Por Rodney Brocanelli
Todo o noticiário em torno da nova fase da Rádio Globo, que começa a partir de março, destaca que nomes da TV farão parte da nova programação. Alguns deles: Otaviano Costa (Vídeo Show) , Maria Julia Coutinho (Jornal Nacional), Flavia Oliveira (Globo News), Mariana Godoy (Rede TV!, mas que ficou muitos anos no ar pela Globo e Globo News). Conforme texto de Anderson Cheni: “A aposta em nomes conhecidos da telinha será intensificada e garante fonte da coluna que não tem volta, seja jornalista, ator, apresentador, famoso etc… Se for da casa então (emissoras do Grupo Globo), melhor ainda”.
A história mostra que não é a primeira vez que o rádio recorre a nomes da televisão para tentar sobreviver. Como bem lembrou João Alckmin, na edição da última sexta do Radioamantes no Ar, a Jovem Pan fez a mesma coisa no final da década de 1960. No livro, “Jovem Pan, 50 anos”, lançado em 1994, pela Editora Maltese, Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Seu Tuta, contou como esse processo se deu. As mudanças começaram pelo nome da emissora, a partir de uma sugestão de Paulo Machado de Carvalho:
“Eu dei a ideia para meu pai de mudar tudo na Panamericana, que estava sem rumo, sem faturamento, sem nada Ele achou que eu deveria assumir a direção-geral da rádio para fazer as modificações que julgasse necessárias. Foi ele que deu o nome de “Jovem Pan”. Era o tempo da “Jovem Guarda” e a televisão estava com um sucesso enorme, especialmente o programa do Roberto Carlos. Então meu pai deu a ideia de que a nova Panamericana poderia se chamar “Jovem Pan” Isso acertado, eu comecei a mexer na programação”.
Com o aval do pai, Seu Tuta primeiro formou uma equipe de esportes, depois formou o play list musical e na sequência procurou nomes da televisão para comandar programas na emissora:
“(…) eu fui buscar o pessoal da TV Record para fazer programas na Jovem Pan. Vieram o Roberto Carlos, o Erasmo Carlos, a Wanderléia, o Agnaldo Rayol, Cidinha Campos, Hebe Camargo, Elis Regina, Jair Rodrigues, Miriam Batucada e muitos outros. A gente começou a fazer programas de 15 minutos, de meia-hora e até de uma hora, dependendo do artista”.
Os resultados, segundo o Seo Tuta, não tardaram a aparecer:
“A rádio começou a ficar conhecida. As pessoas queriam saber das coisas dos grandes ídolos da música popular brasileira e da TV Record. E tudo isso estava na Jovem Pan”.
A comparação dos casos Jovem Pan e Globo ganha mais sentido quando lê-se no blog de Anderson Cheni que o programa de Otaviano Costa (coincidentemente, ex-Jovem Pan, só que FM) será apresentado diretamente do antigo Projac, hoje conhecido como Estúdios Globo, onde são gravadas as novelas, minisséries e programas de auditório e variedades. Lá fica também a casa do Big Brother Brasil.
Se na década de 1960, a TV Record foi usada para alavancar a programação da Rádio Jovem Pan hoje, em pleno século XXI, a Rádio Globo vai usar a TV Globo para tentar definir seu futuro. No passado, deu certo.

E eu duvido que nesse presente a estratégia da Globo vai dar certo
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NÃO FAZENDO COMO A ATUAL JOVEM PAN , QUE DISPENSOU VÁRIOS PROFISSIONAIS DE QUALIDADE JÁ SERÁ ÓTIMO.
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Boa, é por aí mesmo, não pode mais ficar na mimice, ainda mais em programa em que a equipe não funciona e é cheio de egos juntos, cada um querendo tomar o lugar de outro, vide que a Rádio Band News com jornalistas da Tv Band News está dando certo como o José Simão e o Boechat, tomara que a Radio Globo faça isso, estou na torcida.
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O NEGOCIO DEU CERTO, MAS A JOVEM AM NÃO É A RIMEIRA HOJE, QUER DIZER NÃO DEU MUITO CERTO NÃO.
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