Conmebol não deverá cobrar do rádio os direitos de transmissão. Por enquanto

Por Rodney Brocanelli

A Conmebol não deverá cobrar direitos de transmissão dos jogos das competições que organiza (Libertadores, eliminatórias para a Copa e Sul-americana) para o ano de 2020. No entanto, isso não significa que a entidade tenha deixado de lado essa ideia, pretendendo retomá-la mais adiante. Essas informações foram divulgadas pelo jornalista  Martin Gomez de Freitas, dirigente do Circulo de Periodistas Deportivos del Uruguay. Ele participou, via Whatsapp, do programa Esperando o Futebol, da Rádio Guaíba, nesta quinta (17 – ouça abaixo).

Em julho último, o jornalista Cristiano Silva, da Rádio Guaíba, divulgou a informação de que a Conmebol estaria propensa a cobrar das rádios os direitos de transmissão de suas competições (saiba mais) a partir do ano que vem.

Ainda segundo Freitas, em sua participação na Guaíba, existe um movimento de muitas rádios sul-americanas, lideradas por emissoras chilenas, para solicitar à Conmebol o não pagamento de direitos da próxima edição da Copa América de 2020, a ser disputada na Argentina e na Colômbia.

Esses veículos já pagaram para irradiar a edição disputada neste ano, aqui no Brasil. Eles até topam pagar pelas posições de transmissão no estádios, algo que é comum em competições dessa natureza, mas existe o incômodo de se pagar duas vezes os direitos de uma competição foi organizada dois anos em sequência.  (2019 e 2020). A Conmebol tomou essa medida para que a sua competição de seleções seja disputada no mesmo ano que a Eurocopa.

Embora Freitas não tenha dito claramente, provavelmente as emissoras do continente não tenham neste momento caixa suficiente para pagarem duas vezes seguidas para transmitir a Copa América.

A proposta das emissoras sul-americanas será apresentada no próximo dia 10 de dezembro, na Colômbia, em uma reunião que antecederá o sorteio de grupos da Copa América 2020.

confdsulamericana

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Rádio: cobrança de direitos parece não ser unanimidade dentro da CBF

Por Rodney Brocanelli

A proposta de se cobrar direitos de transmissão das emissoras de rádio para as partidas de futebol organizadas pela CBF parece não ser uma unanimidade dentro da entidade máxima do futebol nacional. Ednaldo Rodrigues, um de seus vices-presidentes, manifestou-se contrario à ideia em entrevista ao portal Bahia Notícias (clique aqui).

“Pessoalmente sou contra a cobrança dos direitos de transmissão para as emissoras de rádio. E garanto que esse debate não existe dentro da CBF. Faço parte do Conselho de Administração da CBF e esse assunto nunca entrou em pauta. E se entrar em pauta, tenho certeza que não vai prosperar. Respeito a opinião de quem é a favor, mas eu sou contra”, declarou o dirigente. A acompanhar para saber se não haverá uma mudança de posicionamento nos próximos dias.

A atual estrutura administrativa da CBF tem oito vice-presidentes, abaixo do atual presidente Rogério Caboclo. São eles: Antônio Carlos Nunes, Antônio Aquino, Castellar Modesto Guimarães Neto, Ednaldo Rodrigues, Fernando Sarney, Francisco Novelletto, Gustavo Feijó e Marcus Vicente (saiba mais aqui).

Na semana passada, o gaúcho Francisco Novelletto, um dos vices da CBF, deu entrevista ao site GaúchaZH (clique aqui) defendendo a cobrança dos direitos de transmissão das emissoras de rádio. No que depender dele, tal medida passaria a valer em 2020.

Incômodo de Andrés

Nesta terça (15), o site da Rádio Jovem Pan publicou uma entrevista com o jornalista Filipe Gamba, do GaúchaZH, autor da reportagem que revelou a intenção de Novelletto. O jornalista revelou que houve um almoço entre o dirigente da CBF e Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians. Entre um arroto e outro, o cartola corinthiano se mostrou incomodado com o fato de não haver regulamentação para que a imprensa frequentasse os estádios de futebol no Brasil, especialmente em competições organizadas pela CBF.

“A partir daí, há um movimento que foi liderado pelo Andrés Sanchez e que, na CBF, está sendo comandado pelo Novelletto de, já no ano que vem, começar a fazer a cobrança dos direitos de transmissão não só das emissoras de rádio tradicionais, mas também de webrádios, portais, blogs… A leitura é simples: como só vai transmitir quem vai pagar e ter condições de comprar os direitos, esse número de pessoas que fazem parte da cobertura de um jogo de futebol hoje no estádio vai diminuir”, disse Gamba ao site da Jovem Pan.

