Em 1986, Rita Lee foi uma das apresentadoras da 89 FM, que havia se transformado em rádio de rock em dezembro de 1985. Ela comandava uma atração semanal no começo das noites de sábado, o Radioamador. “Uma hora de variedades sobre música pop brasileira e internacional”, conforme a definição do jornal Folha de S. Paulo, publicada em 04 de março de 1986, uma terça. A estreia aconteceu três dias antes, no dia 1º de março do mesmo ano, um sábado, às 18h.
O Rádio Amador era apresentado ao vivo, mas com algumas partes pré-gravadas, exemplo da entrevista com o roqueiro Supla, convidado especial da estreia. Na ocasião, ele era o vocalista da banda Tóquio.
Além da parte cultural, havia um espaço para a consciência ambiental com a campanha “Tietes do Tietê, cuja intenção era chamar a atenção da população e autoridades de São Paulo para a poluição do Rio Tietê, situação que não foi resolvida em pleno século XXI.
Ao lado de Rita nesta empreitada radiofônica estavam Roberto de Carvalho e o jornalista e escritor Antonio Bivar.
A própria 89 FM registrou a passagem de Rita pelos seus estúdios em um texto publicado em seu site. clique aqui para ver). Uma pena que o texto não esclareça é se todas as 35 edições da atração foram preservadas em seus arquivos.
Ao menos um registro do Radioamador está disponível no YouTube. Virginie, vocalista do Metrô, um dos destaques do rock nacional dos anos 1980, subiu para a plataforma de vídeos a segunda edição do programa. O destaque vai para a entrevista com a própria cantora, que acabara de ser dispensada de sua própria banda.
Em um dos trechos do bate-papo, Virginie fala de sua saída. Rita intervém e faz uma relação com seu próprio passado na banda Mutantes, não sem uma pitada de humor: “ôrra meu, os gato ficaram com ciúmes. Uma gata lá na frente, certo? (…) eu entendo isso, já passei por isso”. Ouça abaixo.
Rita Lee morreu no final da noite da última segunda (08), aos 75 anos.
Em 2005, eu publiquei numa revista eletrônica (ou e-zine, como queiram) chamada Ruídos (veja aqui) uma entrevista com Fabiana Ferraz e Marcela Rocha. Elas formaram a dupla de apresentadoras de um dos programas mais interessantes da extinta Rádio Brasil 2000 FM, o Clube das Mulheres, que durou aproximadamente um ano, a partir de 1999. Mais detalhes na introdução do texto, que foi mantida da publicação original, abaixo.
A Fabiana seguiu sua trajetória no rádio e ela hoje está na Rádio Cultura Brasil, comandando o programa Galeria. Antes, esteve na Brasil Atual FM. Trabalhou também em outras emissoras: Transamérica, Metropolitana FM, Mitsubishi FM, USP FM e Antena 1. Saiba mais sobre o trabalho atual da Fabi clicando aqui.
Por sua vez, a Marcela, em rádio, passou depois pela Kiss e Metropolitana, ambas em São Paulo. Aliás, elas chegaram a reeditar a dupla na própria Metropolitana, ao lado de Rafael Cortez no programa Na Pegada. Aliás, foi dele que extraímos a foto que ilustra este post.
Bastidores da entrevista: mandei as perguntas por e-mail e elas combinaram as respostas. Só no final é que que cada uma respondeu de forma individual. Deixei como está, com direito até aos endereços eletrônicos das emissoras em elas estavam na época (não deverão funcionar em 2022, nunca é demais lembrar).
Uma pena que não consegui encontrar qualquer registro do Clube das Mulheres, da Brasil 2000, na Internet. Leia abaixo a entrevista
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Todo mundo se refere ao Garagem como um dos programas mais legais da história da Rádio Brasil 2000 (o programa está saindo do ar e indo para o UOL). Porém, na mesma época em que ele estreou (no ano de 1999) a emissora levara ao ar um programa tão ou mais bacana. O forte nem era a programação musical, mas a química entre as duas apresentadores e seus ouvintes. A atração em questão era o “Clube das Mulheres”, apresentado por Fabiana Ferraz e Marcela Rocha, levado ao ar diariamente entre 07h e 11h.
