Durante uma entrevista ao podcast Amplifica, Luka Salomão, atualmente apresentadora do Ramona 89 na 89 FM, falou sobre um caso de assédio sofrido por ela durante um teste de locução. Ela não citou nome e nem entrou em grandes detalhes, mas pelo menos informou o nome da emissora. “A primeira vez que fui fazer um teste (…) foi na época da Brasil 2000, e era uma rádio bem mais abaixo , assim, da 89. Foi por ali que eu queria começar”, disse.
“Já aconteceu de eu ir fazer o teste. Na época não tinha Internet, então tinha aquele Tele Sexo(…) Aí o cara falou ‘ah, cê quer pegar no microfone, você tem a voz boa para fazer um Tele Sexo. Você não quer ir lá em casa jantar, pra gente ver cê você consegue vir para rádio amanhã?’, sabe assim?”, prosseguiu a locutora.
Em seguida, Luka dá a entender que ela mandou o cara passear e deu como exemplo a sua criação, no litoral de São Paulo: “Eu mandava andar, eu sempre fui muito ruas nesse sentido porque eu cresci num lugar que cê não tem poucas palavras, não”.
Rafael Bittencourt, músico e host do podcast, perguntou: “você sabia se defender, né?”. Luka respondeu que teve de aprender isso em casa. “Meu pai era um cara muito agressivo. Minha mãe fazia as vezes uma vista grossa e eu tinha que ficar esperta a todo momento”.
Esse tipo de convivência deu a ela uma certa experiência para sair de situações assim: “Quando acontecia de vir tipo um palhaço assim falar um absurdo desses para mim era fácil, até”.
Luka ainda contou uma história de quando ela fez curso de locução. Na verdade, um investimento de vida. No último dia de aula, o professor disse que ela seria uma ótima locutora para fazer o horário de madrugada, aos finais de semana, em uma rádio pirata.
O co-apresentador do Ramona 89, Dan, que também participava da entrevista, resolveu se manifestar: “Eu tenho vontade de falar o nome de todos esses caras que ela tá falando que eu sei quem são, então é por aí, mas eu não posso.
Para finalizar, Luka discorreu sobre assédio moral: “Era sinônimo de frescura. Se você se sentiu assediado, você é fresco. Então, você tinha que aguentar cada uma assim que você fala…Então é legal você ver essa mudança do mundo, essa evolução. Esses chefes que gritam foram exterminados, não existem mais. Mas a gente cresceu ouvindo chefe mandando você ir tomar no cu e falando que você não presta, que tinha que ser mulher. Isso era normal. É surreal essa virada que a gente tá presenciando agora é tipo o grunge. Aí a galera começa, ‘isso é frescura, isso é mimimi’, não é não, cara. Isso é importante”.
Para quem não sabe ou não lembra, a Rádio Brasil 2000 FM foi uma emissora de rádio que operou nos 107,3Mhz em São Paulo. A emissora era mantida pela Faculdade Anhembi Morumbi e desde 1989 passou a adotar uma linha semelhante a das college radios (emissoras mantidas por universidades) estadunidenses.
Em 2011, a emissora firmou uma parceria de conteúdo com o Grupo Estado, responsável por editar o jornal O Estado de S. Paulo. Desde então, a frequência vem sendo ocupada pela programação da Rádio Eldorado.
A Brasil 2000 ainda teve um período de sobrevida como web rádio, que durou até o ano de 2016.
Em 2005, eu publiquei numa revista eletrônica (ou e-zine, como queiram) chamada Ruídos (veja aqui) uma entrevista com Fabiana Ferraz e Marcela Rocha. Elas formaram a dupla de apresentadoras de um dos programas mais interessantes da extinta Rádio Brasil 2000 FM, o Clube das Mulheres, que durou aproximadamente um ano, a partir de 1999. Mais detalhes na introdução do texto, que foi mantida da publicação original, abaixo.