Leia mais da entrevista de Filipe Gama no link abaixo:

https://jovempan.com.br/esportes/futebol/nao-e-so-por-dinheiro-entenda-por-que-andres-e-cbf-querem-cobrar-direitos-de-transmissao-das-emissoras-de-radio.html?fbclid=IwAR0FN1C5Z64ntI6DHfMNVnzG8zVsF-D4AaCEcsk7ZCKGqam9SFRIFQeu5QE

 

radioesportivo

Futebol: para Nando Gross, direito de imagem é diferente de transmissão em áudio

Por Rodney Brocanelli

Neste domingo (13), Nando Gross, comentarista esportivo e gerente geral da Rádio Guaíba, se posicionou em relação a intenção da CBF de comercializar direitos de transmissão para as emissoras de rádio (entenda mais clicando aqui). Ele disse que a medida será uma tragédia para o mercado, desempregando muita gente. No entanto Gross considera que para haver alguma mudança é necessário passar por cima da lei atual (no caso a Lei Pelé, artigo 42, que apenas se refere ao direito de imagem – saiba mais clicando aqui). O profissional citou também que já existe uma jurisprudência em relação ao tema quando, em 2008, as emissoras de rádio de Curitiba tiveram ganho de causa na Justiça, contra a intenção do Athlético-PR (na época conhecido apenas como Atlético-PR) que desejava pagamento para a transmissão de seus jogos (clique aqui).

Outro ponto levantado por Nando é que existe uma diferença entre direito de imagem e transmissão em áudio. Segundo ele, o que o rádio apresenta é uma narração, ou seja a visão do locutor que está irradiando a partida. A televisão, por sua vez, ela compra os direitos de uma imagem que, para ele, já vem pronta. Se as emissoras quiserem, podem apenas exibir a imagem, com o som da torcida, sem qualquer tipo de narração. “O áudio é diferente. Tem alguém que está contado a história. Não nos dão pronto como dão para a televisão”, disse Nando.

“Fico muito triste quando vejo um representante gaúcho sendo protagonista deste projeto”, afirmou Nando, se referindo a Francisco Novelletto, atual vice-presidente da CBF, entusiasta dessa ideia, conforme declarações dadas ao site GaúchaZH na semana passada.

Ouça a manifestação de Nando Gross, no player abaixo.

Nando Gross

Rádio: em defesa da isenção dos direitos de transmissão, Jorge Kajuru diz que vai se reunir com Bolsonaro e coletar assinaturas

Por Rodney Brocanelli

Em entrevista concedida neste domingo à Rádio Jovem Pan, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) prometeu mobilização contra a possível cobrança das emissoras de rádio para que estas transmitam as partidas  de futebol organizadas pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Kajuru disse que já marcou uma audiência o presidente Jair Bolsonaro. Além disso, ele afirmou que está coletando assinaturas de seus colegas e informa já ter um total de 43 delas. O senador declarou também que enviou um requerimento a Paulo Tonet, presidente da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) e vice-presidente da Rede Globo, procurando mostrar a importância do rádio para o futebol.

Durante a entrevista concedida a Wanderley Nogueira e Flavio Prado, o senador fez duras criticas aos dirigentes de futebol: Não tem cabimento esse vice-presidente da CBF, que está morrendo de medo da CPI do Esporte e toda hora manda recados para mim, dizendo que ‘essa CBF é diferente da outra’, dizer que é igual Copa do Mundo… Que comparação chumbrega! Querer comparar venda de direitos de transmissão de um evento que ocorre a cada quatro anos no mundo, que movimenta bilhões de dólares, com Campeonato Brasileiro… Querer cobrar Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro e Estaduais com o intuito exclusivo de enriquecer ainda mais as federações em sua maioria corruptas, essas que recebem mensalinho? São elas que estão forçando a CBF para que o rádio pague direitos de transmissão”, disse.

O debate sobre a venda de direitos de transmissões das partidas de futebol organizadas pela CBF ganhou corpo novamente após as declarações de Francisco Novelletto, vice-presidente da entidade ao site GaúchaZH: “Eu estou falando pela minha cabeça e por mim: no ano que vem, só vai transmitir quem pagar, e está absolutamente certo. Tem que ser como na Copa do Mundo. Eu estou acelerando para que isso seja implementado já no ano que vem e posso dizer que o movimento se acelerou após a entrevista do Andrés. Ele que está puxando, mas já existem outros presidentes que são favoráveis”. O cartola cita uma entrevista de Andrés Sanches, presidente do Corinthians, no sábado retrasado, antes de Grêmio x Corinthians, em que questionou a presença de um grande número de veículos de comunicação para a cobertura da partida (saiba mais aqui). O dirigente corinthiano foi duramente criticado pelo senador Jorge Kajuru em sua entrevista à Jovem Pan.

