Em entrevista, Felipe Xavier conta bastidores do Doutor Pimpolho

Por Rodney Brocanelli

Convidado do podcast Inteligência, o humorista e radialista Felipe Xavier contou algumas histórias de bastidores bem interessantes sobre uma de suas principais criações, o Doutor Pimpolho. Na ocasião, recém saído da Jovem Pan, por uma questão jurídica, ele ficou impedido de usar outro de seus personagens, o Homem Cueca. “Eu não tou acreditando nisso, o personagem é meu eu que inventei, eu que criei e agora não posso usar”, disse.

Felipe não teve outro alternativa a não ser criar um novo personagem na nova emissora em que estava, a Mix FM.  Para isso, teve de recorrer a uma ideia antiga e arriscada. “Eu queria fazer um personagem baseado no Tutinha (atual presidente e CEO da Jovem Pan) na Jovem Pan”, afirmou. No entanto, a intenção foi desencorajada por colegas, um deles Emílio Surita. “Você vai ser mandado embora no dia seguinte. Não faça”, disse. 

Uma vez na Mix FM, o personagem foi levado adiante e pare que ele nascesse, o sigilo da inspiração foi fundamental. “Não tinha mais nada que me impedisse. Vou fazer esse personagem. Vai ficar engraçado e as pessoas vão rir. Eu não vou falar para ninguém o que é”, afirmou. 

Assim que os quadros do Homem Cueca foram ao ar, o humorista foi chamado por Marcelo Braga, diretor geral da Mix FM.  O diálogo, segundo Felipe, foi assim:

“Você fez alguma zoeira com o Tutinha?”, perguntou Braga.

Felipe disse que não.

“Mas e esse personagem aqui?”, prosseguiu o chefe.

“É o Doutor Pimpolho”, respondeu Felipe.

“Mas é igual ao Tutinha”, retrucou o diretor.

“Mas só você sabe”, falou Felipe.

“Só eu…Já me ligaram (sic) um monte de gente falando ‘porra, vocês estão zoando o Tutinha…”, afirmou Braga.

Mesmo não havendo qualquer citação explicita e o personagem sendo um empresário qualquer, a associação foi imediata. A boa repercussão junto aos ouvintes garantiu sua sobrevivência na programação da Mix FM. O único pedido de Braga foi para que Felipe não fizesse nada que fosse causar problemas.

Ainda na entrevista, Felipe contou que durante algum tempo algumas pessoas da Jovem Pan achavam que havia um informante lá dentro passando histórias e casos ao humorista. Ele garante que tudo era inventado dentro de um arquétipo do chefe carrasco. 

A grande ironia da história é que Tutinha acabou gostando do personagem. Felipe Xavier ficou sabendo disso por intermédio de uma amiga de sua mãe que foi passar um final de semana na casa de campo do dono e CEO da Pan. Ele mesmo fazia questão de rodar fitas com o quadro do Doutor Pimpolho aos seus convidados e se divertindo muito com a paródia, conforme o relato. Com isso, Felipe, imaginou que já tinha uma porta aonde bater caso saísse da Mix FM.

E de certa forma, foi o que aconteceu. Felipe decidiu tirar um ano sabático para se dedicar a estudos e buscar experiências na área audiovisual. Passado esse período, ele procurou por Marcelo Braga para retomar seus projetos na Mix FM. No entanto, isso não foi possível. Era o fim de uma parceria que durou quase 9 anos.

Para voltar à Jovem Pan, Felipe pediu ajuda a um amigo. Este foi conversar com Tutinha a fim de sentir o clima. O papo foi divido em duas partes. Na primeira, o humorista foi muito xingado. Na segunda, apenas elogios.

Entretanto, como não houve qualquer conclusão nesse encontro, não houve outro jeito a não ser Felipe falar  diretamente com Tutinha.  A reunião entre os dois foi muito agradável e o retorno foi selado, mas com uma condição: “que você pare de me imitar em outras rádios. Se é para me imitar, vem me imitar aqui”.

O mais curioso de toda essa história é que depois de tanto tempo, Felipe Xavier deixou de lado o Homem Cueca. “Perdeu o timming do rádio”, explicou.

Atualmente, Felipe está no ar na Jovem Pan com os quadros de humor apresentando seu repertório variado de personagens e também no Rolê de Notícias, projeto veiculado na Panflix e no YouTube, ao lado de Patrick Maia. 