A Fabiana seguiu sua trajetória no rádio e ela hoje está na Rádio Cultura Brasil, comandando o programa Galeria. Antes, esteve na Brasil Atual FM. Trabalhou também em outras emissoras: Transamérica, Metropolitana FM, Mitsubishi FM, USP FM e Antena 1. Saiba mais sobre o trabalho atual da Fabi clicando aqui.
Por sua vez, a Marcela, em rádio, passou depois pela Kiss e Metropolitana, ambas em São Paulo. Aliás, elas chegaram a reeditar a dupla na própria Metropolitana, ao lado de Rafael Cortez no programa Na Pegada. Aliás, foi dele que extraímos a foto que ilustra este post.
Bastidores da entrevista: mandei as perguntas por e-mail e elas combinaram as respostas. Só no final é que que cada uma respondeu de forma individual. Deixei como está, com direito até aos endereços eletrônicos das emissoras em elas estavam na época (não deverão funcionar em 2022, nunca é demais lembrar).
Uma pena que não consegui encontrar qualquer registro do Clube das Mulheres, da Brasil 2000, na Internet. Leia abaixo a entrevista
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Todo mundo se refere ao Garagem como um dos programas mais legais da história da Rádio Brasil 2000 (o programa está saindo do ar e indo para o UOL). Porém, na mesma época em que ele estreou (no ano de 1999) a emissora levara ao ar um programa tão ou mais bacana. O forte nem era a programação musical, mas a química entre as duas apresentadores e seus ouvintes. A atração em questão era o “Clube das Mulheres”, apresentado por Fabiana Ferraz e Marcela Rocha, levado ao ar diariamente entre 07h e 11h.
A estrutura era simples: nas duas primeiras horas, elas tocavam clássicos do rock e liam as notícias do dia. Às 10h começava o Discagem Direta do Ouvinte, no qual a audiência entrava para pedir uma música e levar um papo com a Fabi e com a Má. De vez em quando nesse espaço rolavam entrevistas interessantes. Quando não havia nenhum convidado especial, os ouvintes contavam seus problemas afetivos e isso com uma trilha poderosa de fundo: “Glory Box”, do Porthishead.
O “Clube das Mulheres” dessa fase durou um ano aproximadamente. Marcela Rocha acabou deixando a Brasil 2000 e Fabiana Ferraz ficou sozinha no comando por mais algum tempo para logo sair do ar e dar lugar ao “Blog do Tas”, projeto do apresentador Marcelo Tas que não durou muito. O Ruídos conseguiu reunir novamente Fabi e Má para relembrar os grandes momentos do programa que fazia o deleite de marmanjões.
Como surgiu a idéia do programa?
A idéia inicial do programa veio do coordenador artístico que na época era o Tatola (N. do R.: o Tatola que hoje está na 89 FM e na tevê com o Perrengue, na Band). Com o passar do tempo, O “Clube” desenvolveu uma cara diferente da inicial. Mas a proposta sempre foi descontração e informação com muita feminilidade e bom humor.
Vocês duas já haviam trabalhado juntas antes de assumirem o Clube das Mulheres?
Não…juntas, juntinhas, não!!Mas já fazíamos parte da equipe da rádio…Fabi como locutora e Má como estagiária e depois produtora.
Houve algum modelo no qual vocês se inspiraram ou o tom encontrado para o comando do programa foi surgindo aos poucos?
Exatamente isso, o tom do programa veio aos poucos. Nosso entrosamento, que aumentava a cada dia, colaborou bastante para que o programa passasse um clima de amizade e de “estar à vontade” no ar.
Um dos quadros do programa era o Discagem Direta do Ouvinte, com entradas ao vivo de ouvintes para solicitar músicas. Vocês chegaram a enfrentar algum tipo de situação engraçada, embaraçosa etc?
