Programa sobre futebol troca o AM (Capital) pelo FM (Tropical)

Por Rodney Brocanelli

Janeiro começa com novidades no rádio esportivo. A equipe comandada por Marcelinho Carioca que atualmente está no ar pela Rádio Capital, com o Capital da Bola, ficará na emissora até o próximo dia 18 de dezembro. A partir de janeiro, ela se mudará de mala e cuia para a Rádio Tropical FM (107,9Mhz). A data da estreia ainda não foi fixada. O anúncio foi feito pelo perfil do programa no Instagram (veja aqui).

O Capital da Bola estreou em 7 de janeiro deste ano, pela Rádio Capital. A equipe original era formada por Anderson Cheni, Osmar Garrafa, Marcelinho Carioca e Juarez Soares (veja mais aqui). Essa formação sofreu alterações ao longo dos últimos meses e teve uma perda irreparável, com a morte de Juarez, o camisa 10 dessa equipe, em julho último.

Por outro lado, a Tropical FM voltará a ter futebol em programação desde o rompimento do contrato com a Equipe Líder, comandada por Alexandre Barros, ocorrido em novembro de 2017 (saiba mais aqui).

As mudanças não deverão parar por aí. Conforme informações recebidas pelo Radioamantes, o espaço deixado pelo Capital da Bola poderá ser ocupado por um programa que está no ar em uma FM. Alguns integrantes da equipe deste programa já passaram pela Capital em um passado não muito distante. Parte dessas mudanças foi antecipada, sem citar os veículos e personagens,  em uma mensagem postada por mim via Twitter (clique aqui para ver). Aguardemos pela segunda parte.

Arena Tropical

Câmara Municipal de São Paulo realizará homenagem a Juarez Soares nesta quinta (7)

Na próxima quinta-feira (7), a Câmara Municipal de São Paulo será palco de uma sessão solene em em homenagem (in memoriam) ao jornalista e comentarista esportivo Juarez Soares. Será na Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 19h, com a presença de familiares, amigos, jornalistas, esportistas.

O evento relembra os 60 anos de carreira de Juarez Soares, seus bordões (como o famoso “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”), a passagem pelas principais emissoras de rádio e televisão, o talento como poeta, sua contribuição para a política e para a democracia brasileira. A sessão solene acontece por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel (PSB).

Juarez Soares morreu em julho deste ano, vítima de duas paradas cardiorrespiratórias. Ele integrava a equipe do programa Capital da Bola, da Rádio Capital.

“ … Aqui estão suas Rimas Imperfeitas.
Outro dia você disse que gosta das bobagens que escrevo.
Prefere sempre as rimas, ainda que imperfeitas.
Pois bem, quase todas estão aqui.
Bem que busco todos os dias a perfeição dos Versos. A métrica conveniente, o compasso certo na dança das palavras.
Persigo, mas não alcanço. Vale a intenção, o desejo, a boa vontade, o esforço…. “
Juarez Soares

Serviço:

Homenagem (in memoriam) a Juarez Soares – “Agradeço a palavra que penso e declaro”
7 de novembro de 2019
Horário: 19 horas
Local: Câmara Municipal de São Paulo – Auditório Prestes Maria (Viaduto Jacareí, 100 – 1º andar | Bela Vista)

Juarez Soares

Marcelinho Carioca revela como foi convite a Juarez Soares: “você é o camisa 10 do meu time”

Por Rodney Brocanelli

Ainda cabe o registro das homenagens e lembranças feitas a Juarez Soares, morto no último dia 23 de julho, vítima de uma parada cardíaca. Eli Corrêa, durante seu programa na Rádio Capital, abriu espaço para que Marcelinho Carioca, apresentador do Capital da Bola, falasse do ex-companheiro. O ex-jogador e lembrou que Juarez foi determinante para sua graduação como jornalista. “Menino, você tem que ter seu canudo na mão”, disse Juarez quando encontrou Marcelinho nos bastidores de outra emissora em que ambos trabalharam. “Ele foi duro, foi forte. Mas orientação de pai”, disse Marcelinho no microfone da Rádio Capital. “O saudoso Juarez para mim foi um pai, um amigo e um irmão”, acrescentou.