A estrutura era simples: nas duas primeiras horas, elas tocavam clássicos do rock e liam as notícias do dia. Às 10h começava o Discagem Direta do Ouvinte, no qual a audiência entrava para pedir uma música e levar um papo com a Fabi e com a Má. De vez em quando nesse espaço rolavam entrevistas interessantes. Quando não havia nenhum convidado especial, os ouvintes contavam seus problemas afetivos e isso com uma trilha poderosa de fundo: “Glory Box”, do Porthishead.
O “Clube das Mulheres” dessa fase durou um ano aproximadamente. Marcela Rocha acabou deixando a Brasil 2000 e Fabiana Ferraz ficou sozinha no comando por mais algum tempo para logo sair do ar e dar lugar ao “Blog do Tas”, projeto do apresentador Marcelo Tas que não durou muito. O Ruídos conseguiu reunir novamente Fabi e Má para relembrar os grandes momentos do programa que fazia o deleite de marmanjões.
Como surgiu a idéia do programa?
A idéia inicial do programa veio do coordenador artístico que na época era o Tatola (N. do R.: o Tatola que hoje está na 89 FM e na tevê com o Perrengue, na Band). Com o passar do tempo, O “Clube” desenvolveu uma cara diferente da inicial. Mas a proposta sempre foi descontração e informação com muita feminilidade e bom humor.
Vocês duas já haviam trabalhado juntas antes de assumirem o Clube das Mulheres?
Não…juntas, juntinhas, não!!Mas já fazíamos parte da equipe da rádio…Fabi como locutora e Má como estagiária e depois produtora.
Houve algum modelo no qual vocês se inspiraram ou o tom encontrado para o comando do programa foi surgindo aos poucos?
Exatamente isso, o tom do programa veio aos poucos. Nosso entrosamento, que aumentava a cada dia, colaborou bastante para que o programa passasse um clima de amizade e de “estar à vontade” no ar.
Um dos quadros do programa era o Discagem Direta do Ouvinte, com entradas ao vivo de ouvintes para solicitar músicas. Vocês chegaram a enfrentar algum tipo de situação engraçada, embaraçosa etc?
Várias situações engraçadas…Uma vez a gente decidiu fazer campeonato de arroto no ar; tinha que dizer Clube das Mulheres arrotando…Imagine o que saiu!!! Foi um sucesso! E teve ouvinte que conseguiu!!
Quais foram as entrevistas mais marcantes que vocês fizeram?
Tiveram várias marcantes como a da Rita Lee com o Roberto de Carvalho, foi um êxtase total! A gente sempre se afirmou grandes fãs da tia Rita! Outra entrevista que foi muito bacana foi com o Wando… Demais!! Fora as com grandes bandas como Cidade Negra, Nação Zumbi, Gerald Thomas entre outras…
Outra característica era o aconselhamento de ouvintes que entravam em contato para falar de seus problemas afetivos. Qual foi o caso mais complicado com o qual tiveram de lidar?
Casos complicados tiveram vários. Os mais delicados eram os que envolviam a questão da homossexualidade, de se assumir homossexual.
Qual era o desempenho do Clube das Mulheres no ranking do Ibope?
A Brasil 2000 nunca foi líder de audiência em nenhum horário, mas naquela época, conseguíamos atingir um público de cerca de 20 a 30 mil ouvintes por minuto.
Por que a dupla acabou sendo desfeita?
A dupla foi desfeita por causa de mudanças na coordenação… Mudou toda a direção da rádio e as idéias e projetos já não eram mais os mesmos. E, pra mim (Fabi), a essência e o conceito criativo do Clube acabou ali.
Numa entrevista, Roberto Maia, ex-diretor artístico da Brasil 2000, disse que a qúimica entre vocês era muito legal (clique aqui pra ver). Falem um pouco mais a esse respeito. Nunca chegraram a ter algum tipo de desentendimento durante o programa?
Realmente a nossa química era demais. A gente se entendia no olhar… Mas também se desentendia da mesma forma… Era como um casamento. Não importava o que tinha acontecido na noite anterior tínhamos que estar as duas lá, uma de frente para a outra procurando passar o maior e melhor alto astral para nosso ouvinte. Stress rolava como em qualquer relacionamento, mas a gente fazia o máximo para não transparecer isso no ar e conseguíamos!