Várias situações engraçadas…Uma vez a gente decidiu fazer campeonato de arroto no ar; tinha que dizer Clube das Mulheres arrotando…Imagine o que saiu!!! Foi um sucesso! E teve ouvinte que conseguiu!!
Quais foram as entrevistas mais marcantes que vocês fizeram?
Tiveram várias marcantes como a da Rita Lee com o Roberto de Carvalho, foi um êxtase total! A gente sempre se afirmou grandes fãs da tia Rita! Outra entrevista que foi muito bacana foi com o Wando… Demais!! Fora as com grandes bandas como Cidade Negra, Nação Zumbi, Gerald Thomas entre outras…
Outra característica era o aconselhamento de ouvintes que entravam em contato para falar de seus problemas afetivos. Qual foi o caso mais complicado com o qual tiveram de lidar?
Casos complicados tiveram vários. Os mais delicados eram os que envolviam a questão da homossexualidade, de se assumir homossexual.
Qual era o desempenho do Clube das Mulheres no ranking do Ibope?
A Brasil 2000 nunca foi líder de audiência em nenhum horário, mas naquela época, conseguíamos atingir um público de cerca de 20 a 30 mil ouvintes por minuto.
Por que a dupla acabou sendo desfeita?
A dupla foi desfeita por causa de mudanças na coordenação… Mudou toda a direção da rádio e as idéias e projetos já não eram mais os mesmos. E, pra mim (Fabi), a essência e o conceito criativo do Clube acabou ali.
Numa entrevista, Roberto Maia, ex-diretor artístico da Brasil 2000, disse que a qúimica entre vocês era muito legal (clique aqui pra ver). Falem um pouco mais a esse respeito. Nunca chegraram a ter algum tipo de desentendimento durante o programa?
Realmente a nossa química era demais. A gente se entendia no olhar… Mas também se desentendia da mesma forma… Era como um casamento. Não importava o que tinha acontecido na noite anterior tínhamos que estar as duas lá, uma de frente para a outra procurando passar o maior e melhor alto astral para nosso ouvinte. Stress rolava como em qualquer relacionamento, mas a gente fazia o máximo para não transparecer isso no ar e conseguíamos!
Haveria espaço para o Clube das Mulheres em outra emissora de rádio ou ele é um programa com a cara da Brasil 2000 da época em que foi veiculado?
Sim, há espaço para o Clube em uma outra emissora, estávamos com um projeto quase que engatado, mas aí eu (Fabi) engravidei e os planos para mim na rádio acabaram mudando momentaneamente. Mas aquele Clube, daquele jeito, nunca mais será o mesmo!! Fica para a história do rádio!
O que vocês têm feito atualmente?
Má- Sou locutora da Metropolitana- 98.5fm (SP); estou no ar de segunda a sexta, das 08h30 ao meio dia e finais de semana. Durante a semana entre 10h e meio dia, apresento junto com Aldrin Mazzei o programa “Ele disse, Ela disse”- com entrevistas, bastante bom humor e participação de ouvintes ao vivo, cada dia um entrevistado e um tema diferente. espero encontrar com você por lá! Ah! Envie-me e-mails (marcela@metropolitana.com.br).
Fabi-Eu estou na Transamérica pop fazendo a rede das 14h às 18h. Faço para várias grandes cidades exceto São Paulo. Em Sampa dá pra me ouvir só nos finais de semana (100,1Fm), geralmente de sábado das 12h às 16h. Vocês podem me mandar e-mail para (locutor.fabianaferraz@transanet.com.br). Beijos para todos os saudosos do Clube…
Há dez anos, uma série de composições tirou do ar a Rádio Brasil 2000 FM. O Grupo Estado e a ESPN precisavam de um canal em FM para colocar no ar a programação que já vinha dando certo no AM. Com o nome de Eldorado/ESPN, a emissora que operava em 700Khz, veiculava um mix de jornalismo (tocado pela equipe da Eldorado) com transmissões esportivas (com o know how dos canais ESPN).