Marcelinho falou ainda que Juarez Soares foi a primeira pessoa em que pensou quando estava formando a equipe do Capital da Bola. “Juarez, você é o camisa 10 do meu time”, disse. A convivência de ambos no programa durou sete meses, até a morte do comentarista. Ouça abaixo.

No quadro “Pequenas Histórias de Vida, da Rádio Capital, Eli Corrêa relembra a carreira de Juarez Soares.

Outra homenagem foi da equipe Cheni no Campo RFO, comandada por Anderson Cheni. Ele foi um dos primeiros integrantes do programa Capital da Bola. Veja abaixo

Juarez Marcelinho

Ouça a homenagem dos companheiros de Rádio Capital à Juarez Soares

Por Rodney Brocanelli

O programa Capital da Bola, veiculado pela Rádio Capital, prestou homenagem ao comentarista Juarez Soares no dia de sua morte, ocorrida no último dia 24 de julho. A atração foi toda dedicada a ele. Marcelinho Carioca esteve no comando do programa. Rafael Esgrilis e Osmar Garrafa, integrantes da equipe, também falaram do companheiro, contando passagens de bastidores. Rogério Andrade, diretor artístico da emissora, ocupou o microfone para prestar seu tributo. O Capital da Bola contou com as participações especiais de Luiz Ceará, que trabalhou com o jornalista na Rede TV!, e Edgard Soares, irmão de Juarez. Ouça no player abaixo.

Juarez Soares Capital

Morre Juarez Soares; relembre dois momentos dele no rádio

Por Rodney Brocanelli

Morreu nesta terça (23) o jornalista Juarez Soares. Segundo o UOL, ele teve duas paradas cardiorrespiratórias. Reanimado após a primeira, ele foi levado à Santa Casa de Misericórida. No entanto, ele não resistiu à segunda parada, já no pronto socorro, por  volta das 14hs de hoje. O portal informou que ele vinha lutando contra um câncer no reto. O tratamento o deixou debilitado. Além disso, ele perdeu muito peso nos últimos tempos. O enterro acontece nesta quarta-feira (24) no Cemitério da Consolação, a partir das 16h. Juarez tinha 78 anos.

Ele começou sua carreira como narrador na Rádio Cultura, de Lorena.  Em 1961, ele veio para São Paulo a fim de fazer um teste para integrar a equipe esportiva da Rádio Difusora, de propriedade dos Diários Associados. Com a chegada de Pedro Luiz, passou para a Super Rádio Tupi, também dos Associados. Ao lado de Pedro, trabalhou como repórter também nas rádios Gazeta e Nacional (hoje Globo).

Na década de 1970, passou a integrar a equipe de repórteres da Rede Globo, em São Paulo. Em 1979, acabou deixando a emissora, após ser um dos líderes de uma célebre greve dos jornalistas (salvo engano, a última da categoria; desde então, não houve uma outra paralisação de grande vulto).

Teve uma breve passagem pela Rádio Capital e se transferiu para a Rádio Globo, integrando a equipe comandada por Osmar Santos. Pouca gente lembra, mas ele foi o primeiro apresentador do Balancê, inovador programa da Rádio Excelsior, sob a responsabilidade de Osmar.

Em 1982, tomou parte da cobertura da Rede Globo para a Copa do Mundo da Espanha. Pouco depois, deixou a emissora para se aventurar em outro projeto inovador na televisão: o Show do Esporte, ao lado do grande parceiro Luciano do Valle. Em 1983, o programa fazia parte da grade da TV Record, aos domingos. Já em 1984, com a mudança para a TV Bandeirantes, o nome se manteve, mas a característica mudada: a atração virou uma maratona (no bom sentido) de transmissões das mais diversas modalidades. Juarez aparecia nos intervalos, ancorando a atração e comandando sorteios de prêmios aos telespectadores.

Na década de 1990, se transferiu para o SBT. Ao mesmo tempo, voltou a trabalhar em rádio, comandando programas na Gazeta e na Globo. Perambulou por outras emissoras, como Record e Transamérica. Seu último trabalho em TV foi na Rede TV!, de onde saiu em abril deste ano.