Veja abaixo trechos da entrevista de Felipe Xavier ao Inteligência.

 

 

 

 

A volta dos que não foram: Marco Antonio Villa retorna à Jovem Pan

Por Rodney Brocanelli

O sempre bem-informado Flávio Ricco publica em sua coluna no UOL que o professor Marco Antonio Villa deverá retornar ao microfone da Rádio Jovem Pan no início de 2020. Houve uma reunião entre Villa e os donos da emissora, Tutinha e Marcelo Carvalho na qual o acordo foi sacramentado (saiba mais aqui).

O modo como ocorreu essa reaproximação foi bem curioso e foi contato pelo próprio Ricco em um texto anterior. Villa estava na agência do banco onde tem conta, que por coincidência, fica no prédio onde a Jovem Pan tem a sua sede. Lá, ele encontrou o Tutinha. Ambos começaram a conversar e um dos manda-chuvas da Pan o convidou para conhecer os novos estúdios (saiba mais aqui).

A conversa avançou de forma rápida. Villa deverá estrear no dia 6 de janeiro, no Jornal da Manhã, mas sua participação na Pan não deverá ficar apenas nisso.

Marco Antonio Villa esteve na Jovem Pan até junho deste ano. Deixou a emissora em meio a divergências internas, que pareciam irreconciliáveis.

No mês de julho, estreou na Rádio Bandeirantes, participando de forma ativa do Primeira Hora. Alegando cansaço, resolveu pedir para encerrar sua atuação no jornal. A emissora, em nota, informou que existia a possibilidade de um novo projeto para ele na casa, mas isso acabou não se confirmando.

A volta de Villa à Jovem Pan pode ser um bom exemplo aos clientes que não gostam de ir ao seu banco. Uma visita presencial, as vezes, pode gerar mais do que um bom negócio.

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Jovem Pan inaugura seu novo estúdio digital; Jornal da Manhã entra em nova fase

Por Rodney Brocanelli

A Rádio Jovem Pan estreou nesta terça-feira (05) o seu novo estúdio digital, batizado de Complexo Antonio Augusto Amaral de Carvalho, uma homenagem ao Seu Tuta. A partir dele será transmitido o Jornal da Manhã para as plataformas em que a emissora atua: rádio (AM e FM) e Internet (Facebook e YouTube). Logo de cara, o jornalístico nessa nova fase já teve seu primeiro convidado: João Dória, governador de São Paulo,  que foi recebido pelo âncora Thiago Uberreich e também por Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, diretor presidente do Grupo Jovem Pan. Em seguida ele foi levado ao estúdio principal, onde se encontrou com a equipe do programa para conceder uma entrevista

Outro convidado especial foi Joseval Peixoto, nome histórico do Jornal da Manhã, que em sua intervenção se disse fascinado com o novo estúdio. Joseval lembrou quando iniciou a fase jornalística da Pan, com o JP Opinião, em 1966. Segundo ele, não havia redator nem diretor. O programa era feito com a leitura dos jornais que eram do Dr. Paulo Machado de Carvalho.

Mesmo com toda a modernidade, a tradição da hora certa foi mantida, agora com a participação dos âncoras. Kallyna Sabino, recém-contratada pela emissora após deixar o SBT,  foi quem disse o famoso “repita” a Thiago Uberreich.

Após a entrevista com Dória, o jornal seguiu seu curso, com o noticiário do dia e as participações dos comentaristas Augusto Nunes, Denise Campos de Toledo, Felipe Moura Brasil, Bruno Garschagen, Sammy Dana, Vampeta,  e da equipe de repórteres e correspondentes.

No final, o encerramento ficou a cargo de Joseval Peixoto. “Esse anfiteatro em que estamos é o resultado do que começou lá atrás, em 1966”, referindo-se ao JP Opinão. Ele lembrou que o jornalístico foi tirado do ar por duas vezes, uma quando morreu o guerrilheiro Che Guevara, e a outra por ocasião da prisão de estudantes no famoso congresso da UNE, em Itaici (SP). Em seguida, ele falou muito sobre a liberdade de expressão, e as tentativas de cerceá-la.

Veja nos vídeos abaixo.