Haveria espaço para o Clube das Mulheres em outra emissora de rádio ou ele é um programa com a cara da Brasil 2000 da época em que foi veiculado?
Sim, há espaço para o Clube em uma outra emissora, estávamos com um projeto quase que engatado, mas aí eu (Fabi) engravidei e os planos para mim na rádio acabaram mudando momentaneamente. Mas aquele Clube, daquele jeito, nunca mais será o mesmo!! Fica para a história do rádio!
O que vocês têm feito atualmente?
Má- Sou locutora da Metropolitana- 98.5fm (SP); estou no ar de segunda a sexta, das 08h30 ao meio dia e finais de semana. Durante a semana entre 10h e meio dia, apresento junto com Aldrin Mazzei o programa “Ele disse, Ela disse”- com entrevistas, bastante bom humor e participação de ouvintes ao vivo, cada dia um entrevistado e um tema diferente. espero encontrar com você por lá! Ah! Envie-me e-mails (marcela@metropolitana.com.br).
Fabi-Eu estou na Transamérica pop fazendo a rede das 14h às 18h. Faço para várias grandes cidades exceto São Paulo. Em Sampa dá pra me ouvir só nos finais de semana (100,1Fm), geralmente de sábado das 12h às 16h. Vocês podem me mandar e-mail para (locutor.fabianaferraz@transanet.com.br). Beijos para todos os saudosos do Clube…
Morreu nesta terça (14) o ex-deputado e empresário José Camargo. Ele estava internado no hospital Albert Einstein e foi vitimado por uma insuficiência cardíaca. Tinha 91 anos. Foi deputado federal por São Paulo durante 20 anos, entre as décadas de 1970 e 1990. Camargo fundou as rádios 89 FM, Alpha FM e Nativa FM. As duas primeiras, seguem controladas por seu grupo de comunicação, o GC2 (Grupo Camargo de Comunicação). Por sua vez, a Nativa é administrada pelo Grupo Bandeirantes. O velório e o enterro aconteceram nesta quarta (15) no cemitério do Morumbi.
Morreu nesta última segunda (27) a DJ, produtora cultura e radialista Sonia Abreu, aos 68 anos. A causa, segundo informações de veículos de imprensa, foi em decorrência de problemas respiratórios decorrentes da esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa. Sonia esteve internada em um hospital de São Paulo desde a última sexta. O velório aconteceu nesta terça, no Funeral Home, localizado na região da Av. Paulista. O local do enterro ou cremação não foi divulgado.
Atualmente, Sonia Abreu era mais reconhecia pela sua atuação como DJ. No entanto, ela começou a trabalhar em rádio no final da década de 1960, como produtora musical da Rádio Excelsior (hoje CBN). Em paralelo, trabalhou na gravadors Som Livre, sendo responsável pelas coletâneas “A Máquina do Som”, com músicas tocadas na programação da Excelsior, e “Papagaio Disco Club”.
No final dos anos 1970, passou a tocar na casa noturna Papagaio Disco Club, sendo assim a primeira DJ mulher do país. Assinou uma coluna na mitológica revista Pop, da antiga Editora Abril.
Ainda em rádio, teve passagem no final dos anos 1980 pela 89 FM, onde apresentou vários programas e fazia horários aos finais de semana. Destaque para o 89 Dark Light. Outro programa memorável dessa fase era o Ondas Tropicais. Na década seguinte, mudou-se para a extinta Brasil 2000.
Enquanto não estava no ar, ela montou o projeto Ondas Tropicais, no qual ela dava som ao ar livre,em locais como o Ibirapuera, a praça Por do Sol, entre outros, graças a um sistema de som instalado dentro de um ônibus. Sonia teve uma banda também, a Banda do Quarto Mundo, com a qual se apresentou em casas noturnas e festivais
Nos últimos anos, vinha se dedicando ao ofício de DJ. Em julho passado, ela se apresentou na Galeria Olido, de cadeira de rodas.
Veja abaixo trechos de uma entrevista de Sonia Abreu ao programa Trip FM, da Eldorado FM.