Em Janeiro de 2019, integrou a equipe do programa Capital da Bola, comandado por Anderson Cheni na Rádio Capital. Na estreia, Juarez aproveitou para lembrar a primeira equipe esportiva da emissora, que atuou entre fins dos anos 1970 e começo dos anos 1980, reunindo nomes como Marco Antônio, Ávila Machado, Roberto Silva, entre outros (ouça aqui). Além disso, informou aos ouvintes qual seria a linha de conduta dos comentaristas da atração: eles não iriam defender qualquer time de futebol. “Jornalimo em primeiro lugar”, afirmou. Nas últimas semanas, estava afastado dos microfones devido ao seu tratamento de saúde.

Vamos relembrar dois momentos de Juarez Soares no rádio. Abaixo, ouça sua participação como repórter após o milésimo gol de Pele (a partir de 1m47s). A narração é de Pedro Luiz. Ambos transmitiram esse jogo pela Rádio Nacional (hoje Globo).

Em 2011, Éder Luiz acabou comandando duas equipes, com os mesmos profissionais, em emissoras diferentes: Transamérica e Record. Juarez Soares fez parte de ambas e, na segunda, comandava um programa noturno chamado Debate Bola. Em agosto daquele ano, os responsáveis pela Record decidiram acabar com toda a programação. Ficou a cargo de Juarez fazer a despedida. Ouça abaixo.

Juarez Soares

Show de Bola Capital se despede de seus ouvintes

Por Rodney Brocanelli

O último dia do ano marcou o encerramento do Show de Bola Capital. Weber Lima, que esteve à frente deste projeto na Rádio Capital está se transferindo (assim como o restante da equipe) para a Top FM e o programa na nova emissora começa no dia 7 de janeiro. Esta edição, previamente gravada, houve espaço para as despedidas de praxe dos participantes Luciano Faccioli e os ex-jogadores Zetti e Cesar Sampaio. Além deles, o programa contou com a presença de Rogério Andrade, diretor artístico da Rádio Capital. Tudo conduzido em alto nível. Só não houve espaço para anunciar a mudança de emissora (ouça mais no player abaixo).

O Show de Bola Capital estreou em 13 de março de 2017. A equipe comandada por Weber Lima também foi responsável por transmissões dos principais jogos das equipes de São Paulo nas competições de futebol. A equipe contava com os narradores Hugo Botelho e Maurício Camargo, os comentaristas Zetti, Veloso e Basílio, além dos repórteres Douglas Araújo e Marcello Lima.

Em 2018, houve uma mudança radical na equipe, com as saídas de Camargo, Douglas e Lima. Entraram Cadu Cortez, Alexandre Praetzel e Luis Carlos Quartarollo. Ao longo de 2018, novas alterações, com a chegada de Luciano Faccioli, após ficar um ano e meio sem trabalhar, e a troca de Veloso por Cesar Sampaio. Em julho, aconteceu a mudança mais radical: as transmissões das partidas foram descontinuadas, com a manutenção apenas do programa Show de Bola Capital.

A Rádio Capital não vai abandonar o nicho do futebol. No dia 7 de janeiro, estreia o Capital da Bola, sob o comando de Anderson Cheni, com as participações de Juarez Soares, Marcelinho Carioca, Osmar Garrafa e Alexandre Porpettone (saiba mais aqui). A exemplo do que aconteceu nos últimos meses, o espaço para o futebol na Capital estará limitado apenas ao programa, sem transmissões de jogos. Tomara que a nova equipe tenha sorte no sentido de convencer a atual superintendência da emissora de que a televisão não tira a audiência do futebol no rádio.

 

rádiocapital

Radioamantes no Ar relembra o programa Balancê

Nesta semana, o Radioamantes no Ar teve um convidado especial. Felipe Martinelli. Ele é autor de um mestrado apresentado na Escola de Comuncações e Artes, da USP, sobre o programa Balancê, apresentado pelas rádios Excelsior e Gazeta, entre os anos de 1980 e 1988. A atração fez muito sucesso no rádio paulistano em sua época. Serviu como uma forma de Osmar Santos, nome principal do departamento de esportes da dobradinha Globo-Excelsior, não se limitar apenas à cobertura esportiva, abordando outros temas, como política e entretenimento.Além de Osmar, os apresentadores do Balancê, em diferentes épocas, foram Juarez Soares e Fausto Silva. Este último, aproveitou bem a chance, e graças a ajuda de Goulart de Andrade, foi para a televisão, passando a comandar o Perdidos na Noite. O Radioamantes no Ar é apresentado todas as sextas, sempre a partir das 09h pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin, Flavio Aschar e Rogério Alcântara.