Jornal da Manhã

Radioamantes no Ar fala sobre a guinada da Jovem Pan ao sertanejo e das demissões na Tupi

Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre a guinada da rede Jovem Pan FM ao estilo sertanejo.  Tutinha, presidente do grupo, justifica tal medida dizendo que o Pop hoje não tem mais o prestígio de antes. A decisão deu muito o que falar e já provocou reações de diversos profissionais do rádio, entre eles Julinho Mazzei. Outro assunto abordado no programa (que já virou recorrente,  a se lamentar) é a greve da Super Rádio Tupi. O apresentador Fernando Sergio foi demitido nesta semana. Além disso, não houve acordo entre os grevistas e o alto comando da emissora, em audiência de conciliação promovida pelo TRT-RJ. O Radioamantes no Ar vai ao ar todos as sextas, sempre a partir das 09h pela web rádio Showtime (http://showtimeradio.com.br). Com Rodney Brocanelli, João Alckmin e Flavio Ashcar.

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Jovem Pan FM completa 40 anos em São Paulo‏

Sob o comando de Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, a Jovem Pan FM foi inaugurada em 1º de julho de 1976, em São Paulo. Com equipamentos de última geração foi a primeira rádio a transmitir seus programas em vídeo pela internet.

Atualmente a Jovem Pan está presente em mais de 2.000 cidades com 77 emissoras, dessas, 57 são transmitidas na frequência FM e 20 integram a Jovem Pan News.

Com uma programação diversificada a rádio tem atraído novos ouvintes e apostado em conteúdo multiplataforma, em busca de interatividade e expansão em todos os segmentos. Além de formar opinião através dos melhores profissionais do jornalismo, a Jovem Pan assume o compromisso com a verdade e serviços e cidadania.

Entre os destaques, o Jornal da Manhã; jornal de maior tradição do rádio brasileiro e líder absoluto em audiência, Os Pingos nos Is, apresentado pelo maior colunista político da atualidade, Reinaldo Azevedo, que fala diretamente com o ouvinte e o programa humorístico Pânico no Rádio, o streaming mais assistido da Jovem Pan.

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Ouça os momentos finais do programa No Pique da Pan

Por Rodney Brocanelli

Nesta terça-feira foi veiculada a última edição do programa No Pique da Pan. A atração estava no ar há aproximadamente 30 anos e era veiculada sempre nas noites da Rádio Jovem Pan. O programa apresentava um apanhado das notícias esportivas do dia, com giro de repórteres e entrevistas. Nesta edição, houve até espaço para se falar da triste situação da Santa Casa de Misericórdia, que parou com o atendimento para casos de emergência no dia de hoje. Na despedida, Wanderley Nogueira reiterou o que já foi informado pelo portal Comunique-se, em reportagem de Anderson Cheni: com as mudanças do calendário do futebol, em algumas ocasiões o Pique era apresentado apenas em um dia da semana. Em seu lugar, vai entrar a programação da Jovem Pan News, com notícias gerais. A Pan News é uma das novas apostas de Tutinha, que está na presidência da Rede Jovem Pan (englobando AM em FM) há pouco mais de um ano. Ouça no player abaixo os momentos finais de No Pique da Pan, em gravação feita pelo blog.

 

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Radioamantes no Ar fala da flexbilização da Voz do Brasil, da sucessão da Jovem Pan e dos 15 anos do fim da Musical FM

Nesta semana, o Radioamantes no Ar falou sobre flexbilização da Voz do Brasil durante o perídio da Copa do Mundo, por intermédio de uma media provisória assinada pela presidente Dilma Rouseff. Outro tema: a sucessão na Rádio Jovem Pan. Tutinha é agora o novo presidente da empresa que administra as emissoras. No final, uma lembrança: os 15 anos do fim da Musical MPB, emissora que fez sucesso em São Paulo, como o próprio nome já diz, abrindo espaço para a Música Popular Brasileira. O Radioamantes no Ar é veiculado todos os sábados pela web rádio Showtime (http://www.showtimeradio.com.br/) entre 09h e 09h30.