Ouça a entrevista do senador Jorge Kajuru à Rádio Jovem Pan clicando no link abaixo:

https://jovempan.com.br/esportes/futebol/fim-do-futebol-no-radio-kajuru-se-revolta-marca-audiencia-com-bolsonaro-e-detona-andres-e-um-lixo-nao-reciclavel.html

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Cobrança de direitos poderá significar o fim do rádio esportivo como o conhecemos

Por Rodney Brocanelli

O jornalista Filipe Gamba publicou em seu blog no site GaúchaZH algo que poderá modificar substancialmente a cobertura da mídia esportiva em relação aos jogos de futebol: a cobrança de direitos de transmissão das emissoras de rádio (clique aqui para ler). E não apenas esse veículo. Segundo a nota, outros meios também poderiam pagar: web rádio, portais e blogs. Segundo Gamba, essa ideia já estaria em discussão e ganhou visibilidade com a recente entrevista de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians a jornalistas gaúchos, que questionou o número grande de veículos na cobertura de jogos de futebol.

O jornalista do GaúchaZH foi ouvir Francisco Novelletto, vice-presidente da CBF, que não apenas defendeu as mudanças a partir do ano que vem: “Eu estou falando pela minha cabeça e por mim: no ano que vem, só vai transmitir quem pagar, e está absolutamente certo. Tem que ser como na Copa do Mundo. Eu estou acelerando para que isso seja implementado já no ano que vem e posso dizer que o movimento se acelerou após a entrevista do Andrés. Ele que está puxando, mas já existem outros presidentes que são favoráveis”, afirmou.

Novelletto disse ainda que as federações estaduais poderão adotar a medida, com cada uma definindo seus critérios.

A opinião a respeito desse tema é apenas a repetição de várias outras que já foram explanadas aqui e em outros espaços. No que diz respeito ao rádio, não deverá ser cobrado um valor que seja compatível com a realidade atual do mercado. Vale destacar a iniciativa do Athletico-PR (que na época ainda se chamava Atlético) em 2008 (veja mais aqui).

Monopólio e desemprego

Além do mais, corre-se o risco de existir novamente um monopólio dos direitos, como já se observa na televisão. Um grande grupo poderá adquirir esses direitos de forma exclusiva e exercer a possibilidade de sublicenciamento apenas com veículos parceiros. Emissoras de rádio de pequeno e médio porte, além de grupos independentes (vamos colocar assim) correm o risco de ficar de fora.

Havendo esse monopólio ou falta de condições financeiras para o pagamento, emissoras com muitos anos ativas na cobertura esportiva deverão abrir mão dessa tradição. Resultado: (muito mais) profissionais desempregados. Quem fala em “farra do rádio” deveria pensar nessa possibilidade.

Gestão profissional

Ao GaúchaZH, Francisco Novelletto justificou sua decisão dizendo que os clubes precisam de dinheiro. É verdade. Porém, o que eles precisam também é de uma gestão profissional do dinheiro que já entra no cofre dos clubes, seja com bilheteria, direitos de televisão, contratos de patrocínio. São frequentes as noticias de salário jogadores encostados por não darem certo no elenco e com seus vencimentos sendo depositados religiosamente e de multas altíssimas pagas a técnicos demitidos. Aliás, existe um caso histórico de um determinado clube de futebol que teve de parcelar o valor de multas a três técnicos de forma simultânea. Gasta-se a torto e a direito e a culpa não é das rádios, que nada tem a ver com essa má gestão. Algumas delas, mais independentes, até colocam o dedo nessa ferida, para insatisfação de alguns cartolas.

Divididas e conquistadas

Quem poderia combater essa medida ou pelo menos procurar debatê-la de forma institucional?  Quando essa mesma ideia começou a ser ventilada em 2016, sugeriu-se que as associações de cronistas esportivos pudessem estar à frente dessa negociação (saiba mais aqui). Já escrevi na época e repito aqui: não existe uma associação única. Devido a divergências de toda espécie, no âmbito nacional temos a Abrace e a Aceb. Uma é dissidência da outra. Em São Paulo, aconteceu a mesma coisa. Existe a tradicional Aceesp e a recém-criada Aceisp. Isso enfraqueceu e muito a classe, fazendo com que CBF e clubes pudessem tomar decisões unilaterais, como a que proibiu a entrevistas de jogadores aos repórteres de rádio nos intervalos das partidas.

The end

A ideia não é nova. Volta e meia, ela surge e desaparece no âmbito doméstico. No entanto, parece que desta vez a vontade do dirigentes é para valer. Se ela for adiante, somada a iniciativa da Conmebol para vender direitos da Libertadores às rádios (veja aqui), isso tudo significaria o fim do rádio esportivo como o conhecemos atualmente.

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Acordo entre Palmeiras e Globo coloca fim à breve “era do rádio”

Por Rodney Brocanelli

Após semanas de tratativas, Palmeiras e Rede Globo chegaram a um acordo para a transmissão dos jogos do clube alviverde em tv aberta e no paw per view. Em nota oficial (leia mais aqui), o clube anunciou que o novo contrato terá validade por seis anos. Esse acerto colocou fim à breve era do rádio proporcionada pelo impasse nas negociações.