No entanto, havia uma dúvida no ar. O que fazer com a programação da antiga Eldorado FM, que operava nos 92,9Mhz, tinha um público fiel e, mais importante, patrocinadores. A solução foi costurar um acordo coma Fundação Brasil 2000, responsável pela programação veiculada nos 107,3Mhz. Em seus últimos anos, a emissora era identificada pela sua frequência, mas por muito tempo usou o nome Brasil 2000, se transformando em uma referência entre o público que gosta de rock.
A antiga Brasil 2000 vivia uma série de problemas na ocasião. Apesar da boa programação musical, não havia quase locutores ao vivo, muito menos programas especializados. Ela veio perdendo força ao longo dos anos em um processo que se iniciou no ano de 2001 depois da saída da dupla Tatola/Roberto Maia da direção e dos microfones também. Eles tinham bastante popularidade entre os ouvintes da emissora e um espaço na programação com o 2000 Volts, no final de tarde.
De repente, não mais que de repente, Lélio Teixeira foi contratado para ser o coordenador artístico. Uma de suas grandes inovações na emissora foi lançar o Na Geral, programa de debates futebolísticos que está no ar até hoje, com passagens pela Bandeirantes, Kiss FM e 105 FM. Atualmente, a atração está na Massa FM.
Com a saída de Lélio, que levou seu programa para a Bandeirantes, o convidado para tomar conta dos destinos na Brasil 2000 foi Kid Vinil, em 2003. Entretanto, nem isso serviu para dar algum alento à emissora. O próprio Kid assumiu depois que cometeu alguns erros em sua gestão e enfrentou desgastes com pessoas ligadas à administração da rádio.
Em seguida, o futuro da emissora foi envolvido em várias especulações. Falou-se que ela iria se transformar numa rádio 100% esportiva, tocada pelo Grupo Bandeirantes. Isso somente iria se concretizar anos depois e em um outro canal, com a saudosa Bradesco Esportes FM. Durante alguns meses de 2005, a programação jornalística matinal da Rádio Bandeirantes (06h às 10h) foi transmitida nos 107,3Mhz.
Outra especulação dava conta de que ela iria virar a Transamérica Hits. Quase que ela virou rádio infantil, com a marca de Playground FM, um projeto tocado por publicitários. Entretanto, quem se deu melhor foi o Grupo Estado, que em 2011 transferiu para os 107,3 a programação tradicional dos 92,9Mhz. Com isso, o caminho ficou aberto para a estreia da Estadão/ESPN. Todo esse processo se deu entre os dias 26 e 27 de março de 2011.
O nome oficial para a nova programação dos 107,3Mhz soava estranho: Eldorado Brasil 3000. Claro que foi abandonado pouco depois. Por sua vez, a Brasil 2000 migrou para a web, usando toda a estrutura usada na antiga emissora de rádio.
A parceria Estadão/ESPN nos 92,9Mhz durou muito pouco, sendo desfeita em 2013. Com isso, a emissora passou a se chamar apenas Estadão, com uma programação eminentemente jornalística. Em 2015, foi arrendada pela Comunidade Paz & Vida, do pastor Juanribe Pagliarin. Com isso, parte da programação jornalística foi migrada para os 107,3Mhz.
Porém, no ano de 2019, a frequência foi vendida ao empresário Carlos Massa, o Ratinho, que planejava colocar a sua Massa FM no mercado de São Paulo.
Já a web rádio Brasil 2000 foi descontinuada em 2016 (saiba mais aqui).
E com tantas idas e vindas, a frequência dos 107,3Mhz segue abrigando a programação da Rádio Eldorado FM, com destaque para o Jornal Eldorado, apresentado por Haisem Abaki e Carolina Ercolin.
Antes de encerrar deixo aqui dois links que resgaram um pouco mais da memória da Brasil 2000 FM.