Morreu nesta sexta-feira, o músico, radialista e apresentador Kid Vinil. No dia 19 de abril, ele passou mal em uma apresentação na cidade de Conselheiro Lafaiete (MG). Foi internado em um hospital municipal e depois transferido para o hospital TotalCor, em São Paulo. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Como músico, ele fez parte das bandas, entre outras, Verminose e Magazine. Com esta última, conseguiu sucesso comercial na explosão do rock nacional dos anos 1980. Apesar dos hits “Sou Boy” e “Tic Tic Nervoso”, Kid não chegou a entrar para o panteão dos nomes clássicos daquela geração, como Renato Russo, Herbert Vianna, por exemplo. No entanto, foi no rádio onde ele conseguiu deixar a sua marca, influenciando uma grande parcela de ouvintes. Para isso, o apresentador se valeu de uma fórmula simples: ele procurava ser sempre didático. Sem enrolar muito, Kid informava ao ouvinte curiosidades e informações sobre a música ou banda que iria tocar.
No começo dos anos 1980, ele teve um programa na Rádio Excelsior FM (hoje CBN) chamado “Programa do Kid Vinil”. Em seguida, na mesma emissora, fez uma parceria com Leopoldo Rey para comandar o “Rock Sandwich”. Naquela época, a Excelsior tinha como diretor Maurício Kubrusly.
Antes do estouro com o Magazine, Kid passou pela Antena 1 FM, que era bem diferente daquela que está hoje no ar. Em 1986, voltou ao rádio, comandando um programa semanal na 89 FM. No começo da década de 1990, apresentou na Brasil 2000, ao lado de Mauro Beting, o semanal Digital Sessions. Era uma verdadeira anarquia, no bom sentido.
Talvez o grande momento de Kid Vinil no rádio começou na 97 FM, por volta do ano de 1993, quando comandou o diário “Patrulha Noturna”. Ele tinha quatro horas livres, ao vivo, a partir das 22h, para tocar aquilo que quisesse. Perdi a conta de quantas madrugadas eu ficava colado no meu aparelho de som, ouvindo a seleção musical de Kid, nem que isso significasse pouquíssimas horas de sono. O duro era levantar cedo para ir à aula, mas valia a pena. Naquela época, Kid começou a mostrar bandas que que seriam muito reconhecidas no cenário internacional. Uma delas era simplesmente o Oasis.
Em dezembro de 1994, a 97 FM abandonou o rock e se transformou em uma rádio de música eletrônica. Na época, o então diretor Lélio Teixeira (ele mesmo) disse à Folha de S. Paulo que o estilo não era mais viável comercialmente. Kid falou sobre isso numa entrevista à Rádio Onze, uma rádio livre ligada ao Centro Acadêmico da Faculdade de Direito-USP: “As pessoas querem que a coisa dê dinheiro, querem faturar e não sabem o que fazer. Na 97 FM aconteceu isso. Eles querem faturar, no entanto, ainda não conseguiram com o poperô. Acho que deveriam mudar para samba ou sertanejo. Se eles querem ganhar dinheiro, tem que ser com uma coisa bem brega mesmo, porque o popular é que dá dinheiro”. Vale lembrar que em 1999, a emissora adotou uma linha mais popular, ainda que por pouco tempo.
Kid não ficou muito tempo fora do ar e se transferiu para a Brasil 2000 no começo de 1995. Foi nela que ele passou a falar de uma banda que estava com uma grande repercussão na Inglaterra, comandada por uma vocalista de origem brasileira: o Drugstore, de Isabel Monteiro. Nesse período, ele passou a ter uma visão bem critica dos ouvintes de rock: “Quem gosta de rock eh um público pequeno, isso o rock de verdade. Tem cara que prefere comprar o disco para ouvir em casa a ouvir radio, eu conheço muitas pessoas que fazem isso e não estão nem aí para o fato de ter rádio tocando ou não. O público de rock é complicado de se trabalhar. Eu vejo pela Brasil 2000. A gente tem um número de ouvintes limitado. É uma coisa muito dirigida, quem gosta de rock é um outro publico. As pessoas que ouvem essas rádios mais populares gostam de qualquer coisa, não tem um gosto especifico”, disse ele em entrevista à Rádio Onze.
