no Beira-Rio em 2015. Mas certas coisas não podem ser admitidas. Goteiras em bancadas, com risco de perda de equipamento, estão entre eles.

Chuva no Mineirão

Foto: Eduardo Panzi

Adiamento de Argentina x Brasil faz com que emissoras transmitam Chile x Colômbia

Por Rodney Brocanelli

Como não poderia deixar de ser em ocasiões como essa, o adiamento da partida entre Argentina e Brasil atrapalhou os planos de muitas emissoras de rádio. Muitas encerraram suas transmissões cedo e retornadam com suas programações normais. Outras até tiveram jogo de cintura e transmitiram o jogo entre Chile e Colômbia, casos da Grenal, de Porto Alegre, Verdes Mares/Tamoio, de Fortaleza, Globo, do Rio de Janeiro,  e Globo e Jovem Pan, de São Paulo. Esta última transmitiu o primeiro tempo da peleja em suas duas frequências: 620Khz e 100,9Mhz. Entretanto, após o apito final da primeira etapa, o FM da Pan voltou apresentar sua programação normal, com os sucessos dançantes do momento, enquanto que cobertura seguiu normal no AM. O ouvinte que estava ligado na transmissão de Nilson Cesar pela Frequência Modulada ficou na mão.

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