A Rádio Bandeirantes promove, a partir desta quarta-feira (11), uma série de entrevistas com vice-candidatos na disputa pela prefeitura de São Paulo. Até 18 de setembro, os âncoras Marco Antonio Sabino e Vitor Lupato vão receber os políticos às 10h30 no estúdio do programa Manhã Bandeirantes.
Confira a agenda:
• 11/09: José Aníbal, vice de José Luiz Datena (PSDB)
• 12/09: Professora Lúcia França, vice de Tabata Amaral (PSB)
• 13/09: Coronel Mello Araújo, vice de Ricardo Nunes (MDB)
• 16/09: Coronel Reynaldo Priell, vice de Marina Helena (Novo)
• 17/09: Marta Suplicy, vice de Guilherme Boulos (PSOL)
• 18/09: Antônia de Jesus, vice de Pablo Marçal (PRTB)
A emissora pode ser ouvida no dial em 86.3 FM e em 90.9 FM na capital paulista. O público também pode acompanhar a programação pela antena parabólica (canal 376 na banda KU) e nas operadoras de TV por assinatura Claro (seção Música) e SKY (canal 795).
Outra opção é o acesso por meio das plataformas digitais: aplicativo Bandplay (versões web e mobile para sistemas Android e iOS), site oficial, Facebook e YouTube.
Antes ocupadas pelo tradicional Bandeirantes a Caminho do Sol, as madrugadas da Rádio Bandeirantes serão ocupadas com o áudio do Band News TV, canal de notícias da tv por assinatura. A informação foi dada por Flávio Ricco em sua coluna de sábado e confirmada pelo blog Radioamantes.
Coincidência ou não, tal medida ocorre quase dez anos depois que a atração passou por uma reformulação que a descaracterizou. Em um outro momento de crise do Grupo Bandeirantes, em agosto de 2013, a rádio passou por uma onda de demissões. Zancopé Simões, que na época, estava à frente do programa, foi dispensado. A partir de então, o programa alternava blocos musicais com reprises de programas e entrevistas veiculadas na programação normal da emissora.
Apenas em 2018, houve uma exceção e o programa foi todo ao vivo. Na virada de 6 para 7 de abril daquele ano houve toda a expectativa para a prisão de Luis Inácio Lula da Silva devido aos desdobramentos da Operação Lava Jato. João Paulo Cappellanes esteve na âncoragem, com intervenções ao vivo de Yuri Cavalieri, diretamente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, local onde Lula permaneceu até se entregar às autoridades.
Nos últimos anos, o Bandeirantes a Caminho do Sol voltou a ter apresentação ao vivo de forma mais regular, tendo a frente o jornalista Vitor Lupato.
Em 2022, o período das 04h às 06h passou a ser ocupado pela veículação do 1º Jornal, da TV Bandeirantes, apresentado por João Paulo Vergueiro.
Reflexo de uma nova crise
Isto nada mais é que um reflexo de uma nova crise pela qual passa o Grupo Bandeirantes de Comunicação, deflagrada após o fracasso da passagem de Fausto Silva pela TV Bandeirantes, como apontam vários sites que cobrem o veículo.
Ao menos, mais dois reflexos foram sentidos nas emissoras de rádio do grupo. Uma foi a demissão de Agostinho Teixeira, que comandava o Manhã Bandeirantes ao lado de José Luiz Datena. A outra é que a Rádio Band News também foi atingida. Juliana Yamaoka, que integrava a equipe esportiva, deixou a emissora.
Ainda sobre a demissão de Agostinho Teixeira, o apresentador José Luiz Datena fez um desabafo: “Eu recebi como uma facada no meio do meu coração a demissão do meu irmão, amigo, camarada, parceiro, Agostinho Teixeira. Foi algo superinesperado. Não imaginei que no meio dessa tempestade eu iria perder, profissionalmente, um amigo tão importante na minha carreira aqui na Rádio Bandeirantes”.
Datena já havia sofrido um outro golpe após a perda de investimentos no Brasil Urgente, que apresenta na tv. A atração não conta mais com imagens aéreas de helicóptero, preciosas para a cobertura de fatos policiais.
TV no rádio
Voltando ao Bandeirantes a Caminho do Sol, o que está sendo feito com as madrugadas da Rádio Bandeirantes é um verdadeiro desperdício. Apesar de não existirem pesquisas que comprovem isso, existe uma parcela de público que está disponível para consumir qualquer tipo de conteúdo ao vivo.
A tv por assinatura e muito menos a tevê aberta não contemplam esse contingente de pessoas. O rádio poderia ocupar esse espaço para atendê-los.
E sobre o “tv no rádio”, quem sai perdendo é o ouvinte (sempre ele), que deverá usar muito mais a imaginação para acompanhar um jornalístico pensado e preparado para a televisão.