Desde o momento em que ambas as partes enfrentaram um impasse que fez demorar uma conclusão para essa negociação, parte considerável do torcedor palmeirense teve de recorrer ao rádio para se informar a respeito de pelo menos dois jogos de seu clube: CSA x Palmeiras e Atlético-MG x Palmeiras. Como o clube paulista havia fechado acordo apenas com a TNT/EI, apenas os jogos contra times que fecharam com o mesmo canal (Athletico, Fortaleza, Inter e Santos) poderiam ser transmitidos pela tv. CSA e Atlético-MG têm contratos com a Globo.

Na partida contra o CSA, pelo menos duas emissoras de rádio aproveitaram essa situação e se mobilizaram para enviar profissionais até Maceió a fim de transmitir a partida: Transamérica e Bandeirantes. No jogo contra o Atlético-MG, o número de emissoras dobrou: 105, Transamérica, Bandeirantes e Globo. Algumas enviaram equipe completa, com narrador, comentarista, repórter e operador de áudio. Outras, apenas não mandaram comentarista.

Essa iniciativa fez com que a transmissão de futebol pelo rádio, ainda que por algum tempo, voltasse a chamar a atenção de uma grande parcela do público e da imprensa. Não faltaram coleguinhas que aproveitaram o momento para reclamar via redes socais da gratuidade das transmissões pelo veículo. Não precisa ser bidu para saber que se um dia o rádio tiver de pagar para transmitir os jogos das competições interclubes do continente, a situação que já não é boa, passaria a ser desesperadora.

Por outro lado, foi interessante ver que outros tipos  veículos de comunicação, como o jornal impresso, que pouco dá espaço ao rádio em seu noticiário, resolveu abrir espaço a ele, como O Estado de S. Paulo, entrevistando os principais narradores esportivos de São Paulo a fim de abordar esse momento (leia mais aqui).

Depois do acerto entre Palmeiras e Globo, as coisas no rádio esportivo de São Paulo deverão voltar ao normal. O impasse contratual de ambas as partes, infelizmente, não deverá deixar qualquer tipo de legado. O tubão (ou geladão), quando as emissoras fazem seus profissionais transmitirem os jogos assistindo a uma tela de tv (ou de computador, caso o jogo seja transmitido pela DAZN), vai prosseguir.

Se ainda estivesse na ativa, o grande Haroldo Fernandes, narrador histórico da antiga Rádio Tupi, de São Paulo diria a respeito desse estado de coisas: “Quem viajou, viajou. Quem não viajou, não viaja mais”.

palmeiras globo

Chegada de Mario Celso Petraglia ao ministério do Esporte poderá ser um risco ao rádio esportivo

Por Rodney Brocanelli

Mario Celso Petraglia, atual homem forte do Atlético-PR, deverá fazer parte do governo de Jair Bolsonaro. Segundo a jornalista Tabata Viapiana, da CBN, o dirigente foi sondado para ser ministro do Esporte (veja aqui). Petraglia teria recusado o convite, mas desejaria fazer parte do próximo governo, ocupando uma secretaria. Eis algumas de suas intenções:  atuar firme no âmbito da Confederação Brasileira de Futebol e promover alterações na Lei Pelé. É aqui que mora o perigo, especialmente no que diz respeito ao rádio esportivo.

Petraglia é conhecido por desejar que as emissoras de rádio paguem pelos direitos de transmissões das competições de futebol brasileiro. Em 2008, às vésperas do campeonato brasileiro,  o Atlético-PR surgiu com a ideia de cobrar para que seus jogos fossem irradiados pelo rádio.  Na ocasião, foi oferecido um pacote para a transmissão dos 38 jogos que a equipe faria até o final no ano no valor de R$ 486 mil (veja aqui). O valor individual para cada partida foi fixado em R$ 15 mil. Na ocasião, Mario Celso Petraglia era presidente do conselho deliberativo do clube (veja aqui). Após a reação das emissoras de rádios e da associação que representa os seus interesses, a ideia não prosperou.

Apesar do fracasso da iniciativa de 2008,  assim que Petraglia assumiu novamente a presidência do Atlético-PR, em 2013,  ele impôs restrições ao trabalho da imprensa local, fazendo com que jogadores, dirigentes e membros das comissões técnicas que estiveram no clube desde então falassem apenas ao veículo oficial do clube (veja aqui). Em entrevistas à grandes veículos de imprensa, caso dos canais ESPN (veja aqui) e diário Lance (veja aqui), o cartola falou sobre sua iniciativa.

Em 2011, a lei 12.395, que promoveu alterações na Lei Pelé, tinha em seu texto original a obrigatoriedade da cobrança de direitos das emissoras de rádio de espetáculos esportivos. Na época, com a atuação do senador Álvaro Dias, então no PSDB, essa proposta foi suprimida (veja aqui).