Quem desejar ler a tese de Martinelli pode clicar no link:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-27092017-093957/pt-br.php

Ouça a entrevista no player abaixo

showtime2

Sucesso do rádio nos anos 80, o Balancê ganha olhar acadêmico acessível a todos os tipos de leitores

Por Rodney Brocanelli

Um dos programas de rádio mais influentes e revolucionários dos anos 1980, o  Balancê, apresentado pela antiga Rádio Excelsior (hoje CBN) foi objeto de uma dissertação de mestrado apresentado na Escola de Comunicações e Artes da USP,  no último dia primeiro de setembro. Com a aprovação da banca examinadora, Felipe Martinelli, o autor, conseguiu seu título acadêmico. Martinelli é conhecido dos leitores deste blog por conceder uma entrevista ao Radioamantes no Ar sobre Carlos Roberto Escova, em dezembro de 2015. O humorista, que teve participação de destaque no programa de rádio, morrera poucos dias antes, e o agora mestre falou na ocasião sobre o encontro que os dois tiveram na cidade de Ourinhos, em outubro de 2007. Muitas informações das conversas de ambos estão nessa dissertação.

O grande mérito de “Girando a roda do Balancê: a trajetória de um programa e a  transformação do rádio paulistano” é atrair tanto a comunidade acadêmica (sua finalidade principal) como ao leitor comum, seja aquele que é interessado na história do rádio por hobby, ou aos saudosistas que acompanharam o programa em grande parte de sua existência no dial paulistano.

Martinelli fez a divisão da trajetória do programa em quatro fases. A  primeira começa (obviamente) em sua estreia, no 07 de abril de 1980 e vai até 1983. A atração nasceu de uma necessidade de Osmar Santos, principal nome do departamento esportivo da Globo-Excelsior de entrar em outras áreas além do futebol, como as artes e a política. Osmar iria apresentar o programa, mas caso ele tivesse algum outro compromisso, um co-apresentador assumiria o comando. Juarez Sores foi o escolhido para a missão. Nessa fase, a parte politizada do programa justamente é a que iria dar dores de cabeça a todos, desde o alto escalão da emissora até a equipe de produção. Já naquela época, o  sonoplasta Johnny Black se destacava por dar uma plástica toda peculiar ao Balancê.

A partir de 1983, com a saída de Juarez Soares, que se transfere para a TV Bandeirantes a fim de apresentar o Show do Esporte, começa a outra fase. Meio que por acaso, até. Alguns dos integrantes da equipe esportiva da Globo-Excelsior não tinham, digamos, o perfil para um programa daquele porte. Jorge de Souza, Odinei Edson e Reinaldo Costa foram testados para co-apresentar o programa com Osmar Santos,  até que se chegou ao nome de Fausto Silva. Com isso, o Balancê tomou outro rumo, e contribuiu muito para isso a química do novo apresentador com os humoristas Carlos Roberto Escova e Nélson Tatá Alexandre (e Johnny Black, é claro). A atração mais ficou mais anárquica e irreverente.

Martinelli nos revela, falando dessa fase, que Fausto Silva e Osmar Santos, não tinham o que se consideraria uma amizade fora dos microfones. Aliás, isso é mais comum do que possa parecer. Existem vários casos (e alguns deles muito atuais) no rádio de gente que não se suporta, mas devido a compromissos comerciais, técnicos, entre outros, deixa as rusgas de lado quando estão no ar. O texto relata alguns momentos de alfinetadas de Faustão em Osmar por muitas questões, especialmente salários.  Nessa fase, o Balancê passa a ser apresentado em um teatro por uma questão simples. Não dava para acomodar no estúdio todos os que desejavam acompanhar o programa ao vivo, além, é claro, dos convidados.

A terceira fase, vai de 1985 até 1987. Em 85, Fausto Silva se transfere para a Rádio Record. Vale lembrar que já naquela época, ele já está com o Perdidos na Noite na televisão, cujo processo de criação é devidamente contado por Martinelli em seu texto. Oscar Ulisses passa a apresentar o Balancê em alguns dias da semana. A derradeira fase do programa abrange grande parte do ano de 1988. Aqui, Osmar já havia se transferido para a Rádio Record e costurado um acordo com a Rádio Gazeta para repetir a dobradinha Globo-Excelsior. Na Gazeta, as últimas edições do Balancê foram transmitidas. O perfil passa a ser o de um programa de variedades, com a apresentação de Carlos Fernando (talvez algo mais adequado à sua personalidade).