Depois de uma nova passagem pela 89 FM, em 1996, Kid foi para a então novata Mix FM no ano seguinte. Ela ainda não tinha se transformado em uma rádio pop e o apresentador ocupava o horário entre 21h e 01h. Ele já não tinha tanta liberdade nessa emissora. Apenas no período da meia noite à uma da manhã havia espaço para uma programação mais pessoal, além de atender a pedidos dos ouvintes que chegavam via fax.
Entre 2001 e 2003, Kid Vinil teve uma experiência radiofônica do outro lado do balcão: ele dirigiu a Brasil 2000, mas devido a problemas internos, essa passagem não foi muito feliz. Ao site Rock em Geral, ele disse: “Uma das diretoras me chamou para ser o coordenador geral da rádio, e eu achei legal, ia ter toda a liberdade. Só que a rádio não dependia só dessa pessoa que me chamou, ela pertence a uma universidade e havia outras irmãs que ficam dando palpite. Cada uma gosta de uma coisa. Uma delas gostava de world music; a outra, de pop descartável. E, outra, que foi a que me chamou, mais de alternativo. E tinha um sobrinho que ficava minando o meu trabalho, querendo o meu lugar – e acabou conseguindo. Eles queriam que a rádio fosse da família, e acabou sendo, só que a família não conhece nada de música. Tiveram a oportunidade de ter credibilidade, mas minaram o meu trabalho. No primeiro ano deu certo, no segundo, quando eu comecei a ser afastado, a coisa degringolou”. Mesmo com tantos problemas, ele não deixou de fazer a sua autocrítica: “Hoje eu faria diferente. Na época, peguei pesado na coisa e fazer uma rádio alternativa. Muita gente até me criticou por isso. Deixei a rádio muito alternativa, fui com sede ao pote. Hoje eu faria uma coisa mais equilibrada, colocaria sucessos, clássicos do rock e as coisas mais alternativas, não seria tão lado B”. Uma pena que os personagens citados não foram nomeados.
Nos últimos tempos, Kid se dividiu entre a web rádio da Brasil 2000, até ela ser extinta, e a 89 FM, emissora onde tinha um programa semanal.
Para encerrar, deixo aqui uma lembrança inusitada de sua passagem pela Mix FM. Em uma bela noite, o áudio de um programa da Igreja Universal passou a vazar no ar. A reação de Kid Vinil foi impagável.
Com o Tarde Demais 89, você vai ficar por dentro de tudo o que rola na Rádio Rock, com participações diárias de integrantes da equipe da 89. As novidades das bandas, os sons novos na programação musical, os destaques dos programas da rádio, as novas promoções, as atualizações do site e das redes sociais da 89, tudo integrado e apresentado de forma dinâmica e descontraída.
Durante 3 horas, Tarde Demais 89 traz notícias do mundo do rock, atualidades, novidades, lançamentos, curiosidades, matérias especiais, promoções, prêmios e muito rock n’roll!
TARDE DEMAIS 89 – Rock n’roll e informação como só a 89 sabe fazer! Estreia nesta segunda, 2 de março!
Serviço: Tarde Demais 89 De segunda a sexta, das 14h às 17h. Apresentação: PH Dragani Produção: Bia Sato 89,1 MHz – São Paulo
O programa “Quem Não Faz, Toma” estreou na 89 FM antes mesmo da emissora voltar a se dedicar ao rock. O programa, capitaneado por Tatola e que tem Dennys Motta, Angelo Campos e Ricardinho Mendonça na equipe, é um bate-papo sem roteiro entre quatro amigos, que comentam os acontecimentos do dia e tiram sarro das notícias sobre celebridades. Apesar do nome fazer uma alusão ao futebol, o esporte é apenas citado em alguns momentos e tem destaque apenas nos dias de jogos.
Agora o programa vai ganhar sua versão para TV. Sob o nome de “Encrenca”, os quatro estreiam no próximo dia 29 de junho na RedeTV!. Sim, eles vão encarar o difícil domingo à noite, das 19h às 20h30.
Na noite desta segunda-feira, 16, os quadro se juntaram ao diretor do programa, Ricardo de Barros, para explicar um pouco mais sobre a ideia e os objetivos do programa. “O negócio é se divertir. O máximo que pode acontecer é não dar certo e a RedeTV! Mandar a gente embora”, disse Tatola.