Uma vez dentro do governo Bolsonaro e com poderes para mexer na Lei Pelé e conhecendo seu histórico, tudo indica que Mario Celso Petraglia poderá trabalhar bastante para colocar a sua ideia em prática.

Se por um lado, essa cobrança poderá representar uma fase de profissionalização na relação entre clubes e emissoras, por outro ela poderá ser danosa à classe dos cronistas esportivos. Em 2008, o valor cobrado pelo Atlético-PR foi de quase meio milhão de reais, valor considerado fora da realidade. O preço a possivelmente ser cobrado no futuro não deverá ser simbólico. Grandes emissoras (e bota grandes nisso) até poderão pagar o que lhes for cobrado, mas e as de médio e pequeno porte, especialmente as do interior do país?

Com isso, o panorama poderá ser sombrio: emissoras abandonado as transmissões esportivas e mais profissionais desempregados.

Claro que tudo ainda está na base da hipótese. Petraglia precisa aceitar o convite e será necessário também ter ideia de qual será seu poder de atuação. No entanto, devido ao seu histórico, nunca é demais fazer esse alerta.

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Rádio do Abreu na Copa? Entenda

Por Rodney Brocanelli

Um post do blog de Marcel Rizzo chamou a atenção do meio radiofônico nos últimos dias. Ele falava sobre os direitos de transmissão da Copa do Mundo. Segundo o jornalista,  o Brasil seria o país com maior número emissoras autorizadas para transmitir a competição, somando todos os veículos.

Rizzo fez a listagem das emissoras de rádio. Chamou a atenção o nome de uma delas: Rádio Mundial, de São Paulo, veja na imagem abaixo.

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Isso gerou uma dúvida: seria a mesma rádio que faz parte do conglomerado do sr. Paulo Abreu? O Radioamantes responde.

No site da Fifa, existe um documento chamado 2018 FIFA World Cup Russia Final Media Rights Licensees. Ele pode ser acessado no link abaixo:

http://resources.fifa.com/mm/document/affederation/tv/02/92/16/20/2018fifaworldcupfinaldraw_01122017_neutral.pdf

Sua última atualização ocorreu em dezembro do ano passado, mas é possível observar que as emissoras licenciadas aparecem com suas respectivas razões sociais e não com seus nomes de fantasia. A tal Rádio Mundial aparece como Rádio Mundial S. A. Veja abaixo.

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Com essa informação, é possível ir até o site da Anatel e ir até o SISCOM – Sistema de Informação dos Serviços de Comunicação de Massa. Para quem divertir se divertir com ele, o link está aí embaixo.

http://sistemas.anatel.gov.br/se/public/view/b/srd.php

Pelo SISCOM, é possível fazer a busca pela razão social. Jogando o nome Rádio Mundial S. A, aparece o seguinte resultado: uma emissora cuja sede fica no conhecido endereço da Rua do Russel, 434

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Nesse mesmo documento, é informada a frequência da emissora: 860Khz

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É a frequência onde hoje opera a CBN e que abrigou a antiga Rádio Mundial, sucesso entre a juventude carioca dos anos 1960 e 1970.

Veja o documento público da Anatel no link abaixo:

http://sistemas.anatel.gov.br/se/eApp/reports/b/srd/resumo_sistema.php?id=57dbac6e7131e&state=AM-C7

Voltando ao documento da Fifa, nota-se que a Globo licenciou os direitos da Copa do Mundo para a Rádio Globo S.A. (Rádio Globo de São Paulo) e Rádio Globo S.A. (Radio Globo Rio), Rádio Mundial S.A. (CBN Rio) e Rádio Excelsior S.A. Sobre essa última, a busca no SISCOM traz pelo menos três resultados, dois de São Paulo e um de Brasilia. todos ligados à CBN.

Esse repasse dos direitos às principais emissoras do grupo, deve-se a questões burocráticas e, especialmente, de credenciamento.

Não há notícia oficial dando conta de que alguma emissora do grupo do Abreu vá transmitir os jogos da Copa do Mundo. Pode ser que ele mude de ideia aos 45 minutos do segundo tempo, mas por enquanto, não é o caso.

Radioamantes no Ar fala sobre horário eleitoral gratuito, Voz do Brasil e direitos de transmissão dos jogos de futebol

Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre a possibilidade de a CBF e os clubes de futebol cobrarem direitos de transmissão das rádios para as competições oficiais do ano que vem. Notícia dada por Flávio Ricco em sua coluna de hoje. E mais: a estreia do horario eleitoral no rádio e na televisão, mais uma promessa de flexibilização da Voz do Brasil, do aniversário da Rádio Difusora Acreana e de como uma reportagem de Goulart de Andrade na televisão mudou a vida de Fausto Silva. O Radioamantes no Ar é apresentado todas as sextas feiras, sempre a partir das 09h, pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin e Flavio Aschar.