O tema central da tese de Martinelli, obviamente, é o Balancê. Mesmo assim, seu texto não deixa de contemplar outras emissoras. A Jovem Pan ganha um espaço generoso, até porque de lá saíram profissionais importantes para a história do programa da Excelsior. Além disso, perto do final, é explicada até de que forma a Rádio Record viabilizou financeiramente seu departamento de esportes, lançado em 85, com a adoção, já naquela época, dos hoje detestados contratos de Pessoa Jurídica. O responsável por isso é um conhecido executivo de rádios ainda na ativa e que volta e meia ganha elogios e citações simpáticas de colegas, sendo apontado como exemplo de um gestor genial.

O  mestrado de Felipe Martinelli pode ser lido em sua íntegra no link a seguir. Logo abaixo, tem lá o caminho para o pdf. Boa leitura.

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-27092017-093957/pt-br.php

girando a roda

Memória: ouça o milésimo gol de Pelé com Pedro Luiz e Juarez Soares

Por Rodney Brocanelli

Nem é necessário falar muita coisa sobre o milésimo gol de Pelé, marcado em cobrança de pênalti, numa partida contra o Vasco da Gama. Já são famosas as narrações de Flávio Araújo, Joseval Peixoto e Waldir Amaral que, graças à Internet, se tornaram conhecidas com o passar dos anos. Hora de acrescentar o registro da narração de Pedro Luiz, então na Rádio Nacional , de São Paulo (hoje Rádio Globo). O repórter desta transmissão era Juarez Soares. Ouça abaixo.

pedro luiz

Foto extraída do site de Milton Neves

Narradores se distraem na hora do gol

Por Rodney Brocanelli

O Redação Sportv tornou pública uma situação inusitada na transmissão de Corinthians x Figueirense, partida válida pelo campeonato brasileiro. O narrador Oswaldo Maciel, da Rádio Transamérica, “perdeu” o gol do time de Santa Catarina, uma vez que ele estava registrando as participações de ouvintes. A fala de Juarez Soares foi impagável: “Parece que houve um acidente aí”. Ouça clicando no link abaixo.

http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2015/07/redacao-am-narrador-se-distrai-e-perde-gol-do-figueira-contra-timao.html

Porém, não se trata de um caso único no rádio esportivo. Gomes Farias, da Rádio Verdes Mares, de Fortaleza, também perdeu um lance importante de uma partida envolvendo Ceará x Icasa, entre os anos de 2008 e 2009 (não tenho a data certa). O time de Juazeiro conseguiu um gol numa falha da defesa do Vozão. Gomes estava mandando abraço a um vereador quando foi surpreendido pela definição da jogada. O mais curioso é que o narrador nem alterou o tom de voz para dizer “gol do Icasa”.

Em 2008, a culpa foi do merchan. A hoje extinta Rádio Companhia FM, de Goiânia, estava transmitindo a partida entre Goiás x Anápolis. O narrador estava pagando o comercial quando entrou a vinheta do patrocinador. O que não se esperava é que o eterno Paulo Baier resolveu fazer um gol bem naquela hora. Ouça abaixo.

Rádios que se despedem

Por Rodney Brocanelli

Com o advento da Internet e do aparecimento dos softwares para gravações de áudio on line, tem sido possível o registro dos últimos momentos de emissoras de rádio que deixam o ar, pelos mais diversos motivos. Vamos aqui relembrar de algumas despedidas registradas aqui e em outros lugares.

A despedida da Antena 1 Lite (RJ) – Em maio de 2009, a Antena 1 do Rio de Janeiro, conhecida também como Antena 1 Lite, saiu do ar para uma série de acomodações no dial daquela cidade. A Tupi AM precisava entrar no ar em FM e optou pela freqüência da Nativa FM. Esta, por sua vez, não ficou fora de ar e ocupou o lugar da Antena 1. A locutora informou que a emissora iria continuar no ar pela web. Pode ser ouvida aqui. Ouça no player abaixo os últimos momentos da Antena 1.

