“A Maldita”, história da Fluminense FM, estreia em documentário

Por Marcos Lauro

Selma Boiron, locutora da Fluminense FM - Foto: Divulgação
Selma Boiron, locutora da Fluminense FM – Foto: Divulgação

Foi ao ar nessa quarta-feira (14), no Canal Brasil, o documentário “A Maldita”, da diretora Tetê Mattos. O filme já teve sua versão em curta metragem lançada em 2007 e agora ganha sua versão maior com depoimentos de artistas, entrevistas com profissionais que fizeram parte da equipe e outros detalhes que tornam a história ainda mais interessante.

A Fluminense foi a primeira rádio segmentada no rock no Rio de Janeiro. Com uma linguagem jovem, mas que respeitava a inteligência do ouvinte, a rádio soube abraçar a geração 1980 de uma forma única, que vencia até a pobreza técnica do seu transmissor – ouvintes cariocas chegavam a ir de carro até o Aterro do Flamengo, onde o sinal chegava bem, só pra ficar ouvindo a rádio e participar da programação.

Além de mostrar o pioneirismo da equipe, o filme presta uma grande homenagem ao ouvinte-fã da rádio. Boa parte da documentação exibida na tela vem dos arquivos desses ouvintes – um deles anotava num caderno a programação da rádio e o setlist de todos os shows em que ia. Outra ouvinte, ainda, guarda uma carta-resposta que recebeu da emissora.

Outro detalhe do filme é a leitura das cartas. Entre um depoimento e outro, uma imagem de arquivo e outra, cartas dos ouvintes são lidas em off para mostrar a relação de colaboração que existia. Ouvintes, além de elogiarem a programação, davam dicas, pediam música e, de fato, participavam da rádio por carta. Alguns faziam mais: iam até a emissora (algo raro para a época) e trabalhavam. Um deles é o cantor e compositor BNegão, que ia até a rádio para atender ligações de ouvintes e conviver com os locutores da época.

“A Maldita” é um filme que mostra a importância de um veículo de comunicação que de fato se comunica com seu público. Mesmo quem não ouviu na época ou nem mesmo é do Rio de Janeiro/Niterói, vai sentir a força que tinha uma rádio desse tipo em tempos pré-internet.

Para ver o documentário “A Maldita”, consulte a programação do Canal Brasil para pegar uma das reprises.

Jovem Pan resgata áudios da história das Copas; Milton Neves José Silvério são destaques

Por Rodney Brocanelli

A Rádio Jovem Pan abriu em seu site uma área especial para divulgar áudios históricos das Copas do Mundo. Até agora, foram divulgados alguns depoimentos de Paulo Machado de Carvalho, fundador da emissora, e dirigente importante da então CBD, responsável pela seleção brasileira. Além disso, o cardápio é completado por muitos gols das competições que o Brasil ganhou. Chama a atenção que nos áudios das Copas de 1962 e 1970, a voz que faz a introdução é de Milton Neves, que já não faz mais parte do quadro de funcionários da emissora há muito tempo.  Outro destaque são os gols da Copa de 1994, narrados por José Silvério, que também não está mais na Pan. Vale destacar que esses áudios da competição disputada nos EUA, embora recentes, apresentam o som muito abafado. Para quem deseja viajar no tempo, basta clicar no link abaixo.

http://jovempan.uol.com.br/esportes/futebol/copa-do-mundo-2014/audios-historicos/

 

 

 

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Radioamantes no Ar entrevista Flávio Araújo

O Radioamantes no Ar, veiculado pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/), entrevistou o narrador esportivo Flávio Araújo. Craque do Escrete do Rádio, da Bandeirantes, entre as décadas de 1960 e 1970 (com uma breve passagem pela Excelsior), ele atuou na época de maior agitação do rádio esportivo brasileiro. Flávio acompanhou de perto (e isso não é um recurso de estilo) os feitos de três grandes esportistas brasileiros: Pelé, Émerson Fittipaldi e Éder Jofre. No bate papo, Flavio contou passagens de sua carreira e relembrou de alguns de seus feitos com o microfone na mão. Entrevista concedida a Rodney Brocanelli e João Alkmin. Ouça no player abaixo.

flavioaraujo