Marcelo Rezende concedeu boas entrevistas à programas de rádio. Uma aconteceu em novembro de 2014, no Quem Somos Nós?, apresentado pelo publicitário Celso Loducca na Eldorado FM (ouça aqui). A outra rolou no Pânico, em dezembro de 2016, a última participação dele na consagrada atração da Jovem Pan FM (ouça aqui). Vamos destacar aqui a entrevista que talvez seja a mais marcante do jornalista e apresentador morto no último sábado. Ela foi dada ao programa Garagem, apresentado por André Barcinski, Álvaro Pereira Jr., Paulo Cesar Martin e Sandro Vieira na hoje extinta Brasil 2000 FM, em 29 de julho de 2002.
Um motivo que pode ter contribuído e muito para a participação de Rezende no Garagem foi a sua ligação profissional com Álvaro Pereira Jr. Ambos trabalharam juntos no jornalismo da TV Globo. Álvaro segue lá até hoje, fazendo reportagens prioritariamente para o Fantástico. Na ocasião, Marcelo Rezende estava estreando na Rede TV! como apresentador do Repórter Cidadão.
As historias de Marcelo Rezende tomaram conta do programa. A duração do Garagem teve de ser prolongada (de duas horas para duas horas e meia) a fim de acomodar a programação musical escolhida pelo trio e as intervenções do convidado. O jornalista contou histórias de bastidores da reportagem que fez sobre a prisão dos sequestradores do empresário Roberto Medina no Paraguai. Rezende acabou preso ao lado dos policiais brasileiros que para lá foram a fim de prender os criminosos. Uma história bem bizarra.
Rezende também contou como chegou à fita de vídeo que detonou o caso da Favela Naval, em que policiais fizeram de tudo com moradores de uma favela do município de Diadema (SP). Outro relato dele sobre o mesmo tema foi o da campana que fez para localizar uma das vítimas até convencê-la a aparecer na reportagem.
Não poderiam faltar temas relacionados ao esporte. Marcelo Rezende contou que foi comentarista esportivo da Rádio Nacional (RJ) na época de José Carlos Araújo. E mais histórias de bastidores: ele conta como foi até Miami para revelar a boa vida de um dirigente de futebol.
Todas essas histórias podem ser ouvidas em detalhes no player abaixo. O áudio foi extraído do blog Acervo Garagem, sem as músicas do playlist original.
Caso se confirme a notícia que o jornalista Anderson Cheni publicou em seu blog, a 107,3FM (a ex-Rádio Brasil 2000 FM) vai sair do ar. A frequência seria incluida em um pacote de mudanças promovido pelas emissoras de rádio do Grupo Estado: Eldorado AM e FM. Ambas irão transmitir a mesma programação e mudarão de nome, passando a se chamar Estadão/ESPN.
A ESPN obviamente cuidaria do esporte neste novo projeto. João Palomino é um dos responsáveis por sua implantação.
Com isso, a 107,3FM ira receber a programação da Eldorado FM que hoje é veiculada nos 92,9FM.
A Eldorado FM de hoje tem um público cativo e, mais importante, anunciantes. Este fator provavelmente pesou muito na decisão de se migrar a rádio para os 107,3Mhz.
A frequência em 107,3Mhz se transformou num “objeto de desejo” nos últimos anos. Nos últimos anos, ela foi envolvida em inúmeras negociações que não deram certo. O Grupo Bandeirantes a queria para lançar seu projeto de uma rádio 100% esportiva. A Rede Transamérica cogitou usa-la para colocar no ar a sua portadora Hits. Até mesmo um grupo independente tentou dar início a um projeto de rádio para crianças, chamado de Playground FM.
Essa mudança pega a 107,3FM bem no momento em que a emissora passava a ganhar uma identidade, com a criação de novos programas e reinauguração de seu site. Até há bem pouco tempo, a rádio tinha se transformado em um vitrolão rock and roll.