A despedida da programação normal da Record AM – Em 2011, a Rádio Record (AM) decidiu extinguir sua grade de programação. Na ocasião, saíram do ar os comunicadores, as transmissões esportivas e o jornalismo. Muito foi especulado na época sobre o destino que seria dado aos 1000Khz. Falou-se até que ela iria virar uma emissora totalmente religiosa. Por enquanto, a Record em sua atual fase  tem apresentado uma programação musical, alguns boletins noticiosos e, claro, os programas da IURD na madrugada. Ouça abaixo a despedida da equipe esportiva, na voz de Juarez Soares.

A transisção Brasil 2000-Eldorado FM – Nos últimos anos, a Rádio Brasil 2000 FM veio perdendo força depois da saída da dupla Tatola e Maia da direção. Ainda houve uma tentativa de mantê-la com a contratação de Lélio Teixeira para ser coordenador artístico. Mas depois que o profissional passou a se dedicar mais a seus projetos no rádio esportivo, agora exclusivamente na Rádio Bandeirantes, a emissora entrou em queda livre. Nem mesmo a promoção de Kid Vinil para o cargo serviu para dar algum alento à emissora. Sua freqüência se viu envolvida em várias especulações Falou-se que ela iria se transformar numa rádio 100% esportiva, tocada pelo Grupo Bandeirantes. Outra especulação dava conta de que ela iria virar a Transamérica Hits. Quase que ela virou rádio infantil, com a marca de Playground FM. Entretanto, quem se deu melhor foi o Grupo Estado, que em 2011 transferiu para os 107,3 a programação musical tradicional dos 92,9Mhz. Esta, por sua vez, passou a transmitir a programação jornalística dos 700Khz, com o plus a mais das transmissões esportivas da ESPN. Ouça abaixo a transição da Brasil 2000 para a Eldorado.

O Fim da Mit FM – Administrada  pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, a Mit FM tinha um publico fiel que se afeiçoou à emissora devido à programação musical de alta qualidade. Entretanto, a montadora dona da marca decidiu mudar o foco se seus investimentos. Pior para os ouvintes. Em seu lugar, no ano de 2012, entrou no ar a Iguatemi Prime, que até tenta repetir o sucesso de sua antecessora. Na noite da despedida, uma música disse tudo: “Só o Fim”, do Camisa de Vênus. Ouça no player abaixo.

rádio

CBN/Globo lança site em homenagem ao Corinthians

Por Rodney Brocanelli

Para comemorar o centenário de um dos times mais populares de São Paulo, as rádios CBN e Globo lançaram um hot site muito bem documentado, com fotos, vídeos e, o que mais interessa aos rádio amantes, áudios. Além de reportagens históricas, os responsáveis decidiram incluir um item chamado Arquivos de Transmissões. Nele, é possível ouvir a íntegra das transmissões de jogos importantes na história do clube. A final do campeonato paulista de 1977, como não poderia deixar de ser está lá. Mesmo que o amigo leitor não seja corinthiano, não dá para deixar de curtir a narração de Osmar Santos e várias curiosidades que envolveram aquela jornada esportiva. Por exemplo: um dos repórteres de campo naquela ocasião era Oscar Ulisses, que trabalhou junto com Juarez Soares, Castilho de Andrade e Roberto Carmona. Loureiro Junior era o comentarista. O cantor e compositor Jorge Ben (ele ainda não era Benjor) participou na cabine, junto com Osmar. A equipe da Rádio Globo na época se mobilizou para levar até seus estúdios as esposas dos jogadores. Próximo ao final, é possível ouvir o rápido contato do atacante Geraldão com sua esposa. E logo no ínicio dá para perceber que a frequência de uma rádio do Rio de Janeiro “invade” a transmissão da Globo. E não pára por aí. Na decisão do Paulistão de 1983 é possível acompanhar o trabalho de repórteres como Henrique Guilherme, Márcio Bernardes e Roberto Carmona, hoje na Transamérica, e Fausto Silva, que virou o Faustão das tardes de domingo na Rede Globo de Televisão. O resultado desse site um trabalho primoroso, que  aumenta a responsabilidade da equipe da CBN/Globo para quando os outros grandes de São Paulo completarem seus respectivos centenários.