O programa nem teve piloto para a TV. Dois dias depois de uma reunião com a direção da emissora já havia o roteiro e a aprovação para ir ao ar.
Claro que a comparação com o Pânico na TV! Seria inevitável, já que os dois programas guardam detalhes parecidos: do rádio para a TV e no domingo à noite. O diretor Ricardo de Barros faz questão de separar as coisas: “O ‘Encrenca’ é mais leve e mais família”.
Sobre a diferença de nomes entre o rádio e a TV, a equipe foi unânime: “É para separar as coisas. O que a gente faz no rádio é diferente do que a gente vai fazer na TV.E é algo mais do lado burocrático também, direitos, etc”, defende Tatola, com a anuência dos outros integrantes. Mesmo assim, ele afirmou que o programa na TV deve aproveitar conteúdo do rádio.
Na coletiva de imprensa foi exibido também um teaser com trechos de matérias. O vídeo mostrou a equipe do programa na abertura da Copa do Mundo brincando com torcedores no estádio e nos aeroportos e a apresentação se dá num estúdio bem simples, sem cenário, todo preto e com os quatro sentados em banquinhos. Esse deve ser o tom do programa.
A 89 FM, que retornou para o dial com sua face rock ‘n’ roll, está contando sua história no programa “28 Anos que Mudaram o Rock”. Quem apresenta é o jornalista Ricardo Alexandre, que também é o responsável pelo livro recém lançado que também fala sobre A Rádio Rock.
O primeiro entrevistado, claro, é Luis Fernando Magliocca, profissional que recebeu a incumbência de criar a 89 FM em 1985. Magliocca conta sua história no rádio e conta como nasceu a emissora. Com isso, ele acaba contando um pouco da história do rádio paulistano em FM.
No próximo domingo, dia 1º de junho, a 89 FM estreia o programa “28 Anos que Mudaram o Rock”. Comandado pelo jornalista Ricardo Alexandre, a atração terá sempre um convidado ligado à história da emissora ou à história do rádio para um bate-papo. Na primeira edição, o convidado será Luis Fernando Magliocca, um dos primeiros diretores da emissora, que falará sobre o ano de 1985, ano em ela passou a ser conhecida como “rádio rock”. Além da conversa, muita música, com uma seleção dez músicas da época feita pelo ouvinte.
Alexandre tem uma vasta experiência em jornalismo impresso. Passou por diversos veículos, entre os quais podem-se destacar o jornal “O Estado de S. Paulo”, e as revistas “Bizz” e “Época São Paulo”. É autor de um livro sobre a história da 89 FM, cuja previsão inicial de publicação está prevista para março. Além dessa obra, já publicou outras: “Dias de Luta” e “Cheguei a Tempo de Ver o Palco Desabar”, dedicados ao rock brasileiro dos anos 1980 e 1990, respectivamente, e “Nem Vem Que Não Tem”, uma biografia do cantor Wilson Simonal.
“28 anos que mudaram o rock” terá um total de 29 episódios. O programa irá ao ar as 11h30. No player abaixo, é possível ouvir sua chamada.
Depois de uma semana de recesso, o Radioamantes no Ar está de volta à grade da Showtime web rádio (http://www.showtimeradio.com.br/) com muitos assuntos palpitantes. Um deles: o livro da 89 FM que está recorrendo ao financiamento coletivo para chegar as livrarias. Ainda: as más condições dadas aos profissionais de rádio para transmitirem partidas em estádios de futebol. E mais: a mudança envolvendo a Vida FM, emissora do segmento gospel que teve de mudar de freqüência após ação da Anatel. Com Rodney Brocanelli e participação de João Alkmin e Flávio Aschar.
A grande novidade sobre a obra é que agora ela entrou no processo de crowdfunding para ser publicado. Um vídeo divulgado nas redes sociais, explica como funciona. Clique no link abaixo para assistí-lo.
Como tudo na vida, o crowdfunding tem seus prós e contras. Um dos prós: finalmente, um livro que está inédito desde 2005 ganha o impulso necessário para ser publicado. Uma obra de qualidade, bem escrita, que conta a história (sem ser chapa branca) de uma das emissoras de rádio que deixou sua marca no dial da Grande São Paulo.. Alguns dos contras: passa a impressão de que nenhuma editora se interessou pelo projeto. E a que se interessou, no caso a Tambor, comandada por André Forastieri, não tem grana para lançá-lo no momento.