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Normas da CBF: a questão do respeito não passa pelos direitos de transmissão

Por Rodney Brocanelli

Segue rendendo o debate sobre a questão das normas da CBF para a atuação dos repórteres de rádio durante a partidas do campeonato brasileiro de futebol. Desta vez, o jornalista Octávio Muniz publicou em seu blog no R7 um post sobre essa questão. No texto, Muniz faz uma série de sugestões e vou me deter nas mais importantes.

Muniz escreve:  “DEVEM ser chamadas para uma reunião pessoas que representem nossa classe e que NÃO DIGAM SÓ AMÉM como foi no dia em que este “código” (sic) foi definido!

Que se convoque as duas associações nacionais, as quatro do meu estado, São Paulo e as demais de todos os estados cujos clubes estão envolvidos na Série A, através de seus presidentes e/ou representantes“.

A proposta de diálogo é excelente. No entanto, esbarra em um problema sério. As associações de cronistas esportivos, que são responsáveis por oficializar o credenciamento de jornalistas nos eventos esportivos, não são unidas. Como o próprio Muniz informa, são quatro apenas no estado de São Paulo. Uma delas, a Aceesp, a mais tradicional. Neste ano, foi criada a Aceisp (Associação dos Cronistas do Interior de São Paulo). Além dela, muitas surgiram devido a descontentamentos acumulados ao longo dos anos, isso sem citar  outros motivos.

No âmbito nacional, é a mesma coisa. Exemplo: muitas entidades descontentes com a postura da Abrace, outra associação tradicional, decidiram montar a Aceb, hoje presidida pelo Eraldo Leite. Nesse caso, temos duas associações brasileiras de cronistas.

É difícil, até por que tratam-se de rivalidades extremas, mas para conversar com a CBF (uma única e poderosa confederação), o ideal seria existir uma associação só forte no país. Por sua vez, cada estado teria uma só associação forte também.

Outro ponto do artigo de Muniz que cabe discussão: “Todos reunidos devem trabalhar para; primeiro, montar uma comissão de estudos // segundo, criar um código de conduta que será adotado à partir de 2017 // terceiro, discutir as regras claras para AQUISIÇÃO DE DIREITOS por parte das rádios/web rádios/portais de internet/aplicativos/jornais/revistas (e nem sempre adquirir direitos é pagar com dinheiro, existem outras formas de montar um bom acordo)“.

Cabe lembrar que a questão dos direitos de transmissão ganhou força aqui no Brasil a partir de 1987, com a Copa União, vendida para a Rede Globo. E o trabalho dos repórteres de rádio permaneceu tendo o devido respeito. Outras competições ao longo da história também tiveram direitos comercializados outras redes de televisão e os profissionais sempre tiveram chance de poder trabalhar sem qualquer tipo de limitação. Ou seja, o respeito a atuação dos repórteres não passa necessariamente pela questão dos direitos.

Outra coisa que chama a atenção no texto de Tatá Muniz e o seguinte trecho: “e nem sempre adquirir direitos é pagar com dinheiro, existem outras formas de montar um bom acordo“. Vale a pena desenvolver mais esse tópico. Que tipo de acordo rádios e rádios web poderiam fazer com os clubes e/ou entidades? Veiculação de spots publicitários vindos dos departamentos de marketing dos clubes para fins de divulgação? Mas essa divulgação já não é feita com a transmissão de jogos? Essas formas de montar um bom acordo prejudicariam a independência editorial dos departamentos esportivos das emissoras de rádio (embora não pareça, algumas emissoras são independentes)? E por que colocar nesse balaio as revistas e jornais? As entidades/clubes estariam dispostas a abrir mão do dinheiro?  Muitas interrogações que geram um belo e amplo debate. O espaço aqui  está aberto para outras opiniões.

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“Seleção, deixa pra TV Globo”

Por Rodney Brocanelli

A frase que abre este post foi lida durante uma conversa via redes sociais com um profissional que exerce importante cargo de gestor numa emissora de rádio. Sua identidade será preservada.  A conversa se deu devido a repercussão da coluna de Flavio Ricco, no UOL, publicada nesta quinta-feira.

No texto, Ricco lamenta o fato de que o rádio vai desaparecendo do campo esportivo.  Segundo ele,  “é triste constatar que, enquanto todos os canais fechados de TV estão ao menos acompanhando a seleção brasileira em mais essa Copa América, as emissoras de rádio não mandaram rigorosamente ninguém”. Para terminar, ele cita o exemplo das rádios do Grupo Bandeirantes, que no último sábado transmitiram a partida entre Brasil x Equador, válida pela Copa América Centenária com seus profissionais do estúdio.

Entretanto,  Flavio Ricco escreveu sua coluna antes da partida entre Brasil x Haíti, disputada nesta quarta. Com isso, não foi possível que ele registrasse o fato de que Estevam Ciccione, atuou como repórter nesta transmissão, inclusive, fazendo entrevistas da zona mista. Facilitou, e muito, o fato de que a partida aconteceu em Orlando (Flórida), onde Ciccone está a serviço do Grupo Bandeirantes para ajudar a tocar o projeto local de rádio, Brazil Radio.