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Memória: Falando abertamente de jabá

Retirado do link:  http://colunistas.ig.com.br/mauriciostycer/?p=4553

26/07/2009

Escrevi na última sexta-feira que a prática do jabá nas rádios brasileiras “é uma espécie de caixa-preta, muito bem protegida e imune, inclusive, à investigação jornalística”.  Comentava um texto do músico Tico Santa Cruz, publicado em seu blog, no qual ele afirma que o seu grupo, o Detonautas, está sendo boicotado pela rádio Mix FM. O músico contou que, certa vez, a rádio exigiu dos Detonautas que alterassem uma música já gravada para se adequar aos padrões da emissora.  O jornalista Rodney Brocanelli, que mantém o blog Rádio Base, escreveu para me alertar que a “caixa preta” do jabá não é tão fechada assim. Ele me enviou trechos de uma entrevista de Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, à revista Playboy, em 2006, na qual o empresário fala abertamente do assunto. Eis o trecho:

PLAYBOY: Muita gente diz que você é jabazeiro [que cobra jabá]. TUTINHA: Me chamem do que quiser. Na minha rádio tem nota fiscal, tô pouco me danando. O cara para entrar no Fantástico também paga. Jabá é quando você faz ilegalmente na empresa. O que eu faço são acordos comerciais. PLAYBOY: Que tipo de acordo?

TUTINHA: Por exemplo: hoje chegam 30 artistas novos por dia na rádio. Por que eu vou tocar? Eu seleciono dez, mas não tenho espaço para tocar os dez. Aí eu vou nas gravadoras e para aquela que me dá alguma vantagem eu dou preferência.

PLAYBOY: Que vantagem?

TUTINHA: Se você tem um produto novo, você paga pra lançar. Era isso o que eu fazia. Eu tocava, mas queria alguma coisa. Promoção, dinheiro. Ah, bota aí 100 mil reais de anúncio na rádio. Me dá um carro pra sortear para o ouvinte. Mas hoje não tem mais isso. As gravadoras não têm mais dinheiro. O que pode existir é o empresário fazer acordo. Ah, toca aí meu artista e eu te dou três shows. Ou uma porcentagem da venda dos discos.

Brocanelli também publica em seu blog trechos de uma entrevista que fez com Roberto Miller Maia, ex-diretor da rádio Brasil 2000, na qual ele também fala abertamente do assunto. Eis o trecho selecionado:

Não existe o estar pagando para tocar, mas existe um acordo de cavalheiros. Como o U2 está dando ao ouvinte da rádio uma oportunidade de uma promoção que leva o sujeito para Miami, em contrapartida tem que se mostrar o trabalho dos caras. Por que uma banda fica famosa? Tem sempre aquele trabalho de marketing. Por mais que uma banda seja brilhante ou excelente alguém precisou falar sobre ela, instigar as pessoas a gostarem daquilo. E também existem as armações, que não duram nada. Se a banda for ruim, não vai adiantar. Tem que existir um mínimo de talento, de empatia com aquele grupo de pessoas a quem você vai oferecer esse produto. Isso tudo deveria ser uma coisa mais clara, ficou uma coisa obscura durante todos esses anos. Se tudo fosse às claras, não existiria corrupção.

Eis, portanto, duas manifestações que mostram que o jabá não é, como eu disse, uma caixa-preta sem chave.

Lançamento do livro “História do Rádio no Brasil”

Por Marcos Lauro

A colega Magaly Prado convida para o lançamento do seu livro “História do Rádio no Brasil”.

O evento vai contar com um bate-papo com o tema “O rádio nos dias de hoje”. Entre os participantes, estarão Acácio Costa (diretor da Eldorado e Estadão ESPN), Paulo Machado de Carvalho Neto (Jovem Pan) e Rodrigo Neves (Bandeirantes).

Mais informações no flyer abaixo.

Café com Bobagem no Djalma Jorge

Por Rodney Brocanelli

Antes da parceria com o deputado Tiririca, o pessoal do Café com Bobagem até que era engraçado. Durante muito tempo, eles fizeram parte da equipe do programa de Djalma Jorge, na Jovem Pan FM, em meados dos anos 80. O Djalma Jorge era interpretado por Tutinha, dono, diretor e tudo o mais na emissora. Um dos personagens criados pelo pessoal do Café era o Siliano Siliano, um repórter muito destrambelhado. Suas intervenções satirizavam a estética dos consagrados jornais da Jovem Pan AM, especialmente na parte da hora certa. Apesar da improvisação, havia um grande cuidado com o texto, problema que afeta nove entre dez humoristas de rádio hoje em dia. Curta no player abaixo.