Mais um contra: esse sistema de crowdfunding tem lá suas recompensas. São quatro cotas, que dão direito alguns brindes, com valores que vão de R$ 50,00 (a primeira) à R$ 300,00 (a terceira). Existe uma quarta cota (cujo valor não foi revelado no vídeo, mas sabe-se que é acima de R$ 700,00) e quem se dispuser a pagá-la terá direito a participar durante uma hora na programação da rádio, fazendo a seleção musical. É nisso que está o contra: nessa época em que se defende uma participação maior do ouvinte, aqui o camarada precisa colaborar com o livro para participar da rádio?
O lançamento do livro está previsto para o mês de abril. Para quem deseja colaborar, aí vai o link:
O site acima informa que a verba será usada para produção gráfica, produção editorial, impressão de 3.500 livros. 13% são da hospedeira do crowdfunding.
A TV Gazeta exibiu, na segunda metade da década de 1980, um programa chamado “Toquem Rock”. Dedicado às bandas de garagem, o programa colocou no ar bandas como Viper, Excalibur e a cantora Rita Lee, já em carreira solo.
Num desses programas, o “Toquem Rock” foi conhecer o estudo da 89 FM, “a rádio do rock” – como ela é anunciada. O locutor Éverson Cândido mostra o estudo e explica como funcionavam as casseteiras. O trecho é curtinho e pode ser visto nesse vídeo abaixo, a partir do tempo 8m28s:
Depois de muitas negociações, desmentidos, informações desencontradas e afobação, agora sim temos a confirmação de que a 89,1 volta a ser A Rádio Rock.
A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 12 de novembro. Existiam duas soluções para o buraco que ia tomar conta da frequência 89,1 Mhz. A que ficou para trás foi a da Igreja Universal do Reino de Deus. Em números não confirmados, a entidade teria oferecido R$ 700 milhões por cinco anos. Na hora de fechar o negócio, a interessada não oficializou.
A outra solução, que levou o negócio, foi ressuscitar a marca e o formato clássicos que tornaram a frequência famosa nacionalmente: 89, A Rádio Rock.
Há menos de um mês, A Rádio Rock voltou a ser assunto quando apareceu na web. Lá, ela procura reproduzir a programação da fase áurea da 89, na década de 1990. Quem toca o projeto é Junior, irmão de Neneto Camargo, que por sua vez é proprietário da 89 FM.
Junto com a 89 na web, a própria 89 FM passou a receber intervenções roqueiras nos fins de semana. Tatola, Luka e Thiago DJ, entre outros apresentadores “clássicos” da 89 FM, passaram pela frequência tocando rock e chamando a audiência para participar do movimento que pedia a volta do gênero musical na programação da emissora. Em pouco menos de um mês, a página oficial do movimento no Facebook atraiu mais de 70 mil fãs.
O contrato será assinado em breve, oficializando o retorno da programação clássica. A 89, A Rádio Rock, contará com alguns patrocinadores, que já foram fechados mas ainda não foram divulgados.
Como informado no post abaixo (clique aqui para quem chegou via Google), a 89 FM veiculou entre 10h e 14h deste sábado uma programação diferente. Comandada por Tatola, a atração rolou sucessos do rock, muitos deles veiculados durante a fase em que a emissora se dedicava ao estilo, além de depoimentos de ex-profissionais, como Juan Pastor. Tudo teve uma cara de ação comercial para promover o site A Rádio Rock, que já está em pleno funcionamento.
A grande dúvida era saber os motivos que levaram a 89 FM a dedicar um bom espaço de sua programação para esse site, em um horário que pode ser considerado como nobre. Uma rápida pequisa no site Registro.br traz a resposta: José Camargo Jr. aparece como seu responsável. O domínio foi criado em agosto de 2007. A alteração mais recente aconteceu no dia 22 de outubro de 2012.
Se as notícias que vem do mercado se confirmarem, a 89 FM terá um novo destino a partir do dia 31 de outubro. E José Camargo Jr., não irá abandonar o meio. Digamos que ele apenas vai mudar de plataforma…