Voltando ao papo que eu tive com o profissional de rádio, ele confirmou que o valor dos direitos de transmissão desta competição está na casa dos US$ 52 mil dólares. Ele diz que é um valor muito alto, independente do país estar em crise ou não, ainda mais para emissoras de médio porte. A rádio onde ele trabalha já faz o acompanhamento dos times locais nas competições de grande porte no âmbito nacional, como Brasileirão e Copa do Brasil, por exemplo. “Nosso negócio é viajar com as equipes locais. Seleção, deixa pra TV Globo”, diz.

radioesportivo

 

ESPN informa que direitos da Europa League não estão liberados para as web radios

Por Rodney Brocanelli

Nos últimos dias, a web rádio o Melhor do Futebol divulgou em suas redes sociais que a emissora iria transmitir os jogos da Europa League (ou Liga Europa), a segunda competição interclubes de importância no continente europeu, perdendo, é claro, para a Uefa Champions League. E mais: a MF, como é conhecida, teria a devida autorização da ESPN, atual detentora dos direitos do torneio no país.

A notícia foi repercutida por sites que cobrem a mídia esportiva:

http://www.esporteemidia.com/2015/09/web-radio-consegue-liberacao-para.html

O blog Radioamantes procurou a assessoria de imprensa dos canais ESPN para confirmar essa informação e procurar saber mais informações. Esse fato talvez pudesse ser um indício de que outras emissoras via web e até mesmo as de dial pudessem obter o mesmo tipo de autorização.

A resposta chegou: tal informação não procedia.

Procurado pelo Radioamantes, Nilson Santos, um dos responsáveis pela MF disse ter recebido um email (cuja cópia está com o autor deste post) de um importante nome dos canais ESPN  dando essa liberação. A troca de mensagens aconteceu em julho deste ano. O texto é bem claro: “Gostaríamos de pedir humildemente a autorização para transmitir a Liga Europa. Reforços (sic) que não temos nenhum interesse comercial apenas gostariam (sic) de adquirir experiência fazendo tais transmissões”.

O retorno foi afirmativo, conforme o print abaixo.

liberado

Com a informação dessa troca de emails, a assessoria de imprensa dos canais ESPN foi acionada. A troca de emails não tem validade, conforme resposta do departamento jurídico da emissora. Para fazer a narração em rádio, seria necessário um sublicenciamento, o que não aconteceu nesse caso.

Vale dizer que a web rádio Melhor do Futebol agiu de forma correta e foi buscar uma autorização para transmitir os jogos da Europa League. Pena que a resposta veio de alguém que não tinha poder para deliberar sobre o assunto.

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Radioamantes no Ar fala sobre a questão das rádios web que anunciam transmissão da Copa do mundo sem o pagamento de direitos

O Radioamantes no Ar desta semana voltou a abordar do universo das rádios web. Algumas emissoras de internet dedicadas ao segmento esportivo anunciaram a transmissão de partidas da Copa do Mundo. O problema é que elas fazem questão de alardear que não vão pagar os direitos de transmissão. Para a veiculação de jogos desta e de outras competições importantes em nível internacional, como Fórmula 1 e Champions League, é necessário o acerto financeiro a fim de conseguir liberação dos respectivos donos do espetáculo. Para falar sobre esse assunto e todos os seus desdobramentos, entrevistamos Ivan Bruno, jornalista, radialista e editor do site Painel da Web Rádio, que tem dedicado grande espaço ao tema. Com Rodney Brocanelli, João Alkmin e Flavio Ashcar. O Radioamantes no Ar é veiculado todos os sábados, a partir das 09h, pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/).

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Corinthians quer cobrar direitos de transmissão de suas partidas das emissoras de rádio

Por Rodney Brocanelli

A notícia saiu no blog de Eric Beting. Clique no link para ler

http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2013/08/05/apos-cronistas-corinthians-quer-fechar-cerco-a-radios/

Não é a primeira vez que se fala em cobrar direitos de transmissão das emissoras de rádio. Há quem veja nisso uma forma de profissionalização. Entretanto, conhecendo os usos e costumes do veículo, a corda vai sempre arrebentar para o lado mais fraco.

Em 2008, o Atlético Paranaense propôs um pacote para as rádios que desejassem transmitir seus jogos: R$ 486 mil e englobaria 38 partidas até o final do ano. A taxa individual por partida foi fixada em R$ 15 mil. Muitas emissoras de rádio alegaram na época não ter condições de pagar. Algum tempo depois, a ideia foi deixada de lado. Leia mais a respeito nos links abaixo.

http://radiobaseurgente.blogspot.com.br/2008/04/atltico-pr-cobra-das-emissoras-de-rdio.html

http://radiobaseurgente.blogspot.com.br/2010/02/que-profissionalismo.html

Durante a Copa das Confederações, chamou a atenção da mídia, a cobertura que a Rádio Cultura, de Miracema do Norte (TO) fez das competições. O portal terra fez uma extensa reportagem a esse respeito e destacou os valores pagos pela emissora:

“(…)Ele tem dificuldades, e faz um pouco de mistério, para explicar o tamanho do investimento. Mas depois de alguns minutos de conversa, explica. “Para fazer uma cobertura meia boca, você precisa de US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão). Nosso projeto é de US$ 1 milhão (R$ 2,2 milhões)”, diz o diretor, comentarista e, segundo ele próprio, até mesmo “carregador de equipamentos”.

(…)

“Há outro tipo de parceria ainda: 16 emissoras compraram um pacote diário com boletins, programas e entrevistas produzidos pela equipe de Salomão. O que rende, ainda de acordo com o diretor, R$ 64 mil no total. Muito, muito longe de fechar a conta junto à Fifa. “Juntei economias, vendi terrenos que tinha, fiz parcerias. Não é fácil sair de Tocantins e abrir esse espaço”, explica. Espaço que ele também abriu para a Copa 2010, Copa América 2011 e Olimpíada 2012”.

O link da reportagem está aqui

http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/exclusiva-radio-do-tocantins-investe-mais-de-r-2-mi-em-confederacoes,7bd5ac131af9f310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html

A rádio citada acima, é um caso à parte. Não podemos nos esquecer que há um intervalo entre competições como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Há um tempo para levantar a verba necessária para o investimento na cobertura. Aqui no Brasil, temos pelo menos três campeonatos que acontecem todos os anos: os regionais, a Copa do Brasil e o campeonato brasileiro. Será que a mesma rádio teria fôlego  financeiro para fazer todas essas competições?

Dependendo como a cobrança de direitos possa ser implantada, isso pode inviabilizar a manutenção da cobertura de futebol nas emissoras de rádio, com a consequente demissão de profissionais ou até mesmo o encerramento de departamentos esportivos.  Nunca é demais lembrar que, historicamente, o rádio sempre é pouco lembrado na distribuição das verbas publicitárias.

Revanchismo?

Vale lembrar que o Corinthians é o mesmo clube que tentou impedir o acesso à imprensa quando da partida contra o Millonarios, válida pela Copa Libertadores, em fevereiro último. Na ocasião, a Conmebol puniu o clube com pelo menos uma partida com portas fechadas, por causa do conhecido incidente que vitimou o torcedor Kevin Spada, em Oruro, na Bolívia. Uma medida que soou como um certo revanchismo dos atuais gestores com relação à análises feitas pela imprensa na ocasião.

(Em tempo: o Alético-PR, citado no texto de Eric Beting, tem como presidente o sr. Mario Celso Petraglia, que nos anos 1990 levou muita pancada da imprensa por causa de seu envolvimento no caso Ivens Mendes – saiba mais aqui. Sua atual postura de até proibir que seus jogadores concedam entrevistas para outros veículos também soa como um revanchismo, ainda que tardio).

 

rádio

Em vez de competições tradicionais, web rádios poderiam transmitir eventos que não tem espaço nas mídias tradicionais

Por Rodney Brocanelli

As web rádios que transmitem eventos esportivos viveram dias agitados, com veiculação de notícias sobre a transmissão de eventos esportivos sem os devidos direitos. O site Painel da Web Rádio, tocando por Ivan Bruno, tem  denunciados casos em que acontecem as infrações, assim como as respectivas justificativas dos seus responsáveis. Clique no link abaixo:

http://paineldawebradio.com.br/

Como diz o velho ditado: “há males que vem para bem”. Esses episódios podem servir para que ocorra uma mudança de postura dessas web rádios. Em vez de apelar para a transmissão de competições já consagradas, por que elas não procuram fazer a cobertura de ligas e competições que não tem tanto espaço nas chamadas mídias tradicionais?

Algumas emissoras já acompanham partidas do futebol feminino de campo, que tem pouqíssimo espaço nos canais de televisão por assinatura. Outras se dedicam à competições regionais de automobilismo, basquete e vôlei. Há ainda exemplos de  web rádios que transmitem as partidas de alguns clubes de futebol nas divisões inferiores do futebol brasileiro. Vale dizer que nem mesmo as rádios convencionais se preocupam em transmitir em jogos de alguns times, exemplos do Juventus, de São Paulo, e do Flamengo, de Guarulhos, que ganharam espaço nas web rádios nos últimos anos.

Não basta apenas a iniciativa das web rádios. As federações e confederações e clubes poderiam enxergar nessas emissoras um bom veículo para a divulgação de comepetições e eventos que não estão na mídia e facilitar as condições para a cobertura. Nessa troca, todos saem ganhando.

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